Fraude no INSS: esquema em associações envolveu propina, laranjas e lobistas, apontam investigações

Documentos da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal apontam que o esquema de descontos indevidos de benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) envolveu pagamento de propina a servidores, uso de associações de fachada e lobistas. Os investigadores analisaram transações financeiras das entidades e também de dirigentes para mapear o possível rastro dos valores desviados (leia mais abaixo). Governo promete devolver dinheiro de fraude no INSS Na semana passada, a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação contra um esquema de fraudes no INSS. A fraude consistia em descontos irregulares de recursos de aposentados e pensionistas ao longo de anos, o que pode resultado no desvio de mais de R$ 6 bilhões.  Segundo manifestação do MPF, o modus operandi de uma das entidades envolveria:  pagamento de propina a servidores do INSS para que fornecessem dados dos aposentados; Inserção desses dados em associações "de fachada" que argumentavam prestar serviços a aposentados e pensionistas; realização de "pequenos descontos" em larga escala, sem anuência do aposentado; e  distribuição do lucro para os envolvidos, por meio das suas empresas.   Uma das entidades investigadas é a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec).  A PF teve acesso ao relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 2024 sobre a associação.  O Coaf apontou movimentação suspeita da Ambec de R$ 228,5 milhões entre agosto de 2023 e abril de 2024, valor incompatível com o faturamento das pessoas jurídicas envolvidas, conforme o relatório. 

Abr 28, 2025 - 17:57
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Fraude no INSS: esquema em associações envolveu propina, laranjas e lobistas, apontam investigações
Documentos da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal apontam que o esquema de descontos indevidos de benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) envolveu pagamento de propina a servidores, uso de associações de fachada e lobistas. Os investigadores analisaram transações financeiras das entidades e também de dirigentes para mapear o possível rastro dos valores desviados (leia mais abaixo). Governo promete devolver dinheiro de fraude no INSS Na semana passada, a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação contra um esquema de fraudes no INSS. A fraude consistia em descontos irregulares de recursos de aposentados e pensionistas ao longo de anos, o que pode resultado no desvio de mais de R$ 6 bilhões.  Segundo manifestação do MPF, o modus operandi de uma das entidades envolveria:  pagamento de propina a servidores do INSS para que fornecessem dados dos aposentados; Inserção desses dados em associações "de fachada" que argumentavam prestar serviços a aposentados e pensionistas; realização de "pequenos descontos" em larga escala, sem anuência do aposentado; e  distribuição do lucro para os envolvidos, por meio das suas empresas.   Uma das entidades investigadas é a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec).  A PF teve acesso ao relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 2024 sobre a associação.  O Coaf apontou movimentação suspeita da Ambec de R$ 228,5 milhões entre agosto de 2023 e abril de 2024, valor incompatível com o faturamento das pessoas jurídicas envolvidas, conforme o relatório.