O que é um jogo shovelware?
A presença de jogos shovelware é cada vez mais ampla nas lojas digitais, trazendo diversas questões sobre quais são suas propostas e como eles acabam parando em plataformas mais sérias - como Steam, PS Store, Nintendo eShop, Loja Xbox e outras. O que é um jogo Roguelite? Guia completo sobre o gênero O que é um jogo RTS? Guia completo dos games de estratégia em tempo real Em termos simples, games shovelware são facilmente reconhecidos por sua baixa qualidade e por serem produzidos com o menor orçamento possível. Sabe aquela tonelada de títulos de encontros com garotas em estilo de animê ou os mais diversos simuladores que contêm gameplay mínimo (quando existente)? É exatamente deles que falamos. O nome shovelware tem origem da união das palavras “shovel” (pá) e “software”. Ele faz referência à ação dos estúdios, que pegam um tema de sucesso ou alguma experiência que vêm fazendo sucesso, e adicionam seus próprios elementos como se estivesse jogando terra com uma pá - sem cuidado ou qualquer atenção maior para o conteúdo. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Muitas vezes, eles têm artes e elementos produzidos por inteligência artificial. Em outras, eles vão além e contam com personagens ou nomes que detêm certa similaridade aos vistos em grandes lançamentos - buscando atrair jogadores desatentos. Os jogos shovelware não apresentam uma qualidade vista nos demais (Imagem: Divulgação/Midnight Games) No geral, são títulos que os jogadores podem zerar em cerca de 1 hora ou menos, garantindo diversos troféus ou conquistas que são somados ao perfil. Algumas plataformas, como a PSN e Xbox Live, possuem um sistema de níveis que mostram sua pontuação e incentivam uma competição saudável entre amigos - que acaba impactada pelos jogos shovelware, já que com menos custo e tempo investidos nas experiências comuns permitem a alguns ultrapassar os demais nesta “disputa”. Como surgiram os jogos shovelware? Os jogos shovelware não são recentes na indústria gaming, marcando presença desde os anos 1990. Em 1993 a revista Computer Gaming World usou o termo para se referir a CD-ROMs repletos de títulos compilados pela The Software Toolworks e Access Software. “Eles são na maior parte medíocres, mesmo os melhores”, afirma a publicação. Já no ano de 1994, a mesma revista descreve os jogos shovelware como “programas velhos e/ou fracos escavados e colocados em um CD para ganhar grana rápido”. Para adicionar um contexto histórico, um CD-ROM tinha capacidade de armazenamento de 450 a 700 vezes maior do que disquetes, assim como de 6 a 16 vezes maior do que os HDs dos antigos computadores da década de 1990. Quem gravava os discos, sabia que muitos usuários não conseguiriam instalar todo o conteúdo dali no PC. Dito isso, os produtores preenchiam os CDs com a maior quantidade de conteúdo que encontravam - favorecendo uma grande quantidade ao invés de sua qualidade. Esse fenômeno também foi visto no Brasil: muitas pessoas que tiveram sua infância naquela época devem se recordar das revistas com 500, 1.000 ou mais games “completos” nas prateleiras das bancas de jornais. Na época, centenas de revistas acompanhavam CDs com vários jogos inclusos (Imagem: Reprodução) Apesar do seu uso nos PCs ter sido reduzido com os usuários se habituando a fazer o download de softwares diretamente da fonte ou de curadorias, a prática não desapareceu por ali. Ela se manteve viva com PCs vendidos com diversos games “pré-instalados” - que, para fazer volume, não tinham sua qualidade como fator prioritário. O passo seguinte ocorreu fora do ambiente dos computadores, com o PlayStation 2 se tornando o próximo alvo do mercado de jogos shovelware. O Nintendo DS e o Nintendo Wii também receberam uma variedade de lançamentos do gênero, com estúdios como a Blast! Entertainment, Phoenix Games e Data Design se tornando as maiores do ramo nos anos 2000. Ambas desenvolvedoras produziam uma quantidade massiva de games baseados em séries e filmes, como Gasparzinho, Jumanji, Um Tira da Pesada, Lassie, Fievel - Um Conto Americano e diversos outros. No entanto, eles pouco tinham relação com as histórias originais e seu gameplay era completamente reduzido - o que gerou diversas críticas negativas nas revistas especializadas e nos primeiros sites de games. Nem Gasparzinho, o Fantasminha Camarada escapou de aparecer em jogos shovelware (Imagem: Reprodução/Universal Pictures) Naquela época, eles também reciclavam bastante conteúdo para acelerar o desenvolvimento e lançamento dos jogos. Por exemplo, Ninjabread Man, Anubis II, Rock ‘n’ Roll Adventures e Myth Makers: Trixie in Toyland tinham o mesmo gameplay e cenários. Eles mudavam apenas a arte e o design do personagem jogável para parecerem jogos distintos. Atualmente a prática evoluiu e os jogos shovelware preenchem um amplo espaço em lojas digitais como Steam, Epic Games Store,

A presença de jogos shovelware é cada vez mais ampla nas lojas digitais, trazendo diversas questões sobre quais são suas propostas e como eles acabam parando em plataformas mais sérias - como Steam, PS Store, Nintendo eShop, Loja Xbox e outras.
