Próximo papa deve privilegiar o diálogo e a conciliação, dizem cardeais brasileiros
Dom Paulo, arcebispo de Brasília, vai participar do Conclave para escolha do próximo papa Reprodução/GloboNews Cardeais brasileiros entrevistados nesta segunda-feira (21) pelo blog e pela GloboNews afirmam que o sucessor do papa Francisco à frente da Igreja Católica deve privilegiar o diálogo e trabalhar pela conciliação. Ao programa GloboNews Mais, o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, que vai participar do Conclave para eleição do próximo papa, disse que a tendência é de que o escolhido pelo Colégio de Cardeais tenha um perfil "conciliador". "A tendência seria a de um papa mais de conciliação, pelo perfil do Colégio Cardinalício. Porque o papa Francisco foi abrindo janelas e portas, mas não fez mudanças na vida da Igreja. Fez gestos. Mas, se você olhar, a codificação atual da Igreja é a mesma. Não trouxe, na mudança dos cânones, elementos de mudança na vida da Igreja, mas trouxe elementos novos: a questão da acolhida, das periferias", disse o arcebispo de Brasília. "Acho que a tendência seria um papa conciliador, um papa que levasse para frente o diálogo com o mundo. Vai ser um papa que vai ter que acertar algumas coisas, na Cúria, mas que continue uma linha pastoral, de diálogo, de abertura, um pastor próximo do povo, aberto a acolher", completou Dom Paulo Cezar Costa. Próximo do papa argentino, o arcebispo de Brasília trabalhou na organização da Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro, a primeira viagem internacional de Francisco após a eleição. Dom Paulo Cezar Costa, que foi elevado à condição de Cardeal pelo Papa Francisco, destacou que foi naquela viagem ao Rio de Janeiro que o papa "percebeu a força do seu pontificado", principalmente, entre os mais jovens. Amigo do argentino, o arcebispo de Brasília descreve o papa que faleceu nesta segunda-feira como uma pessoa simples, que, além de ser próximo das pessoas mais vulneráveis, era ligado a questões ecológicas. "Foi um pontificado que dialogou, um líder que soube ver o termômetro do seu tempo e buscou ajudar o mundo, a sociedade a enfrentar as grandes questões do mundo ocidental e das demais partes", afirmou. Segundo Dom Paulo Cezar Costa, nesta segunda-feira, os cardeais já receberam a convocação para o Conclave que deve ocorrer nas próximas semanas no Vaticano. Ele disse que, nos próximos dias, devem ocorrer reuniões para definir uma agenda para o evento que definirá o sucessor do papa Francisco. Na mesma linha, Dom Raymundo Damasceno – arcebispo emérito de Aparecida (SP), que participou do Conclave que definiu Jorge Mario Bergoglio como papa – afirmou que o sucessor de Francisco terá de privilegiar o diálogo com os diferentes setores da Igreja Católica. Raymundo Damasceno, que hoje tem 88 anos, não vai participar do próximo Conclave.


Dom Paulo, arcebispo de Brasília, vai participar do Conclave para escolha do próximo papa Reprodução/GloboNews Cardeais brasileiros entrevistados nesta segunda-feira (21) pelo blog e pela GloboNews afirmam que o sucessor do papa Francisco à frente da Igreja Católica deve privilegiar o diálogo e trabalhar pela conciliação. Ao programa GloboNews Mais, o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, que vai participar do Conclave para eleição do próximo papa, disse que a tendência é de que o escolhido pelo Colégio de Cardeais tenha um perfil "conciliador". "A tendência seria a de um papa mais de conciliação, pelo perfil do Colégio Cardinalício. Porque o papa Francisco foi abrindo janelas e portas, mas não fez mudanças na vida da Igreja. Fez gestos. Mas, se você olhar, a codificação atual da Igreja é a mesma. Não trouxe, na mudança dos cânones, elementos de mudança na vida da Igreja, mas trouxe elementos novos: a questão da acolhida, das periferias", disse o arcebispo de Brasília. "Acho que a tendência seria um papa conciliador, um papa que levasse para frente o diálogo com o mundo. Vai ser um papa que vai ter que acertar algumas coisas, na Cúria, mas que continue uma linha pastoral, de diálogo, de abertura, um pastor próximo do povo, aberto a acolher", completou Dom Paulo Cezar Costa. Próximo do papa argentino, o arcebispo de Brasília trabalhou na organização da Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro, a primeira viagem internacional de Francisco após a eleição. Dom Paulo Cezar Costa, que foi elevado à condição de Cardeal pelo Papa Francisco, destacou que foi naquela viagem ao Rio de Janeiro que o papa "percebeu a força do seu pontificado", principalmente, entre os mais jovens. Amigo do argentino, o arcebispo de Brasília descreve o papa que faleceu nesta segunda-feira como uma pessoa simples, que, além de ser próximo das pessoas mais vulneráveis, era ligado a questões ecológicas. "Foi um pontificado que dialogou, um líder que soube ver o termômetro do seu tempo e buscou ajudar o mundo, a sociedade a enfrentar as grandes questões do mundo ocidental e das demais partes", afirmou. Segundo Dom Paulo Cezar Costa, nesta segunda-feira, os cardeais já receberam a convocação para o Conclave que deve ocorrer nas próximas semanas no Vaticano. Ele disse que, nos próximos dias, devem ocorrer reuniões para definir uma agenda para o evento que definirá o sucessor do papa Francisco. Na mesma linha, Dom Raymundo Damasceno – arcebispo emérito de Aparecida (SP), que participou do Conclave que definiu Jorge Mario Bergoglio como papa – afirmou que o sucessor de Francisco terá de privilegiar o diálogo com os diferentes setores da Igreja Católica. Raymundo Damasceno, que hoje tem 88 anos, não vai participar do próximo Conclave.