PF e Abin travam disputa por poder desde início do governo Lula
Vista da entrada da sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, nesta sexta-feira, 20. WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) travam uma disputa por poder desde o início do governo Lula. Os chefes dos dois órgãos foram indicações pessoais do presidente: Andrei Passos, na PF; e Luiz Fernando Corrêa, na Abin. O depoimento desta semana do diretor-geral da Abin no inquérito que investiga a Abin Paralela, informado pelo blog da Andréia Sadi no g1, faz parte da rotina de uma investigação, para esclarecer dúvidas apontadas pelos investigadores da PF. Mas, nos bastidores, está a disputa entre os dois grupos. Andrei Passos e Luiz Fernando Corrêa são delegados da Polícia Federal. Corrêa chegou a ocupar o mesmo cargo de Andrei Passos em mandatos anteriores do presidente Lula. Abin paralela: diretor-geral da agência é intimado para depoimento na PF Investigadores da PF acusam, nos bastidores, a Abin de ter dificultado os trabalhos de investigação da Abin Paralela, que, no governo Bolsonaro, espionou ilegalmente ministros do STF, políticos e jornalistas. A suspeita é de que a atual direção criou obstáculos para proteger ex-dirigentes da Abin da época de Bolsonaro. O grupo de Luiz Fernando Corrêa nega. Afirma que a PF teve acesso a todos os documentos solicitados. E diz que, em uma operação, a PF levou inclusive dados e informações referentes a outras investigações – ato que, na avaliação da Abin à época, foi ilegal. Espionagem de autoridades paraguaias Paraguai convoca embaixadores e cobra explicações sobre suspeita de espionagem da Abin No depoimento marcado para a próxima quinta-feira, a PF quer saber também sobre a operação de espionagem contra o governo Paraguaio acerca das negociações em relação ao preço da energia excedente do Paraguai. O país vizinho, pelo contrato, tem de vender essa energia excedente ao Brasil. Os investigadores da PF vão indagar Luiz Fernando Corrêa quando, de fato, essa operação foi cancelada e se esse cancelamento foi registrado oficialmente. Integrantes da Abin acusam servidores da PF de vazarem a informação de uma operação iniciada no governo Bolsonaro, e que acabou gerando um início de crise diplomática entre Brasil e Paraguai.


Vista da entrada da sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, nesta sexta-feira, 20. WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) travam uma disputa por poder desde o início do governo Lula. Os chefes dos dois órgãos foram indicações pessoais do presidente: Andrei Passos, na PF; e Luiz Fernando Corrêa, na Abin. O depoimento desta semana do diretor-geral da Abin no inquérito que investiga a Abin Paralela, informado pelo blog da Andréia Sadi no g1, faz parte da rotina de uma investigação, para esclarecer dúvidas apontadas pelos investigadores da PF. Mas, nos bastidores, está a disputa entre os dois grupos. Andrei Passos e Luiz Fernando Corrêa são delegados da Polícia Federal. Corrêa chegou a ocupar o mesmo cargo de Andrei Passos em mandatos anteriores do presidente Lula. Abin paralela: diretor-geral da agência é intimado para depoimento na PF Investigadores da PF acusam, nos bastidores, a Abin de ter dificultado os trabalhos de investigação da Abin Paralela, que, no governo Bolsonaro, espionou ilegalmente ministros do STF, políticos e jornalistas. A suspeita é de que a atual direção criou obstáculos para proteger ex-dirigentes da Abin da época de Bolsonaro. O grupo de Luiz Fernando Corrêa nega. Afirma que a PF teve acesso a todos os documentos solicitados. E diz que, em uma operação, a PF levou inclusive dados e informações referentes a outras investigações – ato que, na avaliação da Abin à época, foi ilegal. Espionagem de autoridades paraguaias Paraguai convoca embaixadores e cobra explicações sobre suspeita de espionagem da Abin No depoimento marcado para a próxima quinta-feira, a PF quer saber também sobre a operação de espionagem contra o governo Paraguaio acerca das negociações em relação ao preço da energia excedente do Paraguai. O país vizinho, pelo contrato, tem de vender essa energia excedente ao Brasil. Os investigadores da PF vão indagar Luiz Fernando Corrêa quando, de fato, essa operação foi cancelada e se esse cancelamento foi registrado oficialmente. Integrantes da Abin acusam servidores da PF de vazarem a informação de uma operação iniciada no governo Bolsonaro, e que acabou gerando um início de crise diplomática entre Brasil e Paraguai.