- O que é um jogo Roguelite? Guia completo sobre o gênero
- O que é um jogo RTS? Guia completo dos games de estratégia em tempo real
Em termos simples, games shovelware são facilmente reconhecidos por sua baixa qualidade e por serem produzidos com o menor orçamento possível. Sabe aquela tonelada de títulos de encontros com garotas em estilo de animê ou os mais diversos simuladores que contêm gameplay mínimo (quando existente)? É exatamente deles que falamos.
O nome shovelware tem origem da união das palavras “shovel” (pá) e “software”. Ele faz referência à ação dos estúdios, que pegam um tema de sucesso ou alguma experiência que vêm fazendo sucesso, e adicionam seus próprios elementos como se estivesse jogando terra com uma pá - sem cuidado ou qualquer atenção maior para o conteúdo.
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Muitas vezes, eles têm artes e elementos produzidos por inteligência artificial. Em outras, eles vão além e contam com personagens ou nomes que detêm certa similaridade aos vistos em grandes lançamentos - buscando atrair jogadores desatentos.
No geral, são títulos que os jogadores podem zerar em cerca de 1 hora ou menos, garantindo diversos troféus ou conquistas que são somados ao perfil.
Algumas plataformas, como a PSN e Xbox Live, possuem um sistema de níveis que mostram sua pontuação e incentivam uma competição saudável entre amigos - que acaba impactada pelos jogos shovelware, já que com menos custo e tempo investidos nas experiências comuns permitem a alguns ultrapassar os demais nesta “disputa”.
Como surgiram os jogos shovelware?
Os jogos shovelware não são recentes na indústria gaming, marcando presença desde os anos 1990. Em 1993 a revista Computer Gaming World usou o termo para se referir a CD-ROMs repletos de títulos compilados pela The Software Toolworks e Access Software.
“Eles são na maior parte medíocres, mesmo os melhores”, afirma a publicação.
Já no ano de 1994, a mesma revista descreve os jogos shovelware como “programas velhos e/ou fracos escavados e colocados em um CD para ganhar grana rápido”.
Para adicionar um contexto histórico, um CD-ROM tinha capacidade de armazenamento de 450 a 700 vezes maior do que disquetes, assim como de 6 a 16 vezes maior do que os HDs dos antigos computadores da década de 1990. Quem gravava os discos, sabia que muitos usuários não conseguiriam instalar todo o conteúdo dali no PC.
Dito isso, os produtores preenchiam os CDs com a maior quantidade de conteúdo que encontravam - favorecendo uma grande quantidade ao invés de sua qualidade. Esse fenômeno também foi visto no Brasil: muitas pessoas que tiveram sua infância naquela época devem se recordar das revistas com 500, 1.000 ou mais games “completos” nas prateleiras das bancas de jornais.
Apesar do seu uso nos PCs ter sido reduzido com os usuários se habituando a fazer o download de softwares diretamente da fonte ou de curadorias, a prática não desapareceu por ali. Ela se manteve viva com PCs vendidos com diversos games “pré-instalados” - que, para fazer volume, não tinham sua qualidade como fator prioritário.
O passo seguinte ocorreu fora do ambiente dos computadores, com o PlayStation 2 se tornando o próximo alvo do mercado de jogos shovelware. O Nintendo DS e o Nintendo Wii também receberam uma variedade de lançamentos do gênero, com estúdios como a Blast! Entertainment, Phoenix Games e Data Design se tornando as maiores do ramo nos anos 2000.
