Jonathan Hickman mostra insatisfação com indústria dos quadrinhos

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Mai 7, 2025 - 07:55
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Jonathan Hickman mostra insatisfação com indústria dos quadrinhos

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O renomado roteirista de quadrinhos Jonathan Hickman, conhecido por seu trabalho na Marvel Comics em sagas como Dinastia X e o atual Universo Ultimate, expressou insatisfação com o ambiente de criação no mercado. A declaração gerou um movimento imediato entre os fãs do autor.

Em participação no podcast Off Panel, Hickman comentou sobre a dificuldade de desenvolver histórias épicas. Ele criticou a aparente falta de um ambiente que incentive essa prática.

"Não acho que seja bom que não haja um ambiente onde um criador se sinta à vontade, ao desenvolver uma história em quadrinhos, para contar uma história épica, e por isso ele não o faça", declarou Hickman. Muitos interpretaram a fala como uma crítica sutil à sua atual editora.

Atualmente na Marvel, Hickman lidera o relançamento bem-sucedido do Universo Ultimate, um projeto que tem duração prevista de dois anos. Contudo, há rumores crescentes nos bastidores de que ele poderia deixar a editora após a conclusão deste trabalho.

Informações nos bastidores indicam que, para ter seus projetos autorais ou mais conceituais aprovados na Marvel, Hickman precisaria antes entregar materiais considerados mais "comerciais" ou de apelo mainstream. O crossover Aliens vs. Avengers é citado como um possível exemplo dessa dinâmica.

Diante desse cenário e das declarações do roteirista, fãs de Hickman iniciaram uma campanha ativa nas redes sociais. Eles pedem publicamente para que a DC Comics, principal concorrente da Marvel, contrate o autor.

O argumento dos fãs é que a DC tradicionalmente oferece maior liberdade criativa aos seus principais autores, permitindo que desenvolvam visões mais ousadas para os personagens. Eles citam casos como Tom King, Tom Taylor e Sean Murphy como exemplos de sucesso e reconhecimento alcançados em trabalhos na editora, muitas vezes sem pressão editorial excessiva.

A linha Black Label da DC é frequentemente mencionada pelos fãs como um espaço de total autonomia para os criadores. Nela, roteiristas podem desenvolver histórias fora da cronologia principal, mexer radicalmente com personagens, alterar suas origens e até mesmo promover mortes duradouras.

Um exemplo notório citado é a morte de Alfred Pennyworth, o fiel mordomo de Batman, pelas mãos de Tom King na revista Batman #77, publicada em 2019. A decisão criativa foi mantida pela DC, e o personagem continua morto na cronologia principal há quase seis anos, algo visto como prova da liberdade concedida.

Outros roteiristas como Mark Waid e Scott Snyder também são apontados como autores que puderam focar em suas visões para os personagens e desenvolver tramas complexas e impactantes na DC.

A esperança dos fãs é que, com o provável fim do contrato de Hickman com o Universo Ultimate, a DC ofereça a ele a mesma abertura criativa. Eles acreditam que isso permitiria que o aclamado roteirista desenvolvesse suas grandiosas e épicas histórias sem amarras editoriais.

Jonathan Hickman já “flertou” com a DC no passado

Vale lembrar que Jonathan Hickman quase fechou com a DC há muitos anos, para desenvolver uma história em quadrinhos da Legião dos Super-Heróis. O acordo acabou não acontecendo, e o trabalho que Hickman fez a seguir foi a sua lendária fase de quadrinhos dos X-Men.

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Fonte: Off Panel

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