Nuno Lobo destaca impacto de Pinto da Costa: "Incutiu-me amor pelo clube"
Nuno Lobo, candidato à presidência do FC Porto nos dois últimos atos eleitorais, prestou hoje homenagem a Pinto da Costa, destacando o impacto do antigo líder dos 'dragões', que morreu no sábado, na sua ligação ao clube.

Apesar das "divergências" que mantiveram ao longo dos anos, Lobo assumiu uma admiração inabalável pelo histórico dirigente 'azul e branco', que o bateu nas urnas em 2020, numas eleições em que concorreu ainda José Fernando Rio, tendo ainda sido o menos votado em 2024, quando André Villas-Boas sucedeu a Pinto da Costa.
"Tínhamos programas e estratégias diferentes, mas isso nunca me impediu de venerar a figura de Pinto da Costa. Foi ele que me incutiu este amor ao FC Porto e que me deu tantas alegrias ao longo dos anos", afirmou.
Nuno Lobo sublinhou a transformação que Pinto da Costa operou no clube e a sua luta contra o centralismo.
"Ele mudou tudo. Trouxe-nos um pentacampeonato, fez com que uma equipa portuguesa vencesse o Bayern Munique, em 1987, e colocou o FC Porto num patamar de excelência. Todos os títulos no nosso museu são o reflexo do seu trabalho", disse ainda.
Nuno Lobo revelou ainda algumas trocas de mensagens que manteve com o antigo presidente.
"Talvez um dia as torne públicas. Poucas horas antes das eleições, desejei-lhe boa sorte e ele respondeu-me que, ganhasse quem ganhasse, íamos trabalhar juntos. Aprendi com ele tudo sobre esta paixão pelo FC Porto", concluiu.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no sábado aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
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