Ambas desenvolvedoras produziam uma quantidade massiva de games baseados em séries e filmes, como Gasparzinho, Jumanji, Um Tira da Pesada, Lassie, Fievel - Um Conto Americano e diversos outros. No entanto, eles pouco tinham relação com as histórias originais e seu gameplay era completamente reduzido - o que gerou diversas críticas negativas nas revistas especializadas e nos primeiros sites de games.
Naquela época, eles também reciclavam bastante conteúdo para acelerar o desenvolvimento e lançamento dos jogos. Por exemplo, Ninjabread Man, Anubis II, Rock ‘n’ Roll Adventures e Myth Makers: Trixie in Toyland tinham o mesmo gameplay e cenários. Eles mudavam apenas a arte e o design do personagem jogável para parecerem jogos distintos.
Atualmente a prática evoluiu e os jogos shovelware preenchem um amplo espaço em lojas digitais como Steam, Epic Games Store, PS Store, Nintendo eShop, Loja Xbox e outras disponíveis. Ainda que algumas delas estejam tentando impedir o avanço desse tipo de jogo, como é o caso da Valve e até da própria Sony Interactive Entertainment, há um longo caminho para impedir a prática de se repetir.
Principais características dos jogos shovelware
Apesar de serem similares a algumas experiências ou até franquias famosas, não é tão difícil identificar os jogos shovelware dentro das plataformas. A principal característica deles é a falta de qualidade: todos os jogos são feitos de forma veloz e com custos reduzidos. O resultado são experiências curtas e sem qualquer tipo de profundidade (seja de gameplay ou narrativa).
Levam anos e toda uma equipe dedicada para trazer os principais games do mercado, até mesmo as experiências independentes não ficam prontas do dia para a noite (como é o caso de Hollow Knight Silksong). Se você nota que determinado estúdio lançou 5 ou 6 jogos em poucos meses, é recomendável acionar o seu alerta.
A falta de originalidade e inovação é outro aspecto que se destaca noso jogos shovelware. Se o nome do game é muito parecido com uma franquia famosa, se a arte te lembra um personagem conhecido ou coisas do tipo, há grandes chances de você estar diante de um jogo desse tipo.
É importante reforçar: há um abismo entre jogos ruins e os títulos shovelware. Nem todo jogo ruim é um shovelware, mas todo shovelware é um jogo ruim. Skull Island: Rise of Kong e The Lord of the Rings: Gollum, experiências cuja qualidade é questionável, são bons exemplos de títulos que não se encaixam nessa categoria.
Por que estúdios criam jogos shovelware?
Há algumas razões que levam estúdios a trabalharem com esse tipo de game para seu catálogo, com algumas se destacando por estar presente na grande maioria deles.
A principal é ter o menor custo possível e um lucro rápido, trazendo um fluxo de dinheiro mais dinâmico em suas operações. A proposta é economizar enquanto solta a maior quantidade possível de jogos shovelware - lucrando com o que vem deles, mesmo que em baixa escala por cada um.
Desta forma, eles também formam um catálogo maior de produtos - o que gera uma maior relevância da marca nas plataformas e com o público, independentemente da opinião sobre seus títulos. Como muitos se aproveitam das tendências de mercado, seus títulos acabam se destacando e recebendo mais jogadores.
Impacto dos jogos shovelware nos consumidores
Se por um lado há companhias que lucram com os jogos shovelware, por outro existem jogadores que se desapontam ao cair nessas armadilhas do mercado. Não é incomum ver muitos consumidores desapontados e até frustrados ao comprar um título que não entrega aquilo que era o “mínimo” esperado.
Pois é, aquele “Wukong Sun: Black Legend” não tem nada a ver com “Black Myth: Wukong”. Achou "War Gods Zeus of Child" parecido com God of War? Também passa longe. Ou aqueles jogos com algum personagem conhecido e amado na capa - como Harry Potter, Homem de Ferro, Megamente e diversos outros - não necessariamente são sinais de que o jogo terá a mesma qualidade de sua produção original.
E isso implica que o público, neste excesso de jogos shovelware (sejam cópias, adaptações licenciadas ou qualquer outra origem), acaba com dificuldade de identificar quais jogos realmente apresentam uma qualidade maior e quais são apenas feitos para gerar lucro rápido.
