Nintendo Switch 2 x Steam Deck: qual é o melhor portátil?

Desde que o primeiro Nintendo Switch foi lançado, em 2017, diversas outras companhias entraram no universo de consoles portáteis. E por mais que já tenham vários videogames do gênero no mercado, nenhum teve a popularidade e sucesso que o Steam Deck atingiu. 

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O portátil da Valve trouxe uma experiência com seus jogos para PC que se tornou uma verdadeira referência para os demais. Ainda que tenha sido replicado por outras companhias (com o sistema operacional Windows 11), o seu desempenho e otimização dificilmente encontra uma concorrência à altura.

E é neste cenário que o Nintendo Switch 2 (NS2) chegará. Será que o novo console portátil da Big N conseguirá bater de frente com o Steam Deck (SD) em relação às suas especificações e potencial? Nós do Canaltech trazemos uma análise minuciosa de como suas diferenças podem impactar o mercado. 

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Informações úteis sobre o Switch 2

Antes de iniciar nosso comparativo, é importante ressaltar que a Nintendo não divulgou oficialmente as especificações do Switch 2. Ainda que os detalhes tenham sido vazados anteriormente, a ausência de confirmação sobre sua GPU, CPU e memória RAM não permitem ter uma dimensão exata do potencial do novo console híbrido.

Com o material do vazamento, ao menos conseguimos ter uma ideia aproximada do que o NS2 é capaz de trazer em comparação ao Steam Deck e outros dispositivos. E, apesar de ter bastante competência, vale notar que a própria Nintendo já reforçou que seu foco não será em gráficos de ponta ou um alto desempenho — sim a experiência e diversão de seus usuários. 

Comparativo entre Switch 2 e Steam Deck

Assim como as especificações, esta análise comparativa do Switch 2 e do Steam Deck também contará com alguns recursos que cada console portátil apresenta. Desta forma, poderá ter uma visualização mais ampla do que cada um pode oferecer aos consumidores.

O Steam Deck chegou há três anos, com uma CPU AMD Zen 2 de 4 núcleos e uma GPU com RDNA 2, oito unidades computacionais e 1,6 TFLOPS. A placa integrada do console portátil é personalizada, com um desempenho similar ao visto entre a GeForce GTX 1050 Ti e GTX 1650. 

Neste aspecto, o Nintendo Switch 2 dispara na frente com suas especificações. Seu processador é um ARM Cortex A78C com 8 núcleos, enquanto sua placa de vídeo integra a geração NVIDIA Ampere (GeForce RTX 30) com 3,1 TFLOPS — quase o dobro do que é visto no Steam Deck. 

E, infelizmente para o videogame da Valve, ele já conta com diversas vantagens e benefícios sem exigir custos extras. O Switch 2 já é vendido com a dock (algo que os usuários do Steam Deck têm de comprar separadamente), que permite sua utilização como console híbrido. O mesmo serve para controles, já que o dispositivo não tem nada similar aos Joy-Con destacáveis da Big N.

Isso não significa que o Steam Deck seja de se jogar fora, muito pelo contrário. Sua memória RAM de 16 GB de LPDDR5 garante um excelente desempenho em vários jogos mais recentes e permite que os usuários comprem as principais experiências da plataforma sem dores de cabeça. 

Visuais dos consoles portáteis

O Nintendo Switch 2 também traz uma tela maior do que a vista no SD comum (com display LCD) e na versão OLED. O console da Big N ainda trará suporte ao HDR e resolução 1080p (chegando a 4K na dock) — enquanto o HDR é visto apenas no Steam Deck OLED com a resolução de 800p.

Também há um fator que vale a atenção em relação ao upscaling de cada um dos videogames. Enquanto o NS2 possui a tecnologia DLSS, o console portátil da Valve trabalha com o FSR de forma “singular”: o usuário pode até alcançar visuais melhores, mas precisará reduzir sua resolução para 720p ou menores para que ele funcione adequadamente. 

Ou seja, isso ajuda a posicionar ainda mais o Nintendo Switch 2 à frente, mesmo com o uso de um display LCD. Se somarmos que o Steam Deck vai de 60 Hz a 90 Hz, em contrapartida aos 120 Hz que o novo console híbrido da Big N alcança, isso toma uma proporção ainda maior de diferença entre ambos.

Qualidade do NS2 x Steam Deck

Outro aspecto importante é em relação à bateria que ambos os dispositivos utilizam. Enquanto o NS2 foi revelado com uma bateria de 5220 mAh (com expectativa de 2,5 horas a 6 horas de jogo), o Steam Deck conta com um modelo equivalente a quase 11.000 mAh (com expectativa de 2 horas a 8 horas de jogo).

Mesmo sendo uma bateria com maior poder, seu consumo também é alto e permite até 2 horas a mais de jogo — variando da experiência e dos recursos usados em simultâneo. Considerando o formato portátil, isso é extremamente relevante, principalmente em casos de viagens ou passeios que seja possível levar o videogame consigo. 

