Mapfre regista um lucro de 276 milhões no primeiro trimestre, mais 27,6% que no ano anterior

A atividade na Península Ibérica reportou um resultado líquido de 121 milhões de euros (+65,6%) e um rácio combinado de 95,6% (-4,1 p.p.), graças à forte recuperação do negócio Automóvel.

Abr 29, 2025 - 18:16
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Mapfre regista um lucro de 276 milhões no primeiro trimestre, mais 27,6% que no ano anterior

A Mapfre registou um lucro de 276 milhões no primeiro trimestre, mais 27,6% que no ano anterior. Segundo a companhia de seguros, “estes resultados reflectem a implementação bem-sucedida do Plano Estratégico”.

A subida do lucro radica na melhoria significativa do resultado técnico Não Vida, que aumentou 49,5% para 253 milhões brutos, por força das medidas técnicas implementadas e numa contribuição do resultado financeiro bruto Não Vida, que atingiu 204 milhões, mais 4,4% que no ano anterior.

“O único evento significativo no trimestre foram os incêndios florestais na Califórnia, que custaram à Mapfre RE 136 milhões de euros brutos (85 milhões de euros líquidos de impostos e participações minoritárias)”, acrescenta.

Os prémios cresceram 5,4% (+8,1% a taxas de câmbio constantes), atingindo os 8,58 mil milhões de euros, com aumentos na maioria das linhas de negócio. Isto é, a uma taxa de câmbio constante, os prémios aumentaram 8,1%, com o Não Vida a crescer 9,8% e o Vida 2,4%.

As tendências de crescimento da moeda local têm sido muito fortes. A desvalorização das principais moedas, especialmente o real brasileiro, o peso mexicano e a lira turca, afetou os números de crescimento em euros.

Em euros, os prémios aumentaram 5,4%, com contribuições significativas da Península Ibérica, do resto da América Latina e do forte crescimento do negócio de Resseguro e Riscos Globais.

Entre os ramos Não Vida, os Seguros Gerais apresentam um bom ritmo de crescimento (+3,8%) apesar da desaceleração do negócio agrícola no Brasil. O segmento Automóvel também apresentou um bom desempenho (+3,5%), especialmente na Península Ibérica e na América do Norte, enquanto a Saúde e Acidentes cresceu (+5,5%), impulsionado pela Península Ibérica.

No ramo Vida, os prémios desceram 1,5%, com um impacto significativo das moedas latino-americanas. Já o ramo Não Vida apresenta um rácio combinado de 94,1% (-1,7 p.p.) e com um bom contributo do resultado financeiro.

“Recuperámos a rentabilidade no seguro automóvel, com um rácio combinado de 99,3%” e tendo o negócio Automóvel registado uma melhoria técnica significativa, contribuindo com 51 milhões de euros para o resultado (+64 milhões de euros face aos três meses de 2024).

A rentabilidade (ROE) atingiu os 11,7% (12,8% sem itens extraordinários) e o capital próprio situou-se em 8.381 milhões (-1,5%).

A atividade na Península Ibérica reportou um resultado líquido de 121 milhões de euros (+65,6%) e um rácio combinado de 95,6% (-4,1 p.p.), graças à forte recuperação do negócio Automóvel.

Os prémios na Ibéria atingiram 3.450,6 milhões (+2,9%), dos quais a Espanha contribuiu com 3.316,3 milhões (+2,7%).  Os prémios em Portugal aumentaram 6,1%.

“Os prémios Não Vida cresceram 5,2%, refletindo o bom desempenho de todos os ramos: Seguros Gerais (+8,0%), sendo de destacar o crescimento do ramo Empresas”, refere a Mapfre. Por sua vez, o desempenho do ramo Automóvel (+4,1%) reflete a melhoria da gestão técnica.

O rácio combinado Não Vida diminuiu 4,1 p.p. para 95,6%, sendo que o rácio combinado Automóvel melhorou substancialmente para 98,3% (-7,4 p.p.) e reflete as medidas técnicas implementadas; os ramos Saúde e Acidentes reduziram o seu rácio para 90,4% (-13,9 p.p.); e os Seguros Gerais registaram um rácio combinado de 96,7% (+2,9 p.p.).

A evolução dos prémios Vida (-2,9%) foi afetada pela emissão excecional de apólices de Poupança de Grupo em anos anteriores, enquanto os prémios de Vida Risco cresceram 3,2%.

O ramo Vida contribuiu de forma muito positiva para o resultado, quer no segmento Poupança, quer no segmento Risco, este último com um rácio combinado excecional de 64,5% (-2,9 p.p.).

Luis Anula, CEO da Mapfre Portugal, destaca que os resultados trimestrais da Mapfre em Portugal acompanham os bons resultados na Ibéria. Estamos seguros de que o caminho da eficiência e das boas práticas de gestão é o caminho certo para conseguir resultados positivos numa época imprevisível como a que vivemos”.

Por outro lado a América do Norte confirma tendência positiva, com um resultado de 30 milhões (+94,3%).

A zona Latam (América Latina) contribui com mais de 118 milhões (+25,4%) e a contribuição significativa do Brasil mantém-se.

A Mapfre RE, que inclui os negócios de Resseguro e Global Risks, demonstrou a sua solidez com um resultado de 48 milhões, refletindo o impacto dos incêndios na Califórnia e um aumento das reservas prudentes.

A Mapfre anuncia ainda que o dividendo final do ano fiscal de 2024 será pago no dia 29 de maio.