'Roubou' a Pedro Mendes o 'golo do século', mas insiste: "Não entrou"
Mais de 20 anos depois, o polémico Manchester United-Tottenham continua a dar que falar.

Completaram-se, no passado dia 4 de janeiro, 20 anos daquele que, aos dias de hoje, continua a ser um dos mais polémicos jogos da história da Premier League, que culminou num empate a 'zeros', entre Manchester United e Tottenham.
O lance capital teve lugar à passagem dos 90 minutos, quando o antigo internacional português Pedro Mendes rematou, de primeira, do meio-campo. Roy Carroll defendeu, mas deixou escapar a bola, só a desviando, claramente, após a linha de golo, como comprovam as imagens televisivas.
No entanto, passadas duas décadas, em entrevista concedida ao jornal britânico Manchester Evening News, o ex-guarda-redes continua a insistir que o árbitro, Mark Clattenburg, fez bem ao decidir não validar o tento: "A bola não passou a linha, eu recuperei a tempo".
"Foi apenas uma daquelas situações em que a bola estava a recuar. Eu rematei-a e foi parar direitinha ao Pedro Mendes. Com a qualidade que ele tinha, rematou de primeira e subiu muito", começou por afirmar o norte-irlandês.
"Eu estava a pensar em atirá-la para o Phil Neville, que estava na ala direita, mas tirei os olhos da bola, e, no minuto seguinte, bateu-me no peito, escapou-me das mãos e passou-me pelo ombro (...). Digo sempre aos mais jovens que os meus reflexos foram bons", prosseguiu.
"Não voltei a ver Mendes até jogar pelo Rangers, anos depois. Ele limitou-se a aparecer com um grande sorriso na cara, e eu disse-lhe que nunca foi golo! Para um guarda-redes, cada dia é uma aprendizagem, e, quando cometes um erro daqueles, é porque tiraste os olhos da bola", concluiu.
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