Mariana Mortágua refere que é “possível” um acordo entre os dois partidos
Os candidatos a primeiro-ministro debateram diversos temas, entre eles o da defesa, no qual as opiniões entre os dois candidatos divergem. Enquanto Pedro Nuno Santos defende que um "Governo liderado por nós vai fazer tudo para que o aumento da despesa com a defesa seja progressivo e não coloque em causa o estado social. Obviamente que investir na defesa é crucial".


Pedro Nuno Santos, PS, debateu com Mariana Mortágua, BE, esta terça-feira no canal televisivo Sic Notícias. Onde a líder do BE referiu que “há sempre possibilidade para assinar um acordo” entre os dois partidos.
Os candidatos a primeiro-ministro debateram diversos temas, entre eles o da defesa, no qual as opiniões entre os dois candidatos divergem. Enquanto Pedro Nuno Santos defende que um “Governo liderado por nós vai fazer tudo para que o aumento da despesa com a defesa seja progressivo e não coloque em causa o estado social. Obviamente que investir na defesa é crucial”.
Já Mariana Mortágua defende que o dinheiro tem de ir para setores que necessitem. “A União Europeia não precisa de comprar mais armas. Europa tem mais soldados do que os Estados Unidos. É mentira de que nós precisamos de gastar mais em armas”.
A questão da defesa levou o debate para a possível guerra comercial que as tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, podem trazer. “É de notar que tanto a Comissão Europeia como o próprio Governo ficaram atarantados, não sabem o que fazer depois desta jogada de Donald Trump”, referiu Mortágua. Um ponto que foi também falado por Pedro Nuno Santos, que comentou a falta de conversa com os portugueses por parte do primeiro-ministro.
Outro tema discutido foi o da habitação, tema no qual o líder do PS aproveitou para relembrar o programa de habitação que lançou quando era ministro, o 1ºDireito. “O trabalho que eu comecei há cinco anos está a ter agora frutos”, afirmou Pedro Nuno Santos.
Na opinião do líder do PS a proposta do BE sobre a habitação “não resolve o problema de casas para arrendar à classe média”. “Há medidas que soam bem nos discursos, mas que depois têm problemas de aplicabilidade prática”, referiu.
Para o BE os principais problemas deste setor é a “especulação imobiliária e os investidores, que estão a pior o problema”, declarou Mariana Mortágua. “Enquanto PS e PSD discutem inaugurações de casas, os preços das casas aumentaram 9% em 2024”, afirmou, sublinhando que é “necessário baixar as rendas”.
O modelo que o BE defende para as rendas em Portugal é já “aplicado em Amsterdam” e resultou.
Já Pedro Nuno Santos defende um aumento da construção.