Netanyahu pondera intervenção armada na Cisjordânia

O fim do cessar-fogo fez regressar a morte ao enclave e a dúvida sobre o que se vai passar com os reféns que ainda estão cativos do Hamas. A Cisjordânia, o outro lado da Palestina, pode ser o próximo centro do conflito.

Mar 23, 2025 - 23:37
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Netanyahu pondera intervenção armada na Cisjordânia

Aquilo que vários analistas temiam que viesse a suceder pode estar perto: o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, colocou a hipótese de lançar campanhas militares mais fortes na Cisjordânia – a ‘outra parte’ que, juntamente com a Faixa de Gaza, compõe o que resta da Palestina. Para vários analistas, a partir do momento em que a possibilidade de os palestinianos serem expulsos de Gaza, passou a ser evidente que Israel também acabaria por decidir tratar do problema da Cisjordânia.

Não faria sentido, dizem, expulsar os palestinianos de Gaza e aceitar mantê-los na Cisjordânia. Dito de outra forma: para expulsar os palestinianos de Israel é fundamental que os que vivem na Cisjordânia sejam igualmente expulsos. Ora, o facto de Netanyahu ter dito que poderá avançar com ações militares mais duras na ‘outra’ Palestina pode ser entendido como o início desse ‘programa’, que em russo se diz ‘progrom’.

Desde que a guerra entre Israel e o Hamas teve início, há cerca de um ano e meio, que os palestinianos a viver na Cisjordânia – onde o Hamas tem muito pouca influência, dado que de lá foi expulso há mais de uma década – passaram a ser vigiados de forma mais intensa. Paralelamente, o governo incentivou a fixação (ilegal, do ponto de vista das leis internacionais) de novos colonos na Cisjordânia – desde logo por insistência do regressado ministro Ben Gvir, ele próprio um colono.

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