Galp reforça em conveniência com café que se come!
A receita original Galp, certificada pela Lotus Biscoff - a marca belga de biscoitos e bolachas - foi desenvolvida pelo chef Juan Bosco, responsável a tempo inteiro pela oferta de Coffe&Bakery da Galp em Portugal e Espanha.


M. ª João Vieira Pinto
A Galp diz-se focada na mobilidade, com a oferta de energia para os veículos e energia para as pessoas. É nesse âmbito que tem vindo a investir gradualmente em conveniência e produtos próprios, sendo que depois do chocolate do Dubai e das cookies de Natal, alargou hoje a um exclusivo café Biscoff – “um café que se come ou um biscoito que se bebe.”
Um produto, de resto, desenvolvido internamente tendo em conta as actuais tendências de consumo do target mais jovem – nomeadamente o Grab&Go – e que será comercializado em toda a rede de lojas Galp na Península Ibérica, ou não tivesse a marca números já consideráveis ao nível da venda de cafés: nem mais que 16 milhões vendidos por ano, só em Portugal.
A receita original Galp, certificada pela Lotus Biscoff – a marca belga de biscoitos e bolachas – foi desenvolvida pelo chef Juan Bosco, responsável a tempo inteiro pela oferta de Coffe&Bakery da Galp em Portugal e Espanha.
No total, a empresa tem hoje 900 lojas, 440 das quais passaram por um processo de renovação nos últimos seis anos. A ideia é fazer com que sejam espaços centrados na experiência do cliente, conforme explica Rute Gonçalves, responsável de marca, marketing e conveniência da Galp, segundo a qual o novo produto apenas estará disponível em 50 lojas em Portugal e 90 em Espanha, em função do perfil de cliente que procura cada ponto de venda.
De facto, não é de hoje que a marca tem vindo a trabalhar para que as suas áreas sejam muito mais que um simples ponto de abastecimento petrolífero, reforçando não só em oferta própria – 40 produtos actualmente -, como numa série de parcerias (de recordar a anunciada há cerca de um ano, com a Padaria Portuguesa, para 10 lojas).
A ideia é, sublinha Rute Gonçalves, continuar a investir no retalho alimentar, pelo que em breve haverá oferta de produtos sem glúten ou das “famosas” bolas de Berlim. «Temos uma base de clientes muito diversificada e o que procuramos é ter uma oferta que responda às suas necessidades», confere a responsável, enquanto destaca que em dois anos multiplicaram por quatro as vendas de produtos neste segmento.
«Estamos a apostar cada vez mais, também, no Grab&Go», adianta, revelando uma e outra vez que o negócio é mobilidade. «Estamos é numa lógica de ter produtos específicos para esses clientes e angariar novos, com conveniência. O nosso negócio base é energia, mas temos aqui uma boa hipótese de crescimento», partilha.
De destacar que o non fuel já responde por 1/5 das vendas na rede da gasolineira, ou não entrassem, em média, numa loja Galp em Portugal, todos os dias, qualquer coisa como 700 clientes. «Desses, entre seis e sete já não vão lá só para abastecer, tendo passado a comprar para além de tabaco, como acontecia há uns anos», adianta ainda.
Estes são então os números actuais, que a empresa quer continuar a alavancar. «Antigamente éramos uma commodity. Agora, somos cada vez mais uma marca com produtos que nos distinguem!», confirma Rute Gonçalves.
*A jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico