Juliana Oliveira rebate Danilo Gentili: “Oportunista e agora ingrata”
Comediante diz que sempre teve gratidão pelo apresentador, mas afirma que apoio no caso contra Otávio Mesquita só veio a partir de 2020


Juliana diz que apoio veio apenas a partir de 2020
Juliana Oliveira respondeu às declarações de Danilo Gentili e negou ter sido ingrata com o apresentador e com a direção do “The Noite”, após a divulgação de áudios que indicariam que ela teria recebido apoio e não quis denunciar Otávio Mesquita. “Você sabe que eu sempre tive gratidão pela oportunidade que você me deu”, afirmou em vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira (11/4).
Ela reforçou que nunca acusou Gentili de omissão, mas apontou que o suporte só veio anos depois do início do problema, que a levou a acusar Mesquita de estupro na Justiça. “Antes do meu pronunciamento, eu estava sendo chamada de oportunista. Agora eu estou sendo chamada de ingrata. […] Eu sempre te defendi, eu te defendi até no tribunal”, disse.
“Eles sabiam do incômodo, mas não da gravidade”, afirma
Juliana esclareceu que sua fala sobre falta de apoio se referia ao período anterior a 2020. “Quando eu falo que o Danilo e o diretor não fizeram nada, isso foi até 2020. Em 2020, eles me ofereceram apoio. Eles queriam que eu denunciasse, mas eu não quis”, explicou. Segundo ela, o medo de denunciar Otávio Mesquita envolvia temor por represálias e pela perda do emprego.
A comediante contou que era escondida no banheiro para evitar contato com Mesquita: “Quando o Otávio Mesquita invadia o estúdio, eu era escondida no banheiro. Isso aconteceu de 2016 até 2020. O que eles não sabiam era sobre a gravidade, isso nem eu sabia.”
Ela disse ainda que esperava ser protegida pela emissora após deixar o programa, mas que isso não ocorreu. “O compliance aberto nunca foi concluído, e eu fui demitida”, relatou.
Gentili diz que não sabia da gravidade da denúncia
Danilo Gentili divulgou os áudios após se sentir atacado pelas declarações de Juliana. O apresentador negou que tenha ignorado uma denúncia de estupro. “O tom da Juliana […] era de alguém que tava irritada com um velho mala que mais uma vez pesou, mais uma vez foi chato e inconveniente. Não de um estuprador”, afirmou. “Se eu tivesse recebido naquele dia uma denúncia em um tom de estupro, a história seria outra.”
Defesa de Juliana afirma que houve estupro
Hédio Silva, advogado de Juliana, declarou que o ato praticado por Otávio Mesquita se enquadra na definição legal de estupro. “A prática de atos libidinosos configura estupro”, afirmou. Ele citou a jurisprudência atual, que não exige penetração para caracterizar o crime.
Segundo o advogado, o vídeo da gravação, disponível no YouTube, comprova os abusos cometidos. “Ele aproxima as partes íntimas da boca dela, joga a Juliana no sofá… Quase quatro minutos de agressão. Ela reage, dá tapa, chuta, protesta.”
Ele ainda contestou a ideia de que o silêncio inicial de Juliana deslegitima sua denúncia. “Cada pessoa tem um tempo diferente para denunciar. Isso adoece a pessoa. E entra o componente racial, a ideia de que o corpo da mulher é público.”
Mesquita nega acusação e processa Juliana por danos morais
Otávio Mesquita negou as acusações e sustenta que, ao contrário do que a ex-assistente afirma, a esquete foi combinada previamente. Ele entrou com processo por danos morais contra Juliana Oliveira.
O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.