Rússia e Ucrânia fazem a maior troca de prisioneiros da guerra
Mais de 240 militares de cada país foram libertados em operação mediada pelos Emirados Árabes Unidos; Trump anuncia cessar-fogo de Páscoa

A Rússia e a Ucrânia realizaram neste sábado (19.abr.2025) a maior troca de prisoneiros desde o início da guerra. Mais de 240 militares de cada país foram libertados em operação mediada pelos Emirados Árabes Unidos. O conflito na Europa completou 3 anos em fevereiro.
Em nota divulgada no Telegram, o Ministério da Defesa russo informou que 246 militares do país foram repatriados do território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, 246 soldados ucranianos foram liberados.
O governo do presidente Vladimir Putin também afirmou que, “como gesto de boa vontade”, 31 prisioneiros de guerra ucranianos feridos foram entregues em troca de 15 soldados russos também feridos, que “precisavam de cuidados médicos urgentes”.
Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou em publicação no X (ex-Twitter) que “277 guerreiros ucranianos retornaram para casa do cativeiro russo”. Segundo ele, 4.552 pessoas, dentre combatentes e civis, já foram trazidas de volta ao país.
Assista (43s):
TRÉGUA NA PÁSCOA
Putin anunciou neste sábado (19.abr) um cessar-fogo temporário com a Ucrânia em razão do feriado da Páscoa. Começou às 12h (horário de Brasília) e deve terminar às 18h de domingo (20.abr) –meia-noite de 2ª feira (21.abr) no horário de Moscou.
Zelensky, no entanto, afirmou que, pouco antes do anúncio, “alertas de ataque aéreo estão se espalhando pela Ucrânia”. Classificou a trégua como “mais uma tentativa de Putin de brincar com vidas humanas”.
CESSAR-FOGO PERMANENTE
A Ucrânia e a Rússia tentam negociar um cessar-fogo permanente sob a intermediação do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). No entanto, as discussões não estão avançando no ritmo desejado pela Casa Branca.
Na 6ª feira (18.abr), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que Trump abandonará os esforços para a trégua se não houver um acordo nas próximas semanas.