Médicos de Maradona vão a julgamento por negligência na Argentina

Profissionais podem pegar penas de 8 a 25 anos pela morte do ex-jogador ocorrida em 25.nov.2020

Mar 11, 2025 - 15:56
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Médicos de Maradona vão a julgamento por negligência na Argentina

Começa nesta 3ª feira (11.mar.2025) o julgamento de 7 profissionais de saúde acusados de negligência na morte de Diego Maradona. O processo ocorre em San Isidro, região metropolitana de Buenos Aires, e deve se estender até julho. Todos os réus respondem por “homicídio com possível intenção”, crime que prevê penas entre 8 e 25 anos de prisão.

Os réus incluem o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, a médica coordenadora Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem Mariano Perroni, o enfermeiro Ricardo Omar Almirón e o médico clínico Pedro Di Spagna. Uma 8ª acusada, a enfermeira Dahiana Gisela Madrid, pediu para ser julgada separadamente.

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Maradona morreu aos 60 anos enquanto se recuperava de uma cirurgia para remoção de um coágulo cerebral. Foi encontrado sem vida em 25.nov.2020, em uma casa alugada em Buenos Aires. A autópsia apontou edema pulmonar agudo secundário à insuficiência cardíaca crônica como causa da morte.

Mais de 100 testemunhas devem depor no processo, incluindo familiares do ex-jogador, amigos, jornalistas e outros médicos que o atenderam ao longo dos anos.

A acusação sustenta que os profissionais “incorreram em ações e omissões defeituosas” e forneceram tratamento domiciliar “inadequado, deficiente e imprudente”. Um painel de 20 especialistas concluiu que Maradona “teria tido melhor chance de sobrevivência” em ambiente hospitalar adequado. A residência onde estava não possuía sequer desfibrilador.

O enfermeiro noturno afirmou ter visto “sinais de alerta”, mas recebeu ordens de “não acordar” o paciente. Segundo Mario Baudry, advogado do filho de Maradona, mensagens vazadas indicam que a equipe médica tentou impedir a intervenção das filhas do ex-jogador “para não perder dinheiro”.

Todos os acusados negam responsabilidade pela morte do astro, que mergulhou a Argentina em luto nacional. Milhares de pessoas fizeram fila para se despedir do ídolo em cortejo fúnebre realizado no palácio presidencial.