Oscar 2026: inscrições deverão informar sobre uso de IA nos filmes

Vencedor de 3 Oscars, O Brutalista foi alvo de debates quanto ao uso de inteligência artificial (IA) na produção (Crédito: Divulgação)

Depois de polêmicas em torno do uso de inteligência artificial (IA) em filmes vencedores do Oscar neste ano, como O Brutalista e Emilia Pérez, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas instituiu regras para uso da tecnologia.

No domingo, 21, a Academia comunicou que as inscrições de filmes na premiação deverão informar, obrigatoriamente, o uso de IA nas produções. Esclareceu, contudo, que a presença de novas tecnologias nos longas-metragens não influenciará as indicações, tampouco os resultados da premiação.

“A Academia vai julgar o resultado final, levando em consideração o quanto um humano está no centro da autoria criativa e no coração do projeto”, afirma o texto.

No caso de O Brutalista, que rendeu a Adrien Brody o segundo Oscar de sua carreira, o editor do longa, Dávid Jancsó, utilizou os recursos do Respeecher para alinhar falas em húngaro entre o protagonista e Felicity Jones, que interpretou a esposa do arquiteto.

O uso de IA foi mais uma dentre as muitas polêmicas nas quais o filme Emilia Pérez foi envolvido: a tecnologia foi aplicada para ampliar o alcance vocal da atriz principal Karla Sofía Gascón. Nesse caso a ferramenta utilizada também foi o Respeecher.

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Em 2023, a IA foi o motivo central da greve dos roteiristas nos Estados Unidos. O Writers Guild of America (WGA), ao lado do Screen Actors Guild – American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA), estiveram ao lado dos profissionais envolvidos com o cinema e televisão do país nas mobilizações que duraram mais de dois meses.

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