Sensores de detecção de detonações nucleares podem ajudar rastrear lixo espacial
Pesquisadores estão estudando como sensores usados para detectar detonações nucleares podem auxiliar no rastreamento de lixo espacial e meteoritos que entram na atmosfera terrestre. Análise de meteorito da Antártida sugere uma outra origem para a água na Terra Revelada a origem da maioria dos meteoritos que atingem a Terra Meteorito que atingiu a Terra há 3 bi de anos foi uma bomba de adubo gigante Esses detectores, alvo dos cientistas, foram instalados desde o início da Guerra Fria com o objetivo de identificar ondas infrassônicas geradas por testes nucleares realizados a milhares de quilômetros de distância. Além disso, os sensores também captam estrondos de trovões e sons gerados pela desintegração de rochas ou detritos espaciais no momento em que entram na atmosfera da Terra. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Trajetória de detritos espaciais A proposta dos pesquisadores é utilizar esses detectores de detonações nucleares para reconstruir a trajetória de detritos espaciais que reentram na atmosfera, especialmente em regiões onde câmeras ópticas e telescópios têm dificuldade para registrar imagens. A ideia é empregar o método de triangulação, que compara os sinais recebidos por dois ou mais sensores. “A vantagem de usar a rede regional e global de sensores infrassônicos para estudar trajetórias de bólidos e detritos espaciais é que ela fornece uma cobertura verdadeiramente mundial, operando continuamente dia e noite, em todas as condições climáticas”, destacou Elizabeth Silber, cientista do Sandia National Laboratories, ao Space. Ângulo de entrada dos objetos Sensoresd e infrassom têm dificuldade de acompanhar trajetória de meteoritos com menos de 60 graus (Imagem: NASA/JPL-Caltech/LANL/CNES/ESA/Thomas Pesquet) Um estudo conduzido por um grupo de cientistas liderado por Silber testou os sensores durante a entrada de alguns objetos na atmosfera. Os resultados mostram que os detectores geraram dados confusos para meteoritos e lixo espacial que reentraram com ângulos inferiores a 60 graus — como de 45 graus. “Objetos que reentram da órbita baixa da Terra (LEO) geralmente o fazem em ângulos extremamente rasos. Isso ocorre porque suas órbitas decaem gradualmente devido ao arrasto atmosférico, fazendo com que espiralem para dentro com o tempo, em vez de mergulharem abruptamente”, explicou Silber. Elizabeth e seus colegas continuam a investigar novas possibilidades de uso dos sensores infrassônicos, mas destacam que os dados já obtidos sobre meteoritos e lixo espacial podem ser valiosos para entender melhor esses eventos potencialmente perigosos. Leia mais: Pequenos meteoritos magnéticos deixam de ser um mistério para a ciência Meteoritos ajudam a descobrir como foi a formação original do Sistema Solar Projeto usa constelações como alerta dos perigos do lixo espacial VÍDEO | BALÃO FUTURISTA Leia a matéria no Canaltech.

Pesquisadores estão estudando como sensores usados para detectar detonações nucleares podem auxiliar no rastreamento de lixo espacial e meteoritos que entram na atmosfera terrestre.
- Análise de meteorito da Antártida sugere uma outra origem para a água na Terra
- Revelada a origem da maioria dos meteoritos que atingem a Terra
- Meteorito que atingiu a Terra há 3 bi de anos foi uma bomba de adubo gigante
Esses detectores, alvo dos cientistas, foram instalados desde o início da Guerra Fria com o objetivo de identificar ondas infrassônicas geradas por testes nucleares realizados a milhares de quilômetros de distância.
Além disso, os sensores também captam estrondos de trovões e sons gerados pela desintegração de rochas ou detritos espaciais no momento em que entram na atmosfera da Terra.
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Trajetória de detritos espaciais
A proposta dos pesquisadores é utilizar esses detectores de detonações nucleares para reconstruir a trajetória de detritos espaciais que reentram na atmosfera, especialmente em regiões onde câmeras ópticas e telescópios têm dificuldade para registrar imagens. A ideia é empregar o método de triangulação, que compara os sinais recebidos por dois ou mais sensores.
“A vantagem de usar a rede regional e global de sensores infrassônicos para estudar trajetórias de bólidos e detritos espaciais é que ela fornece uma cobertura verdadeiramente mundial, operando continuamente dia e noite, em todas as condições climáticas”, destacou Elizabeth Silber, cientista do Sandia National Laboratories, ao Space.
Ângulo de entrada dos objetos

Um estudo conduzido por um grupo de cientistas liderado por Silber testou os sensores durante a entrada de alguns objetos na atmosfera. Os resultados mostram que os detectores geraram dados confusos para meteoritos e lixo espacial que reentraram com ângulos inferiores a 60 graus — como de 45 graus.
“Objetos que reentram da órbita baixa da Terra (LEO) geralmente o fazem em ângulos extremamente rasos. Isso ocorre porque suas órbitas decaem gradualmente devido ao arrasto atmosférico, fazendo com que espiralem para dentro com o tempo, em vez de mergulharem abruptamente”, explicou Silber.
Elizabeth e seus colegas continuam a investigar novas possibilidades de uso dos sensores infrassônicos, mas destacam que os dados já obtidos sobre meteoritos e lixo espacial podem ser valiosos para entender melhor esses eventos potencialmente perigosos.
Leia mais:
- Pequenos meteoritos magnéticos deixam de ser um mistério para a ciência
- Meteoritos ajudam a descobrir como foi a formação original do Sistema Solar
- Projeto usa constelações como alerta dos perigos do lixo espacial
VÍDEO | BALÃO FUTURISTA
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