Porsche Sprint Challenge, José Monroy: Rotação de pistas espanholas em cima da mesa

O campeonato Porsche Sprint Challenge Ibérica mudou recentemente a sua filiação para a Real Federación Española de Automovilismo, um passo que, segundo José Monroy, CEO da P21 Motorsport, foi uma consequência lógica e natural da evolução do calendário da competição, que agora tem 4 provas em Espanha e duas em Portugal. “É exatamente só por […] The post Porsche Sprint Challenge, José Monroy: Rotação de pistas espanholas em cima da mesa first appeared on AutoSport.

Abr 28, 2025 - 14:43
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Porsche Sprint Challenge, José Monroy: Rotação de pistas espanholas em cima da mesa

O campeonato Porsche Sprint Challenge Ibérica mudou recentemente a sua filiação para a Real Federación Española de Automovilismo, um passo que, segundo José Monroy, CEO da P21 Motorsport, foi uma consequência lógica e natural da evolução do calendário da competição, que agora tem 4 provas em Espanha e duas em Portugal.

“É exatamente só por isso. Nada contra nenhuma federação. Simplesmente, desde o momento em que passámos a ter mais uma prova em Espanha mudança foi feita. Se vamos assumir seis fins de semana de campeonato, se pudermos não repetir nenhum circuito, faz todo o sentido. Com a Espanha aqui ao lado e com tanto circuito, até nos podemos dar ao luxo de cada ano variar um ou outro circuito. Então, decidimos em Portugal ocupar os dois circuitos que temos, Estoril e Portimão, e em Espanha garantir circuitos de eleição como Valência e Jerez. Este ano vamos a Monteblanco pela primeira vez e voltamos também a Navarra, onde já estivemos. No ano passado estivemos em Barcelona, estivemos em Aragão… Portanto, para o próximo ano, provavelmente, um ou dois desses circuitos também vão ser trocados, para ir variando.”

“Se pudermos ter seis fins de semana em seis circuitos diferentes, melhor ainda”

Monroy reforça que a decisão de aumentar as provas em Espanha não significa um desinteresse pelos circuitos portugueses — pelo contrário, a limitação do país é que obriga a estas escolhas.

“A verdade é que, quando eu corria no campeonato nacional, fazíamos duas vezes Estoril, duas vezes Portimão, e íamos a Braga. Eu acho que os pilotos não se importam de repetir uma vez um circuito, mas se tivermos oportunidade de fazer seis fins de semana em seis pistas diferentes, melhor ainda. Em Portugal temos dois circuitos a funcionar: Estoril e Portimão. Braga está parado.”

Sobre a possibilidade de incluir o circuito de Vila Real, Monroy mostra-se prudente, explicando os riscos.

“Fui convidado para passar por Vila Real. Eu ainda ponderei. Gosto muito de Vila Real, já corri lá, e sei que os pilotos também gostariam. Mas, sendo muito honesto, com o nível que o campeonato está a ganhar e com os carros que temos, achei arriscado. Não desfazendo, mas basta olhar para o que acontece em Vila Real ou em Macau: se dois carros batem, fica tudo bloqueado. E o prejuízo pode ser enorme, ao ponto de comprometer o resto da temporada para várias equipas. E isso é um risco que, sinceramente, não podemos correr.”

“Portugal precisa de mais um circuito, principalmente no Norte”

Apesar das limitações atuais, Monroy acredita que há espaço para crescer no futuro — e defende a criação de um novo circuito no país.

“Na minha opinião, faria todo o sentido Portugal ter mais um circuito, principalmente no Norte. Ficávamos cobertos nos três pontos do país. Às vezes, meio em tom de brincadeira, meio sério, já incentivei e disponibilizei-me para ajudar num projeto desses. Claro que é um projeto trabalhoso, demorado, de grande investimento. Mas acho que seria uma mais-valia. Não precisa de ser um circuito à dimensão de Portimão, mas sim algo semelhante ao Estoril, mas remodelado, atualizado às exigências de hoje.”

Quanto a Braga, Monroy é claro sobre as dificuldades.

“Não tenho nada contra Braga. Quando comecei, há 20 e tal anos, nem gostava muito, mas aprendi a gostar. No entanto, acho que não tem as condições. Para ser viável, teria que ser um projeto de fundo. E isso, sinceramente, não me parece realista. Mais valia começar um projeto de raiz noutro ponto.”

Referindo-se a projetos como o Circuito do Sol, Monroy também aponta limitações.

“O Circuito do Sol também é interessante, cresceu um bocadinho, mas sinceramente, acho que não tem as condições necessárias. Dei duas ou três voltas na pista devagar e percebi logo: falta espaço, falta segurança. Não me parece que seja uma opção viável para algo do nível da Sprint Challenge Ibérica. Seria ainda mais arriscado do que Braga.”

“Entre Espanha e Portugal, terá de se fazer uma escolha estratégica”

Se Portugal viesse a ter mais um circuito funcional, Monroy admite que a organização teria de repensar a estratégia de distribuição de provas.

“Se tivéssemos três circuitos em Portugal, podíamos fazer meio-meio: três provas em Portugal, três em Espanha. Mas aí teríamos de transformar o campeonato numa taça, e isso teria implicações. Ou então, inscrever o campeonato na FIA, mas isso seria um aumento enorme dos custos e não faria sentido para os nossos objetivos. Por isso, se isso acontecer, teríamos de optar: ou fazemos quatro provas em Portugal e duas em Espanha, repetindo um circuito, ou mantemos o modelo atual com uma maioria de provas em Espanha.”

Fotos: NunOrganistaThe post Porsche Sprint Challenge, José Monroy: Rotação de pistas espanholas em cima da mesa first appeared on AutoSport.