Isso é visto em quase todas as lojas digitais, basta abrir a aba de novidades, promoções e afins para ver uma infinidade deles na sua frente. Com toda esta quantidade, muitos fãs acabam “desistindo” de encontrar algo bacana e se frustram do mesmo modo (mesmo sem gastar R$ 1), já que poderiam ter encontrado um projeto interessante para investir seu tempo e dinheiro.
Combate aos jogos shovelware
Este excesso de jogos shovelware tem movimentado as plataformas, que estão aplicando novas políticas de curadoria para a sua distribuição. Ainda que esteja longe do ideal, a Valve e a Sony, por exemplo, têm tentado impedir que estúdios conhecidos da prática cadastrem novos games.
Estas plataformas também têm trabalhado para apagar alguns jogos do Steam e da PSN, reforçando seu compromisso em manter a integridade do mercado e também dos jogadores.
No entanto, suas ações seguem longe do ideal. O alerta do público e de estúdios sérios já ecoa contra as grandes plataformas: é necessária uma certificação maior para cadastrar jogos, evitando o excesso de jogos shovelware em suas lojas.
E não apenas por jogos que enganam o público-geral, já que ocorreu recentemente o caso do jogo PirateFi: ele continha um malware e ficou por alguns dias disponível no Steam.
E apesar de citarmos bastante o Steam e a PSN, um dos maiores alvos para este mercado é a Nintendo eShop, do Nintendo Switch. Aparecem diversos jogos shovelware diariamente, confundindo o público e alcançando lucro ao enganar jogadores que pensam estar adquirindo títulos com certo grau de qualidade.
Como identificar e evitar jogos shovelware?
Como dito, os estúdios que produzem jogos shovelware buscam lucro fácil. A melhor forma de impedir o avanço desses títulos é não gerar mais aquisições na conta deles. Porém, para isso é necessário prestar atenção a alguns detalhes para não acabar frustrado.
Um deles é sempre estar atento ao que está comprando. Leia o nome, veja as imagens, vídeos e busque informações sobre determinados games. Se ele parece mal-feito, gameplay simples demais e tem uma história fraca (quando ela existe), são sinais alarmantes de que pode estar encarando um game do gênero.
Também é importante pesquisar o nome do estúdio: geralmente eles lançam de 5 a 6 jogos destes em poucos meses. Se observar que há um intervalo muito pequeno entre os lançamentos, é porque não foi tomado um cuidado maior em relação à qualidade.
Obviamente que ainda terão alguns que buscam troféus e conquistas de forma fácil e continuarão com a prática de comprar os jogos shovelware. Porém, é um bom momento para botar a mão na consciência: afinal de contas, os pontos não exigiram quase nenhum esforço em comparação aos vistos nos demais games. Ou seja, se questione se valem mesmo a pena, já que não exibe sua verdadeira habilidade nos jogos eletrônicos.
Exemplos de jogos shovelware
Entre os jogos shovelware que foram produzidos ao longo dos anos, alguns se destacaram por sua péssima execução e qualidade:
3. Body Cam Shooter
Com um sucesso do ultrarrealista Bodycam, um estúdio resolveu que seria uma boa opção lançar sua alternativa para o título: Body Cam Shooter, que está disponível no Nintendo Switch e também podia ser encontrado nos consoles PlayStation e nos PCs há algum tempo.
Ao contrário do original, que surpreendeu bastante grande parte do público, essa “cópia” não se destaca em quase nenhum fator. Seus gráficos fingem se tratar de algo próximo do game em que se inspirou, mas ao ver em execução no Switch ou no PS5, o público nota que ele nem chega perto da proposta.
2. Wukong Sun: Black Legend
Em uma época em que estamos ainda impressionados com os gráficos que Black Myth: Wukong trouxe, qualquer arte que traga o protagonista macaco chama a atenção. E este é o caso de Wukong Sun: Black Legend, que é apenas um jogo de plataforma que nada tem a ver com o projeto original da Game Science.
Ele tenta enganar os jogadores justamente pela capa, dando a entender que veremos ao menos um game similar à experiência lançada no PS5 e PCs em 2024. No entanto, muita gente vai se desapontar com o resultado que ele apresenta dentro dos gráficos e gameplay.
1. Life of Black Tiger
Lançado em 2017, Life of Black Tiger até pode ter alguma qualidade, mas ela é completamente borrada pela falta de qualidade - seja visual ou de seu gameplay. Para um jogo que chegou na última década, ele parece ter saído diretamente de um “projeto de testes” do PlayStation 1 que acabou ganhando vida no PS4.
