H&M tira produção da China para fugir ao impacto das tarifas de Trump mas não exclui aumento dos preços

A H&M, retalhista do grupo Inditex, está prestes a mudar a sua produção para fora da China de forma a amenizar o peso das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Adam Karlsson, diretor financeiro do grupo, admitiu que a empresa ainda não foi afetada, mas não descarta que tal possa vir a acontecer assim que as tarifas sejam implementadas e adverte que esses custos se irão, posteriormente, refletir no consumidor, algo para o qual o conselheiro delegado da H&M já tinha apontado. “No final, o aumento das tarifas impactará o consumidor e os preços, sinalizou Daniel Ervér há cerca de um ano a margem da conferência de apresentação dos resultados do primeiro trimestre (dezembro de 2023 a fevereiro de 2024).

As tarifas de 10% sobre as importações chinesas provenientes da UE entraram em vigor no início de fevereiro, mas o grupo já vinha a traçar planos de ação antes que a mudança nas políticas comerciais se afigurasse um problema.

Agora, prepara-se para criar oferta de produtor em mercados que possam ser menos afetados pelo impacto das medidas de Trump.

“Utilizamos a flexibilidade que temos na nossa cadeia de abastecimento para alternar entre mercados fornecedores com menos encargos relacionados com tarifas, sendo este um trabalho que já começou no outono e que continua agora durante a primavera”, esclareceu o gestor financeiro do grupo.

Apesar da estratégia para mitigar o impacto, a empresa também admite aumentar os preços.