A versão OLED do Steam Deck se sai um pouco melhor nessa disputa, com uma bateria equivalente a 13.500 mAh. Desta forma, as estimativas saltam para de 3 horas a 12 horas de jogo, algo mais apto para o público que deseja esticar as pernas em uma tarde de domingo e ficar jogando até o corpo cansar no pós-almoço. 

Outro detalhe importante é a forma de expandir o armazenamento do Nintendo Switch 2. Enquanto o videogame permite apenas o uso dos cartões MicroSD XC (Express Card), o Steam Deck tem suporte para os formatos SD padrão, o SDXC e o SDHC. 

Por outro lado, o Nintendo Switch 2 é mais leve que o Steam Deck. Ainda que o console híbrido pese mais do que seus antecessores, ele tem apenas 400 gramas, enquanto as versões do console portátil da Valve têm mais de 600 gramas. Isso acaba gerando um ponto a mais para a Big N, já que aumenta o conforto em longos períodos de jogo. 

Disputa no catálogo

Não há catálogo que supere o presente no Steam, mesmo se colocássemos o PlayStation e o Xbox neste comparativo. Todos os jogos que lançam no PC, através da plataforma, também podem ser jogados através do Steam Deck e isso é um grande atrativo por si só. 

Este detalhe se soma aos esforços que a Valve realiza para otimizar uma variedade de títulos para o console portátil, gerando uma qualidade maior para os usuários. Seja para adaptar detalhes de seus controles, resoluções, desempenho e coisas do gênero, a verificação já é bem extensa e ajuda muito a manter o público ativo no dispositivo.

Ainda assim, a Nintendo não é uma iniciante nesse mercado e conta com benefícios também. Além do Switch 2 ter todo o catálogo de seu antecessor disponível no novo console, a marca conta com grandes franquias como Mario, The Legend of Zelda, Donkey Kong, Pokémon e outros personagens que encantam toda uma geração.

Claro que estamos falando do mercado oficial de games e das possibilidades presentes quando um usuário mantém a experiência original nas mãos, sem considerar desbloqueio e outras formas de expandir sua biblioteca. No NS2, através da assinatura do Nintendo Switch Online, os fãs também podem acessar títulos retrôs do NES, SNES, Game Boy, Game Boy Advance, N64, Mega Drive e GameCube. 

Cada um pesa de forma distinta em jogadores diferentes, mas ainda que seja a única plataforma em que o público tenha Mario e toda a sua turma, o Steam Deck sai na frente nesta: tanto pelas possibilidades quase infinitas, pela presença de jogos que são da Microsoft e da Sony também — assim como a possibilidade de explorar títulos que estão em Acesso Antecipado e limitados a eventos do Steam. 

Ainda que exista uma grande legião de fãs que desejam ter em mãos o Mario Kart World ou um Pokémon Legends Z-A (que são experiências únicas, diga-se de passagem), disputar espaço com uma plataforma que tem seu próprio espaço e que traz para si o melhor dos consoles de mesa é um oponente muito difícil de ser derrubado. Quem dirá a Epic Games, que está se esforçando para isso há alguns anos. 

Nintendo Switch 2 x Steam Deck: qual é o melhor?

Em quesito de componentes, desempenho e qualidade gráfica, o Nintendo Switch 2 está na frente do Steam Deck e pode se tornar uma referência a ser seguida pelas demais companhias que produzem consoles portáteis. Porém, em relação à sua bateria há um grande ponto fraco que possivelmente será alvo de diversas discussões. 

E mesmo que o NS2 já tenha grandes jogos anunciados, além de uma vasta biblioteca e um repertório invejável de jogos first-party, a plataforma é dependente do apoio dos demais estúdios para trazer estas experiências ao console híbrido. Enquanto isso, basta o jogo estar presente no Steam — a maior plataforma de games de PC — para que ele possa ser jogado no Steam Deck. 

Também deve ser levado em consideração que estamos analisando um videogame que será lançado em 2025 com um sistema que deu seus primeiros passos em 2022. Uma nova versão do videogame (talvez com processador AMD Ryzen Z2) poderia reduzir esta distância e até ultrapassar a concorrência com facilidade — algo que a Valve já admitiu estar analisando há algum tempo. 

Ou seja, essa liderança em relação ao hardware do Nintendo Switch 2 logo deve ser superada. Levando em consideração que o seu antecessor teve oito anos de vida útil, isso pode abrir uma grande distância de vantagem para os próximos Steam Deck, ASUS ROG Ally, MSI Claw e demais consoles portáteis --- inclusive se levarmos em consideração a presença de um Xbox portátil, que chegará ao mercado em breve. 

Video: nossa equipe esteve na Nintendo Switch 2 Experience e conta como será a experiência com o novo console e as novidades que ele trará ao mercado

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