NASCAR terá mulher no grid após 7 anos e amplia legado feminino na categoria
Apesar dos avanços lentos em equidade no automobilismo, a organização detém histórico relevante de mulheres no grid O post NASCAR terá mulher no grid após 7 anos e amplia legado feminino na categoria apareceu primeiro em MKT Esportivo.

É inegável que a presença feminina no esporte a motor ainda é bem abaixo da média em comparação com outras modalidades. Apesar dos avanços lentos em equidade no automobilismo, algumas categorias detêm histórico relevante de mulheres no grid.
Possuindo legado feminino que remonta os anos 40, a NASCAR é um desses casos. E para o final de semana do Dia Internacional da Mulher (8), a organização anunciou a mais nova participante feminina da Cup Series, se trata de Katherine Legge.
A britânica, de 44 anos, é a primeira mulher a correr na divisão principal da categoria norte-americana desde Danica Patrick ( primeira e única mulher a ter vencido na Indy ) em 2018, quando a estadunidense disputou a Daytona 500 daquele ano.
Se destacando desde o kart, quando tinha apenas 9 anos, Katherine amadureceu no esporte em categorias competitivas como Fórmula Ford, Fórmula Renault e Fórmula 3, se tornando a primeira mulher a conquistar uma pole position em uma corrida da Zetec, em 2000.
Legge ingressou no certame internacional em 2005, quando triunfou em etapa da Toyota Atlantic, tornando-se a primeira mulher a vencer em uma competição de monopostos de prestígio na América do Norte. A realização da competidora abriu portas para a Champ Car, onde participou até 2007.
No ano passado, Legge disputou sete provas da IndyCar pela Dale Coyne Racing com Rick Ware Racing, incluindo a Indy 500, e competiu em eventos selecionados da IMSA. Após o domingo (9), quando será realizada a Shriners Children’s 500, no Arizona, a britânica adicionará a NASCAR ao seu currículo, se juntando a uma lista histórica de competidoras talentosas.
Qual a importância da presença de uma mulher no grid da NASCAR?
Mesmo com a ampliação da presença feminina no automobilismo, a realidade atual de patrocínios e oportunidades para as mulheres na modalidade, tanto no Brasil como no exterior, ainda é um cenário muito distante do ideal.
No entanto, a presença de Legge no grid da maior categoria norte-americana desempenha papel catalisador na inspiração de uma nova geração de competidoras e na atração de marcas focadas no suporte à igualdade de gênero no esporte.
Apesar disso, se somando à participação pontual da britânica na prova no Phoenix International Raceway, é necessário que a NASCAR e o esporte a motor invistam mais em categorias de base focadas em mulheres, como nos casos da W Series e da F1 Academy, e que as competidoras recebam contratos mais longevos, visando o desenvolvimento técnico das mulheres no automobilismo e combatendo com veemência a misoginia do meio.
Histórico Feminino na NASCAR
A pioneira na NASCAR foi Sara Christian, que em sua primeira prova, em 1949, conquistou um impressionante 14º lugar entre 33 pilotos. Na segunda corrida da categoria, em Daytona, mais duas mulheres estiveram no grid, Ethel Mobley e Louise Smith.
Ao longo da trajetória da Cup Series, dezesseis pilotas estiveram no grid. Apesar do número relativamente baixo, a quantidade supera com margem confortável as participações femininas na Fórmula 1 (5) e na Indy (11).
O post NASCAR terá mulher no grid após 7 anos e amplia legado feminino na categoria apareceu primeiro em MKT Esportivo.