Fenómenos meteorológicos em Portugal agravam-se: estamos protegidos?

Hermínia, Ivo, Jana, Martinho ou Núria. Acredito que estes nomes lhe sejam familiares já que pertencem às recentes depressões e tempestades que têm vindo a fustigar Portugal. As alterações climáticas estão a mudar de forma drástica o panorama global e vêm mostrar que a proteção, mais do que nunca, é necessária. A pergunta que se […]

Abr 16, 2025 - 16:08
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Fenómenos meteorológicos em Portugal agravam-se: estamos protegidos?

Hermínia, Ivo, Jana, Martinho ou Núria. Acredito que estes nomes lhe sejam familiares já que pertencem às recentes depressões e tempestades que têm vindo a fustigar Portugal. As alterações climáticas estão a mudar de forma drástica o panorama global e vêm mostrar que a proteção, mais do que nunca, é necessária.

A pergunta que se impõe é: estamos mesmo protegidos numa altura em que se assiste ao agravamento rápido destes fenómenos meteorológicos? Temos todos consciência de que, todos os anos, Portugal tem tido maior frequência de inundações, tempestades, ondas de calor, incêndios?

A nível global cerca de 60% dos sinistros catastróficos são resultado de riscos secundários como, por exemplo, inundações, tempestades ou incêndios florestais. O protection gap, isto é, a diferença entre as perdas económicas totais e a parte dessas perdas que está efetivamente coberta por seguros, a nível mundial é de 63%. Portugal não foge à regra, tendo sentido um aumento deste tipo de eventos secundários, como os incêndios de Pedrogão Grande em 2017, a tempestade Leslie de 2018 e as inundações em Lisboa de 2022.

59% dos portugueses assumem que o local preferido para estar é o seu lar, sendo que este número aumenta para 64% para quem tem casa própria

A Depressão Martinho – que foi uma das mais severas a atingir Portugal em 2025, causou milhares de ocorrências como quedas de árvores e de estruturas, entre as quais estradas, habitações, equipamentos desportivos ou viaturas.

Só o Grupo Ageas Portugal registou mais de 3.540 ocorrências referentes a danos causados pela Depressão Martinho, com mais de 1.180 sinistros já regularizados e pagamentos efetuados no valor de 1,26 milhões de euros. No total dos eventos meteorológicos (Hermínia, Ivo, Jana e Martinho), a seguradora recebeu quase 6.000 ocorrências, com um custo total de sinistros de aproximadamente oito milhões de euros.

Estes números refletem bem o aumento, tanto do número de tempestades, como de danos causados pelas mesmas. Fenómenos – cada vez mais frequentes no nosso país – que devem levar-nos a uma reflexão profunda sobre a forma como estamos seguros nas nossas casas, nos escritórios ou até nos veículos.

O seguro multirriscos habitação é um exemplo de como nos pode ajudar a garantir a proteção do que é nosso: seja da nossa casa, de uma empresa ou um outro tipo de bem que nos pertence. É comum quando um evento extremo acontece procurarmos saber qual a cobertura que abrange o nosso seguro que pode incluir uma variedade de riscos, desde incêndios, inundações, furtos, e até danos causados por terceiros. E, caso ainda estejamos na dúvida sobre a importância de um seguro multirriscos habitação, existem pontos essenciais que nos levam a refletir sobre a necessidade de sermos cobertos por um.

Ter uma casa segura é mais do que trancar a porta, é estarmos serenos, entre quatro paredes, de que o nosso edifício e os nossos bens estão protegidos contra imprevistos; é preciso ter especial atenção à cobertura deste tipo de seguro que engloba diferentes danos, simplificando a gestão de riscos e, claro, a necessidade de ter vários seguros; a proteção financeira que proporciona, pois em caso de sinistros pode ajudar a evitar prejuízos financeiros significativos, uma vez que cobre os custos de reparação ou substituição de algum bem; e, por fim, a valorização do imóvel, uma vez que ter um seguro multirriscos habitação demonstra preocupação, cuidado e responsabilidade com determinado ativo, o que poderá ser benéfico em algum momento da vida.

Face à nova realidade climática, é essencial que todos tenhamos consciência de que, muitas vezes, há uma falsa sensação de segurança por parte dos portugueses. E não nos podemos esquecer que a casa tem um papel fundamental no nosso bem-estar geral, além de ser o principal ativo das famílias portuguesas.

De acordo com os dados de um estudo realizado pelo Grupo Ageas Portugal, 59% dos portugueses assumem que o local preferido para estar é o seu lar, sendo que este número aumenta para 64% para quem tem casa própria (no caso do crédito habitação, a contratação de um seguro multirriscos habitação é até uma exigência).

É inegável o impacto que as alterações climáticas vão ter nos próximos tempos. Os seus danos colocam em evidência aquilo que pode ser a nova realidade. Estar protegido vai ser ainda mais relevante daqui para a frente e, sejamos sinceros, quem não se quer sentir seguro nos dias de hoje?