Mudança climática: líderes do Bailique mostram realidade das comunidades e pedem políticas públicas
Atualmente, 52 comunidades do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, sofrem com o fenômeno terras caídas, salinização das águas, assoreamento e calor extremo. Moradores do Bailique sofrem com falta de água e energia Acervo/Catraia Filmes A ação 'Jornada Formativa: Bailique em Ação' da associação 'Gira Mundo' busca realizar formações e discutir com líderes das comunidades, os principais problemas enfrentados devido às consequências da mudança climática que gera fenômenos que atingem o distrito do Arquipélago do Bailique, em Macapá prejudicando a qualidade de vida dos ribeirinhos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Atualmente, 52 comunidades no local sofrem com o fenômeno terras caídas, salinização das águas, assoreamento, calor extremo e falta de água. A ação busca levantar os pontos que prejudicam o cotidiano dos moradores, com problemas além do clima, como a falta de energia, e a ausência de pontes para o tráfego. Moradores abandonam casa atingida por erosão no Rio Araguari, no Amapá Rafael Aleixo/g1 O encontro que aconteceu entre os dias 18, 19 e 20 de abril, incluiu rodas de conversa sobre temas como Educação Patrimonial, Manifestações Tradicionais e a COP30, além de atividades práticas em grupo. Líderes comunitários do Bailique discutem sobre o fenômeno das terras caídas Com 20 lideranças reunidas, o evento mostrou a realidade dos moradores, que reivindicam políticas públicas ao poder público e buscam ocupar espaços cada vez maiores, buscando marcar presença em grandes eventos como conferências climáticas. "A gente vai falar sobre mudanças climáticas, a gente vai falar sobre fortalecimento comunitário, como a comunidade pode se organizar para realmente cobrar políticas públicas dos governos, para dar uma solução pra esses problemas [...] O próximo passo é se organizar pra estar nos espaços, nas conferências, nos debates, estar em todos os lugares onde estejam discutindo isso oficialmente. Que comunidade possa participar e também cobrar", disse Otávio Oscar, coordenador da jornada formativa. Lideranças comunitárias do Bailique explicaram realidade enfrentada Carlos Cardozo/Rede Amazônica Tamires da Costa, moradora da comunidade de Jaranduba, no Bailique, viajou 12 horas de barco para o encontro, ela disse que os ribeirinhos enfrentam uma dificuldade extrema diariamente. "A realidade o arquipélago do Bailique não está sendo uma realidade tão boa. Viemos enfrentando vários problemas e impactos ambientais. Esses encontros, essas formações são de suma importância porque eles podem vivenciar de perto o que nós sentimos lá, a nossa realidade. Então é o momento da gente adquirir conhecimento e também repassar conhecimentos à eles, porque se dialogando e conversando é que se entende melhor a verdadeira realidade do arquipélago", contou. Tamires viajou 12h para o encontro Carlos Cardozo/Rede Amazônica Elias dos Anjos, morador da comunidade da Ilha do Curuá, uma das mais distantes, disse que as principais fontes de renda na comunidade estão sendo ameaçadas devido aos recentes fenômenos que atingem o local. "É uma comunidade que tem cerca de 400 pessoas, que vivem basicamente de açaí e pesca, então essas são as duas fontes de renda primárias na comunidade. É uma comunidade que é distante, uma das mais costeiras do Bailique, e é uma das comunidades mais isoladas. Acredito que por esse motivo, é uma comunidade também que as políticas públicas não chegam com tanta frequência e isso afeta o nosso modo de viver", contou Elias. Elias explica sobre a realidade da comunidade no Bailique Carlos Cardozo/Rede Amazônica


Atualmente, 52 comunidades do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, sofrem com o fenômeno terras caídas, salinização das águas, assoreamento e calor extremo. Moradores do Bailique sofrem com falta de água e energia Acervo/Catraia Filmes A ação 'Jornada Formativa: Bailique em Ação' da associação 'Gira Mundo' busca realizar formações e discutir com líderes das comunidades, os principais problemas enfrentados devido às consequências da mudança climática que gera fenômenos que atingem o distrito do Arquipélago do Bailique, em Macapá prejudicando a qualidade de vida dos ribeirinhos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Atualmente, 52 comunidades no local sofrem com o fenômeno terras caídas, salinização das águas, assoreamento, calor extremo e falta de água. A ação busca levantar os pontos que prejudicam o cotidiano dos moradores, com problemas além do clima, como a falta de energia, e a ausência de pontes para o tráfego. Moradores abandonam casa atingida por erosão no Rio Araguari, no Amapá Rafael Aleixo/g1 O encontro que aconteceu entre os dias 18, 19 e 20 de abril, incluiu rodas de conversa sobre temas como Educação Patrimonial, Manifestações Tradicionais e a COP30, além de atividades práticas em grupo. Líderes comunitários do Bailique discutem sobre o fenômeno das terras caídas Com 20 lideranças reunidas, o evento mostrou a realidade dos moradores, que reivindicam políticas públicas ao poder público e buscam ocupar espaços cada vez maiores, buscando marcar presença em grandes eventos como conferências climáticas. "A gente vai falar sobre mudanças climáticas, a gente vai falar sobre fortalecimento comunitário, como a comunidade pode se organizar para realmente cobrar políticas públicas dos governos, para dar uma solução pra esses problemas [...] O próximo passo é se organizar pra estar nos espaços, nas conferências, nos debates, estar em todos os lugares onde estejam discutindo isso oficialmente. Que comunidade possa participar e também cobrar", disse Otávio Oscar, coordenador da jornada formativa. Lideranças comunitárias do Bailique explicaram realidade enfrentada Carlos Cardozo/Rede Amazônica Tamires da Costa, moradora da comunidade de Jaranduba, no Bailique, viajou 12 horas de barco para o encontro, ela disse que os ribeirinhos enfrentam uma dificuldade extrema diariamente. "A realidade o arquipélago do Bailique não está sendo uma realidade tão boa. Viemos enfrentando vários problemas e impactos ambientais. Esses encontros, essas formações são de suma importância porque eles podem vivenciar de perto o que nós sentimos lá, a nossa realidade. Então é o momento da gente adquirir conhecimento e também repassar conhecimentos à eles, porque se dialogando e conversando é que se entende melhor a verdadeira realidade do arquipélago", contou. Tamires viajou 12h para o encontro Carlos Cardozo/Rede Amazônica Elias dos Anjos, morador da comunidade da Ilha do Curuá, uma das mais distantes, disse que as principais fontes de renda na comunidade estão sendo ameaçadas devido aos recentes fenômenos que atingem o local. "É uma comunidade que tem cerca de 400 pessoas, que vivem basicamente de açaí e pesca, então essas são as duas fontes de renda primárias na comunidade. É uma comunidade que é distante, uma das mais costeiras do Bailique, e é uma das comunidades mais isoladas. Acredito que por esse motivo, é uma comunidade também que as políticas públicas não chegam com tanta frequência e isso afeta o nosso modo de viver", contou Elias. Elias explica sobre a realidade da comunidade no Bailique Carlos Cardozo/Rede Amazônica