IBGE: Brasil segue tendo o menor patamar de desemprego da série histórica
A taxa de desemprego no Brasil alcançou 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que monitora o mercado de trabalho nacional desde 2012. O resultado representa um aumento […] O post IBGE: Brasil segue tendo o menor patamar de desemprego da série histórica apareceu primeiro em O Cafezinho.

A taxa de desemprego no Brasil alcançou 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que monitora o mercado de trabalho nacional desde 2012.
O resultado representa um aumento em relação ao último trimestre de 2024, quando a taxa foi de 6,2%. Apesar da elevação, o índice atual ainda configura o menor patamar já registrado para o primeiro trimestre desde o início da série histórica.
De acordo com o IBGE, o crescimento da desocupação no início de 2025 está relacionado ao encerramento de vagas temporárias abertas no fim do ano anterior e ao aumento da procura por emprego nos primeiros meses do ano.
A metodologia do instituto considera como desocupadas as pessoas com 14 anos ou mais que não estão trabalhando, mas que seguem em busca de uma colocação.
A pesquisa leva em conta ocupações formais, como empregos com carteira assinada ou registro de CNPJ, e também o trabalho informal, que inclui atividades autônomas e empregos temporários ou não registrados.
No trimestre anterior, os dados indicavam um cenário de recuperação, com crescimento nas contratações formais. Esse movimento vinha sendo observado como fator relevante para o consumo das famílias, um dos componentes com maior peso no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB).
Ao mesmo tempo, a política monetária conduzida pelo Banco Central permanece voltada para o controle da inflação. A taxa básica de juros, a Selic, está fixada atualmente em 14,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para a próxima semana, e analistas do mercado financeiro projetam nova elevação, com possibilidade de a Selic encerrar o ano em 15%.
O IBGE também informou que a taxa de desemprego havia sido de 6,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro. Contudo, o instituto não recomenda comparações entre trimestres com sobreposição de meses, como os encerrados em fevereiro e março, por considerar que não representam variações estatisticamente significativas.
A divulgação da taxa de 7% no início de 2025 ocorre em um contexto de desafios para o mercado de trabalho, com impactos diversos sobre diferentes segmentos da população economicamente ativa. A informalidade, que abrange trabalhadores sem carteira assinada, por conta própria ou sem CNPJ, continua representando parcela expressiva da ocupação no país.
A última leitura da Pnad Contínua mostra que o número de ocupados caiu na comparação com o trimestre imediatamente anterior, refletindo a redução de contratos temporários. A retração ocorre ao mesmo tempo em que aumenta a força de trabalho — composta por pessoas ocupadas e desocupadas que estão ativamente buscando emprego.
O resultado também tem implicações sobre a massa de rendimentos reais, que influencia o nível de consumo das famílias e, por consequência, o desempenho de setores como comércio e serviços. A desaceleração da criação de postos de trabalho formais pode impactar a sustentação do consumo interno nos próximos meses.
A expectativa é de que a retomada de contratações formais e a redução do desemprego dependam da evolução de fatores como inflação, confiança do consumidor e desempenho do setor industrial.
A Pnad Contínua é a principal pesquisa do IBGE sobre o mercado de trabalho e produz estatísticas trimestrais e mensais com base em entrevistas realizadas em domicílios de todo o país.
As informações levantadas permitem acompanhar indicadores como taxa de desocupação, rendimento médio real habitual, número de ocupados e composição da população economicamente ativa.
O cenário observado no início de 2025 dá continuidade à tendência de sazonalidade comum nos primeiros trimestres do ano, quando há aumento na busca por emprego e queda em ocupações temporárias criadas no final do período anterior.
O acompanhamento dos próximos trimestres será determinante para avaliar a consistência da recuperação do mercado de trabalho.
Com a próxima divulgação da ata do Copom e os dados de inflação a serem publicados nas próximas semanas, o cenário macroeconômico continuará sendo monitorado por analistas e formuladores de políticas públicas.
O comportamento do desemprego seguirá como um dos principais indicadores para avaliar os impactos das decisões econômicas adotadas no primeiro semestre do ano.
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