Alguns citam ele como o “pior jogo” que já experimentaram, enquanto outros aclamam justamente para fazer piadas pela internet. A verdade é que este pode ser considerado um dos lançamentos mais vergonhosos da plataforma; e acredite, ele continua disponível até os dias atuais.
Esses jogos lotam a página de “novidades” das plataformas digitais, trazendo grandes problemas para estúdios que tentam destacar seus jogos sérios no meio das centenas de outros. Copiando até mesmo algo que chama a atenção no nome, nem pesquisando determinado game garante que o usuário encontre o que procura - não gerando venda do original, fazendo o jogo shovelware lucrar e saindo frustrado.
A indústria está se movimentando contra essa proliferação de títulos de má qualidade no Steam, PSN e Nintendo eShop. Esta última é onde eles estão mais presentes, aproveitando a falta de curadoria da própria Nintendo para trazer uma infinidade de jogos que pertencem ao gênero.
Muitas desenvolvedoras e produtoras pedem que a Nintendo se atente mais a este detalhe com seu Nintendo Switch 2, já que a chegada do novo console pode expandir ainda mais a sua presença.
Softwares shovelware
Como o próprio nome indica, os “shovelware” não estão presentes apenas na indústria gaming. Eles são relacionados a “softwares”, o que implica que há diversos outros aplicativos e programas que causam problemas similares nas demais plataformas.
Os bloatware, por exemplo, se tornaram uma grande discussão na última década. A Lenovo vendia notebooks com um software pré-instalado (um acordo feito entre o desenvolvedor e a fabricante, incentivando os usuários a comprarem o programa posteriormente), mas foi descoberto que ele criava vulnerabilidade de segurança.
Além disso, com o passar do tempo, o bloatware pode pesar no seu PC e exigir uma capacidade maior de processamento - trazendo lentidão para suas tarefas e multiplicando arquivos para lotar o espaço disponível no seu HD ou SSD.
Já o adware é uma variante do bloatware, porém mais nociva. Eles são softwares de publicidade e geralmente surgem através de links e banners de sites ou plataformas. Seus componentes se instalam no PC e podem roubar informações, assim como causar lentidão e preencher o disco rígido.
Se você usa o computador de forma pessoal, esses softwares podem causar problemas em relação aos seus dados e no próprio desempenho da máquina - impedindo o usuário de realizar tarefas comuns e pode levar ao total bloqueio de usar suas funções principais até isso ser resolvido.
Já no campo profissional, é imprescindível que não tenha nenhum bloatware ou adware. Além de comprometer as informações de sua companhia, sua performance com certeza será impactada - o que traz problemas para a sua produtividade.
Jogos shovelware de sucesso
Como toda regra tem sua exceção, há alguns poucos jogos shovelware que se destacam e acabam se tornando um verdadeiro sucesso entre o público. São casos raros, mas não impossíveis de acontecerem.
2. Ninjabread Man
Lançado em 2005 para o PS2 e PCs, Ninjabread Man também marcou presença no Wii como um dos shovelware mais amados de toda uma década. Ele fazia parte de uma iniciativa de jogos da franquia “Zool”, mas acabou chegando ao mercado distante da marca original.
Apesar de sua fraca recepção no mercado, muitos fãs admitem que jogaram ele na época e amaram a experiência do jogo shovelware. Ele envolve controlar um boneco de açúcar com roupas ninja em ambientes 3D, enfrentando oponentes com uma espada e estrelas que ele joga.
1. Go! Go! Beckham! Adventure in Soccer Land
Como muitos notaram pelo nome, o jogo homenageia o jogador de futebol David Beckham ao colocar o astro para viver uma aventura na “Soccer Land” (Terra do Futebol). Este é um jogo de plataforma 2D, no estilo de Super Mario Bros - inclusive copia alguns cenários e elementos da franquia da Nintendo.
Ainda assim, o título lançado em 2002 para o Game Boy Advanced fez um grande sucesso entre a mídia especializada e os fãs. Na aventura, vemos o Mister Woe invadindo a Soccer Land, transformando os animais de lá em monstros. Cabe ao David Beckham e suas habilidades com a bola salvar o dia.
Conhece algum deles ou já testou um dos jogos shovelware disponíveis nas plataformas digitais? Compartilhe e nos conte se há algum favorito ou o que acha da presença deles em lojas como a PSN, Nintendo eShop e Steam.
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