Para desacelerar economia e tentar conter inflação, BC deve subir taxa de juros ao maior nível em quase 20 anos
Comitê de Política Monetária do Bc sinalizou que deve elevar Selic de 13,25% para 14,25% ao ano nesta quarta-feira. Se confirmada, será a maior taxa desde agosto de 2006. Prédio do Banco Central, em Brasília Flickr do BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (18) e deve elevar a taxa básica de juroms da economia de 13,25% para 14,25% ao ano. Essa é a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro, com base em indicação do próprio Banco Central — feita no começo deste ano. Com isso, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde agosto de 2006, ainda no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, em quase 20 anos. Naquele momento, os juros estavam em 14,75% ao ano. Se confirmado, esse será o quinto aumento seguido na taxa básica, que, em termos reais, já é a maior do mundo. A nova alta dos juros ocorrerá em um cenário de economia aquecida, o que tem pressionado a inflação. Para conter as pressões, o BC busca desacelerar a atividade (veja mais abaixo). Essa também será a segunda reunião do Copom chefiada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assumiu em janeiro deste ano. Também será o segundo encontro no qual os diretores indicados pelo presidente Lula são maioria no colegiado, ou seja, eles serão responsáveis diretamente pela decisão tomada. Com a autonomia operacional do BC aprovada pelo Congresso Nacional, e válida desde 2021, os diretores da instituição passaram a ter mandato fixo. Até o fim do ano passado, tanto o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, como a maioria da diretoria eram indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Reunião do Copom de janeiro de 2025 Flickr do BCB Inflação em alta e economia desacelerando O aumento dos juros, se levado adiante, busca conter pressões inflacionárias. Em fevereiro, a inflação oficial somou 1,31%. Esse foi o maior patamar para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos e o maior nível desde março de 2022 — quando os preços subiram 1,62%. Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, maior nível desde setembro de 2023.


Comitê de Política Monetária do Bc sinalizou que deve elevar Selic de 13,25% para 14,25% ao ano nesta quarta-feira. Se confirmada, será a maior taxa desde agosto de 2006. Prédio do Banco Central, em Brasília Flickr do BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (18) e deve elevar a taxa básica de juroms da economia de 13,25% para 14,25% ao ano. Essa é a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro, com base em indicação do próprio Banco Central — feita no começo deste ano. Com isso, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde agosto de 2006, ainda no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, em quase 20 anos. Naquele momento, os juros estavam em 14,75% ao ano. Se confirmado, esse será o quinto aumento seguido na taxa básica, que, em termos reais, já é a maior do mundo. A nova alta dos juros ocorrerá em um cenário de economia aquecida, o que tem pressionado a inflação. Para conter as pressões, o BC busca desacelerar a atividade (veja mais abaixo). Essa também será a segunda reunião do Copom chefiada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assumiu em janeiro deste ano. Também será o segundo encontro no qual os diretores indicados pelo presidente Lula são maioria no colegiado, ou seja, eles serão responsáveis diretamente pela decisão tomada. Com a autonomia operacional do BC aprovada pelo Congresso Nacional, e válida desde 2021, os diretores da instituição passaram a ter mandato fixo. Até o fim do ano passado, tanto o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, como a maioria da diretoria eram indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Reunião do Copom de janeiro de 2025 Flickr do BCB Inflação em alta e economia desacelerando O aumento dos juros, se levado adiante, busca conter pressões inflacionárias. Em fevereiro, a inflação oficial somou 1,31%. Esse foi o maior patamar para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos e o maior nível desde março de 2022 — quando os preços subiram 1,62%. Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, maior nível desde setembro de 2023.