Pesquisa revela dados sobre a inclusão feminina no mercado de vinil

A comunidade Her Vinyl, comandada pela pesquisadora, jornalista e DJ Dani Pimenta, realizou uma pesquisa importante sobre a representatividade feminina no mercado do vinil. Os resultados geraram insights sobre o número de lojas administradas por mulheres que os colecionadores conhecem e a quantidade de artistas femininas presentes em suas discotecas.

Os dados compreendem o período de 2024 e o questionário foi aplicado a assinantes do clube de assinaturas do NRC.

Entre os respondentes, 54,1% se declaram como homens e 43,7% como mulheres — o que já mostra uma relativa disparidade de gêneros, ainda que as mulheres estejam cada vez mais inseridas no mercado do consumo de vinis.

Entre esses assinantes, a maioria (41,8%) tem entre 26 e 35 anos e mora no sudeste e sul do país (76% estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul). A mesma porcentagem declara comprar ao menos um vinil regularmente, cerca de uma vez por mês.

Disparidade

Entre os álbuns que os colecionadores possuem, em sua maioria (36.9%), os vinis de artistas femininas representam de 10 a 50 unidades — em coleções que podem chegar até a 200 vinis.

Ainda assim, 60.6% declaram comprar vinis de artistas femininas regularmente.

Confira outro dado interessante:

Quais são os principais fatores que influenciam sua decisão de comprar discos de vinil de artistas mulheres?

Gosto musical

92.3%

Valorização da diversidade na coleção musical

35%

Apoio à igualdade de gênero na indústria musical

29.5%

Experiências de apresentações ao vivo (compra de merchan, por exemplo)

16.5%

Recomendações de amigos/família

10.3%

Comandadas por elas

As informações sobre lojas de vinis administradas por mulheres são ainda mais escassas. 69.6% disseram desconhecer essas lojas, enquanto 65.5% disseram nunca terem comprado em comércios do gênero.

Por tudo isso, a resposta sobre a representatividade feminina no mercado de discos não poderia ser diferente: 64% não acredita que as mulheres tenham representatividade suficiente no mercado do vinil.

Esses dados jogam luz para a necessidade de incentivar e divulgar empreendimentos femininos no mercado de vinis, levando em conta que elas também indicam uma fatia importante que movimenta essa economia. São muitas consumidoras, lojistas e artistas apaixonadas pelos bolachões que precisam e merecem serem mais valorizadas, nos mais diversos aspectos.

Vale também conhecer a comunidade Her Vinyl, que realiza pesquisas importantes em torno da representatividade feminina neste mercado:

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A arte do disco: 11 mulheres que discotecam com vinil para você acompanhar

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