Famílias atípicas falam sobre o diagnóstico de autismo dos filhos: 'Pra nenhuma família é um processo fácil'
Em Chapecó, Santa Catarina, um grupo de corrida participou de uma prova com a camiseta 'Autismo Não Tem Cura' no domingo para dar visibilidade a causa. JA estreia série de reportagens 'Autismo Não Tem Cara' O diagnóstico de autismo dos filhos é uma novidade para as famílias. A partir da confirmação do espectro autista, mães e pais ganham um novo substantivo para a sua denominação: se tornam atípicos. O processo de compreender que a família se afasta do comum não é fácil, não só pela nova classificação, mas pelas demandas e, muitas vezes, pelo preconceito que o acompanham. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp "Eu acho que pra nenhuma mãe ou família é um processo fácil, porque a gente não projeta a nossa vida fora da curva”, reflete Cleidi Serafini Bortolozzo, que já ouviu muitas vezes que o filho, Davi, "não tem cara de autista". Davi é de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e o autismo dele é nível 2 de suporte. Isso quer dizer que ele precisa de um apoio moderado para se adaptar ao meio. Segundo a mãe, o diagnóstico dele ocorreu cedo. "Ele não desenvolvia as palavrinhas que um bebê pra idade falava, posteriormente ele começou a caminhar nas pontinhas dos pés, as estereotipias de chacoalhar as mãozinhas, de balançar o corpinho pra frente e pra trás, enfileirar os brinquedos de maneira ordenada, com cores. E aí a gente já tinha alguns sinais.” Esses sinais são, segundo a psicóloga e analista do comportamento Camila Calado, um alerta para a busca de um profissional. Ela explica que se nota nas crianças uma baixa reciprocidade socioemocional, um brincar singular, repetição de palavras ou comportamentos repetitivos, além de hipo ou hipersensibilidade sensorial em alguns casos. “Eu costumo dizer que autismo não tem cara. Mas tem características. E são essas características que a gente precisa saber pra acolher esse indivíduo", diz.


Em Chapecó, Santa Catarina, um grupo de corrida participou de uma prova com a camiseta 'Autismo Não Tem Cura' no domingo para dar visibilidade a causa. JA estreia série de reportagens 'Autismo Não Tem Cara' O diagnóstico de autismo dos filhos é uma novidade para as famílias. A partir da confirmação do espectro autista, mães e pais ganham um novo substantivo para a sua denominação: se tornam atípicos. O processo de compreender que a família se afasta do comum não é fácil, não só pela nova classificação, mas pelas demandas e, muitas vezes, pelo preconceito que o acompanham. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp "Eu acho que pra nenhuma mãe ou família é um processo fácil, porque a gente não projeta a nossa vida fora da curva”, reflete Cleidi Serafini Bortolozzo, que já ouviu muitas vezes que o filho, Davi, "não tem cara de autista". Davi é de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e o autismo dele é nível 2 de suporte. Isso quer dizer que ele precisa de um apoio moderado para se adaptar ao meio. Segundo a mãe, o diagnóstico dele ocorreu cedo. "Ele não desenvolvia as palavrinhas que um bebê pra idade falava, posteriormente ele começou a caminhar nas pontinhas dos pés, as estereotipias de chacoalhar as mãozinhas, de balançar o corpinho pra frente e pra trás, enfileirar os brinquedos de maneira ordenada, com cores. E aí a gente já tinha alguns sinais.” Esses sinais são, segundo a psicóloga e analista do comportamento Camila Calado, um alerta para a busca de um profissional. Ela explica que se nota nas crianças uma baixa reciprocidade socioemocional, um brincar singular, repetição de palavras ou comportamentos repetitivos, além de hipo ou hipersensibilidade sensorial em alguns casos. “Eu costumo dizer que autismo não tem cara. Mas tem características. E são essas características que a gente precisa saber pra acolher esse indivíduo", diz.