Robôs subaquáticos ampliam segurança e eficiência em operações de oleodutos offshore

O uso de robôs subaquáticos tem ganhado espaço na indústria petrolífera como ferramenta para aumentar a segurança e a eficiência na manutenção de plataformas e oleodutos. Empresas de petróleo e gás investem na adoção de Veículos Subaquáticos Autônomos (AUVs) e Veículos Operados Remotamente (ROVs) para otimizar operações e reduzir riscos em ambientes offshore. De acordo […] O post Robôs subaquáticos ampliam segurança e eficiência em operações de oleodutos offshore apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mar 7, 2025 - 19:05
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Robôs subaquáticos ampliam segurança e eficiência em operações de oleodutos offshore

O uso de robôs subaquáticos tem ganhado espaço na indústria petrolífera como ferramenta para aumentar a segurança e a eficiência na manutenção de plataformas e oleodutos.

Empresas de petróleo e gás investem na adoção de Veículos Subaquáticos Autônomos (AUVs) e Veículos Operados Remotamente (ROVs) para otimizar operações e reduzir riscos em ambientes offshore.

De acordo com o site Offshore Technology, o mercado global de robótica deve atingir US$ 218 bilhões até 2030.

O avanço da exploração em águas profundas impulsiona a necessidade de monitoramento contínuo da infraestrutura, que conta atualmente com aproximadamente 2,13 milhões de quilômetros de oleodutos e gasodutos em operação, segundo dados da GlobalData.

A previsão é que esse número aumente em 5% até 2027, exigindo novas tecnologias para inspeção e manutenção.

Os robôs subaquáticos operam por meio de controle remoto a partir de embarcações de superfície, no caso dos ROVs, ou de forma autônoma, no caso dos AUVs. Esses dispositivos auxiliam na detecção de danos estruturais e na prevenção de incidentes ambientais.

Segurança e desafios ambientais

A operação de plataformas e oleodutos enfrenta desafios como corrosão, mudanças climáticas e riscos geopolíticos. O caso do gasoduto Nord Stream, danificado por explosões em setembro de 2022, exemplifica os desafios do setor, conforme relatado pela BBC News.

Os robôs subaquáticos realizam inspeções estruturais e coletam dados sobre possíveis vazamentos de metano. Sensores e sonares possibilitam o mapeamento preciso da infraestrutura submarina, auxiliando na mitigação de impactos ambientais e estruturais.

Aplicação da inteligência artificial

Empresas do setor petrolífero, como Shell, TotalEnergies e Equinor, desenvolvem parcerias com fornecedores de tecnologia para ampliar o uso de robôs subaquáticos.

Um projeto entre a Shell e a Geo Oceans possibilitou que um robô inspecionasse quatro tanques de carga de uma unidade flutuante de produção e armazenamento sem necessidade de intervenção humana.

A integração de inteligência artificial (IA) nos sistemas de monitoramento offshore tem aprimorado a análise de dados coletados. Segundo o site Energy Voice, a eficiência operacional aumentou 35% desde 2021 com o uso de IA para processamento de imagens e sensores em tempo real.

Custos e impacto ambiental

Embora a adoção de robôs subaquáticos envolva um alto investimento inicial, a redução de acidentes e o menor tempo de inatividade operacional são fatores que compensam o custo. Empresas buscam estratégias para reduzir despesas, como a operação remota de ROVs, diminuindo a necessidade de embarcações de suporte.

Além da segurança operacional, a robótica subaquática tem sido utilizada para reduzir impactos ambientais. A TotalEnergies e a Oceaneering desenvolveram um projeto que utilizou AUVs para inspecionar 120 quilômetros de oleodutos no Mar do Norte, resultando em uma redução de 50% nas emissões em comparação com métodos convencionais, segundo a Reuters.

A desativação de infraestruturas antigas também é um desafio. Até 2030, cerca de 2.800 plataformas fixas, 18.500 cabeças de poço e 80.000 quilômetros de oleodutos offshore devem ser descomissionados, conforme relatório da GlobalData de março de 2024.

Os robôs subaquáticos terão um papel fundamental nesse processo, garantindo que a remoção e o descarte das estruturas sejam realizados com segurança.

A ampliação do uso da robótica subaquática no setor offshore aponta para um cenário de maior eficiência operacional, redução de custos e mitigação de impactos ambientais.

Com a evolução da inteligência artificial e o avanço das parcerias entre empresas de petróleo e fornecedores de tecnologia, a tendência é que o setor continue expandindo o uso desses dispositivos nos próximos anos.

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