'Rodrigo Mora, what else'. Momentos de magia alimentam sonho do FC Porto
As notas do FC Porto-Famalicão, que permitiu aos dragões subirem de forma provisória ao terceiro lugar do campeonato.

É caso para dizer que o FC Porto, com Rodrigo Mora, arrisca-se mesmo a estar sempre mais perto de vencer. Foi à boleia de uma exibição de luxo deste que é um jovem prodígio do futebol português que os portistas subiram na sexta-feira, à condição, ao terceiro lugar da I Liga, com a vitória na receção ao Famalicão, por 2-1, em jogo da 30.ª jornada
Em dia de Sexta-Feira Santa, os adeptos portistas que foram até ao Estádio do Dragão puderam saborear dois 'grandes folares' cozinhados por Rodrigo Mora. E acompanhados por um café, que mais podia ser, para não ficarem encravados na garganta.
A tarde de espetáculo de Mora começou ao minuto 20. Rodeado por vários adversários, o criativo repetiu simulações até encontrar espaço para um remate que desviou num defesa contrário e traiu Carevic. Mas a magia repetir-se-ia na segunda metade.
Endiabrado, Rodrigo Mora recuperou uma bola perdida à entrada da área contrária. O resto? Foi pura magia. O camisola 86 do FC Porto ajeitou, puxou para o pé esquerdo e rematou em arco para o seu oitavo golo no campeonato. Seria substituído ao minuto 77 para a ovação.
Numa fase em que o jogo estava bem mais equilibrado, embora sem grandes lances junto das balizas, um cruzamento-remate de Pedro Bondo, aos 82 minutos, acrescentou emoção aos últimos minutos. Ainda assim, o FC Porto conseguiu controlar o ímpeto final dos minhotos e segurar um merecido triunfo.
O FC Porto está, assim, de forma provisória no terceiro lugar com 62 pontos, e fica à espera do que fará já este sábado o Sporting de Braga, agora quarto, com 60, na visita ao Estoril Praia, confortável no nono posto, com 39.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Rodrigo Mora disse depois da partida que não está a conduzir a equipa sozinho, ele que ainda nem tem carta de condução, mas a verdade é que a sua influência diz o oposto. No Dragão, dois momentos de magia resolveram a favor dos azuis e brancos, tal como já tinha tido influência fundamental no triunfo com o Casa Pia. Fez o seu primeiro bis pela equipa principal e teve uma merecida ovação.
Surpresa
A história do Famalicão no encontro podia ter sido outra se Pedro Bondo tivesse entrado mais cedo. Lançado ao minuto 63, o internacional angolano foi o jogador mais perigoso dos famalicenses desde que entrou em campo. Ao minuto 82, e na tentativa de cruzar para a área, surpreendeu Diogo Costa e marcou um belo golo.
Desilusão
Péssima exibição de Gonçalo Borges. Foi lançado por Anselmi ao minuto 76, para render o brilhante Rodrigo Mora, mas não correspondeu ao que tinha sido a exibição do colega de equipa. Esteve menos de 20 minutos em campo e recebeu um cartão vermelho no minuto 94, depois de uma entrada fora de tempo.
Treinadores
Martín Anselmi
Apostou na mesma equipa que tinha vencido o Casa Pia e recolheu frutos, muito por conta da exibição brilhante de Rodrigo Mora. A equipa parece cada vez mais entrosa com as ideias táticas do argentino, mas continuam a existir momentos de algum desligamento. A reta final ficou marcada por alguns erros que poderiam ter saído caro.
Hugo Oliveira
É verdade que o Famalicão saiu do Dragão com uma derrota, mas terminou o encontro com a sensação de que poderia ter alcançado o empate. Os minhotos protagonizaram uma boa exibição nos instantes finais, mas não foi suficiente para evitar o desaire. Mas a crença dos famalicenses vai trazer-lhes, certamente, mais alegrias no futuro.
Arbitragem
Trabalho muito positivo de Miguel Nogueira ao longo do encontro, sem influenciar o resultado final. A expulsão de Gonçalo Borges parece acertada.
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