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Moraes dá domiciliar a 3º condenado “vulnerável” do 8 de Janeiro
Réu com pena de 16 anos de prisão tem pancreatite e está na lista enviada pela oposição ao STF para pedir “soltura humanitária”
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes concedeu nesta 6ª feira (18.abr.2025) prisão domiciliar a um dos condenados pelo 8 de Janeiro. Sérgio Amaral Resende, de 54 anos, tinha um quadro de necrose na vesícula que compromete os rins, o pâncreas e o fígado, segundo laudo médico apresentado pela defesa em 16 de abril.
O réu foi condenado a 16 anos e 6 meses de prisão em fevereiro de 2024 e cumpria a pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal. Resende era um dos 20 nomes enviados pela oposição ao ministro para pedir a mudança de regime em razão de “vulnerabilidades”. A lista foi organizada pela Asfav (Associação de Vítimas e Familiares do 8 de Janeiro).
Segundo a defesa, o condenado passou por uma cirurgia que deixou sequelas e que o centro médico do sistema prisional não tinha condições de tratar de forma adequada. Os advogados alegaram que o quadro de saúde de Resende era grave e que ele corria risco de vida. Leia a íntegra do pedido (PDF – 110 kB).
O magistrado ainda impôs algumas medidas cautelares. Além da necessidade de usar tornozeleira eletrônica, Resende deve ficar fora das redes sociais, não poderá manter contato com outros envolvidos no 8 de Janeiro nem conceder entrevistas.
As visitas à residência dele só estão permitidas a advogados e familiares pré-autorizados, como irmãos, filhos e netos. Os deslocamentos por motivo de saúde, exceto se urgentes, deverão ser requeridos ao Judiciário com 48 horas de antecedência. Leia a íntegra do alvará de soltura (PDF – 193 kB).
Este é o 3º nome da lista que Moraes autorizou prisão domiciliar. Eis os outros casos:
- abr.2024 – o ex-policial militar, Marco Alexandre Machado de Araújo, de 55 anos, tem depressão e toma medicação. Ainda não foi julgado;
- abr.2025 – o pastor Jorge Luiz dos Santos, de 59 anos, que tem problemas cardíacos. Foi condenado a 16 anos e 6 meses de prisão.
