Kim Sae-ron acumulava dívida milionária antes de cometer suicídio

Confirmação do suicídio

Kim Sae-ron, encontrada morta no domingo (16/2) passado, cometeu suicídio, segundo confirmação das autoridades sul-coreanas. A atriz de 24 anos enfrentava dificuldades financeiras e deixou uma dívida de aproximadamente 700 milhões de wons, cerca de R$ 2,7 milhões, com sua antiga agência, a Gold Medalist.

A artista perdeu oportunidades de trabalho e contratos publicitários após um acidente de trânsito em 2022, quando bateu em um transformador elétrico em Gangnam-gu, Seul, causando um apagão que afetou vários estabelecimentos comerciais e residências. Na ocasião, foi constatado que ela dirigia sob efeito de álcool.

Impacto financeiro e afastamento da mídia

Kim foi responsabilizada pelos prejuízos e teve que pagar indenizações, além de enfrentar penalidades contratuais. A situação resultou na perda de diversos contratos, dificultando sua permanência na indústria do entretenimento.

A dívida com a Gold Medalist permaneceu ativa mesmo após o encerramento de seu contrato com a agência, em dezembro de 2022. Sem conseguir novos trabalhos, ela teria solicitado mais tempo para quitar o valor, mas não conseguiu cumprir o compromisso.

Diante das dificuldades financeiras, a atriz passou a trabalhar em cafeterias e escolas de teatro para se sustentar. A antiga agência chegou a enviar uma cobrança formal, mas não obteve resposta.

Carreira no cinema e na TV

Kim Sae-ron iniciou a carreira como atriz mirim em 2009 e rapidamente conquistou reconhecimento na indústria do entretenimento sul-coreano. Entre seus principais trabalhos estão os filmes “Uma Vida Nova em Folha” (2009) e “O Homem de Lugar Nenhum” (2010).

Em 2023, protagonizou a série “Cães de Caça”, lançada pela Netflix, que acabou sendo seu último trabalho.

Ela era considerada uma das mais promissoras atrizes jovens de sua geração na Coreia do Sul.

Descoberta do corpo e investigação

O corpo de Kim foi encontrado por um amigo, que acionou a polícia imediatamente. De acordo com a agência de notícias Yonhap, não havia indícios de crime na residência, levando as autoridades a confirmarem o suicídio.

O caso reacendeu discussões sobre a pressão enfrentada por artistas na indústria do entretenimento sul-coreano, especialmente aqueles que passam por dificuldades financeiras e são afastados do mercado de trabalho.

Ajuda emocional e prevenção ao suicídio

Quem estiver passando por dificuldades emocionais pode buscar apoio no Centro de Valorização da Vida (CVV). O serviço oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188, além de e-mail e chat, funcionando 24 horas por dia.