Santuário do deus Apolo é reencontrado por arqueólogos no Chipre
Após ser escavado em 1885, o santuário foi enterrado e caiu no esquecimento histórico. The post Santuário do deus Apolo é reencontrado por arqueólogos no Chipre appeared first on Giz Brasil.

No Chipre, arqueólogos redescobriram um santuário dedicado ao deus Apolo perdido por quase 140 anos após o arqueólogo alemão Max Ohnefalsch-Richter escavar o local, em 1885.
À época, o alemão e sua equipe descobriram inúmeras estátuas de divindades gregas, algumas com tamanhos colossais. No entanto, após documentar o sítio, Ohnefalsch-Richter reconstituiu o local, enterrando novamente o templo, incluindo estátuas e muros ao redor do santuário.
Segundo historiadores, as escavações de 1885, pela pressa por encontrar artefatos impressionantes, consideraram irrelevantes as estátuas e o santuário. Com isso, a localização do santuário de Apollo no Chipre caiu no esquecimento, tanto físico quanto histórico.
Curiosamente, em 2021, arqueólogos alemães iniciaram um projeto de escavação no Vale de Frangissa, próximo à vila Pera Orinis, em Tamasso, para redescobrir o santuário de Apollo no Chipre.
Redescoberta do santuário de Apolo no Chipre
De acordo com o Ministério da Cultura do Chipre, os arqueólogos concluíram as escavações em 2024. O comunicado do dia 28 de abril informa que as escavações encontraram vestígios da fundação do templo.
Além disso, os arqueólogos identificaram um pátio dedicado à veneração do deus grego do Sol. As escavações, portanto, dão uma nova perspectiva sobre a importância histórica e religiosa sobre o sítio.

Arqueólogos encontraram diversas estátuas no santuário de Apolo no Chipre. Imagem: Ministério da Cultura do Chipre/Divulgação
O Ministério da Cultura do Chipre afirmou que os arqueólogos encontraram mais de 100 bases das estátuas do santuário de Apollo que estavam enterradas há 140 anos.
Algumas das bases apresentam tamanhos enormes, servindo para suportar estátuas de colossos, datando do e data dos séculos 7 e 6 a.C., sendo, portanto, do Período Arcaico do Chipre.
Aliás, uma estátua de calcário que servia como oferenda a Apollo apresenta inscrições usando o silabário cipriota. O antigo idioma comprova o uso do santuário de Apolo no Período Arcaico do Chipre.
No entanto, outra estátua menciona a dinastia ptolomaica, os governantes gregos do Período Helenístico do Egito que dominaram o Chipre no século 3 a.C.
Desse modo, as escavações revelaram que o santuário de Apolo esteve em atividade desde o Período Arcaico até o Helenístico na história do Chipre.
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