Grupo golpista tinha no 8 de janeiro a 'última esperança' para tentativa de golpe, diz PGR

Os integrantes do grupo golpista 'trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia'. Grupo em atos golpistas em Brasília (DF) em 8 de janeiro de 2023 Marcelo Camargo/Agência Brasil A denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e outras 33 pessoas, liga os denunciados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, que terminou na depredação contra as sedes dos Três Poderes. De acordo com o texto da PGR, o grupo via os protestos como a "última esperança" para manter Bolsonaro no poder após o plano "Copa 2022", que previa "neutralizar" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente Lula, não ter dado certo. Desse modo, já com Lula eleito presidente, os integrantes não desistiram da tomada violenta do poder. "As campanhas pela intervenção militar prosseguiram com o alento e orientação da organização", afirma a PGR. Aguardando pela manifestação do 8 de janeiro, os integrantes do grupo golpista "trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia". "A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes daquela jornada desceram toda a avenida que liga o setor militar urbano ao Congresso Nacional, acompanhados e escoltados por policiais militares do Distrito Federal", destaca a denúncia da PGR. Neste sentido, a PGR cita trecho de conversa encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ao falar da ação golpista de 8/1, Cid afirmou a sua esposa que "se o Exército Brasileiro air dos quartéis, é para aderir [ao golpe]". Ainda de acordo com Mauro Cid, conform delação à Polícia Federal (PF), Bolsonaro incitou de forma deliberada seus apoiadores a manterem os acampamentos golpistas como forma de forçar uma intervenção das Forças Armadas. Bolsonaro liderava 'núcleo crucial' do golpe, segundo a PGR

Fev 19, 2025 - 03:33
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Grupo golpista tinha no 8 de janeiro a 'última esperança' para tentativa de golpe, diz PGR

Os integrantes do grupo golpista 'trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia'. Grupo em atos golpistas em Brasília (DF) em 8 de janeiro de 2023 Marcelo Camargo/Agência Brasil A denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e outras 33 pessoas, liga os denunciados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, que terminou na depredação contra as sedes dos Três Poderes. De acordo com o texto da PGR, o grupo via os protestos como a "última esperança" para manter Bolsonaro no poder após o plano "Copa 2022", que previa "neutralizar" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente Lula, não ter dado certo. Desse modo, já com Lula eleito presidente, os integrantes não desistiram da tomada violenta do poder. "As campanhas pela intervenção militar prosseguiram com o alento e orientação da organização", afirma a PGR. Aguardando pela manifestação do 8 de janeiro, os integrantes do grupo golpista "trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia". "A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes daquela jornada desceram toda a avenida que liga o setor militar urbano ao Congresso Nacional, acompanhados e escoltados por policiais militares do Distrito Federal", destaca a denúncia da PGR. Neste sentido, a PGR cita trecho de conversa encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ao falar da ação golpista de 8/1, Cid afirmou a sua esposa que "se o Exército Brasileiro air dos quartéis, é para aderir [ao golpe]". Ainda de acordo com Mauro Cid, conform delação à Polícia Federal (PF), Bolsonaro incitou de forma deliberada seus apoiadores a manterem os acampamentos golpistas como forma de forçar uma intervenção das Forças Armadas. Bolsonaro liderava 'núcleo crucial' do golpe, segundo a PGR