Ex-procurador do INSS, que enriqueceu com 'farra' no órgão, segundo a PF, pediu judicialmente desbloqueio de descontos em folha de pagamento
Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho alegou que trava a empréstimos consignados, determinada após auditoria do TCU, ampliaria filas de 'idosos e pessoas de baixa instrução'. Afastado a pedido da Polícia Federal, o agora ex-procurador do INSS Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho agiu formalmente para evitar o bloqueio de desconto em folha de pagamento de aposentados e pensionistas do órgão, sob o argumento de que a trava levaria à ampliação das filas nas agências.
Textualmente, Virgilio escreveu em recurso ao Tribunal de Contas da União que "embora o desbloqueio dos benefícios para possibilitar a averbação de novos descontos possa ser efetuado pelo sítio eletrônico ou pelo aplicativo "Meu INSS", o perfil da grande maioria dos beneficiários, composta por idosos e pessoas de baixa instrução, resultará em intenso fluxo de segurados às agências".
Segundo a PF, Virgilio "teve um incremento patrimonial de R$ 18.330.145,18 advindo da 'farra do INSS'". Ele chegou a incorporar, segundo os investigadores, um Porsche de um lobista. O carro foi passado para o nome da esposa do ex-procurador.
No recurso, o então responsável pela defesa do INSS pede o desbloqueio de uma modalidade específica de desconto, o de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas, também alvo de queixas de fraude no órgão.
Esta modalidade, no entanto, não está no escopo da primeira fase da operação da PF que deflagrou o escândalo, derrubou o então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, e colocou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na corda bamba.
"A determinação do bloqueio automático para averbação de novos descontos relativos aos empréstimos consignados causaria na prestação de todos os demais serviços pelas Agências da Previdência Social em todo o país, com risco concreto de colapso dos demais atendimentos presenciais prestados diariamente aos demais interessados", argumentou o ex-procurador ao TCU, acrescentando que mais de 27 milhões de empréstimos estavam vigentes.
O ministro Aroldo Cedraz, do TCU, determinou o bloqueio das verbas, mas a medida efetivamente não chegou a ser implementada simplesmente porque o processo ficou parado dentro do gabinete dele. O tema foi alvo de forte controvérsia na sessão de ontem do TCU. Irritado com as críticas pela demora, Cedraz retirou o caso de pauta.
Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho alegou que trava a empréstimos consignados, determinada após auditoria do TCU, ampliaria filas de 'idosos e pessoas de baixa instrução'. Afastado a pedido da Polícia Federal, o agora ex-procurador do INSS Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho agiu formalmente para evitar o bloqueio de desconto em folha de pagamento de aposentados e pensionistas do órgão, sob o argumento de que a trava levaria à ampliação das filas nas agências.
Textualmente, Virgilio escreveu em recurso ao Tribunal de Contas da União que "embora o desbloqueio dos benefícios para possibilitar a averbação de novos descontos possa ser efetuado pelo sítio eletrônico ou pelo aplicativo "Meu INSS", o perfil da grande maioria dos beneficiários, composta por idosos e pessoas de baixa instrução, resultará em intenso fluxo de segurados às agências".
Segundo a PF, Virgilio "teve um incremento patrimonial de R$ 18.330.145,18 advindo da 'farra do INSS'". Ele chegou a incorporar, segundo os investigadores, um Porsche de um lobista. O carro foi passado para o nome da esposa do ex-procurador.
No recurso, o então responsável pela defesa do INSS pede o desbloqueio de uma modalidade específica de desconto, o de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas, também alvo de queixas de fraude no órgão.
Esta modalidade, no entanto, não está no escopo da primeira fase da operação da PF que deflagrou o escândalo, derrubou o então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, e colocou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na corda bamba.
"A determinação do bloqueio automático para averbação de novos descontos relativos aos empréstimos consignados causaria na prestação de todos os demais serviços pelas Agências da Previdência Social em todo o país, com risco concreto de colapso dos demais atendimentos presenciais prestados diariamente aos demais interessados", argumentou o ex-procurador ao TCU, acrescentando que mais de 27 milhões de empréstimos estavam vigentes.
O ministro Aroldo Cedraz, do TCU, determinou o bloqueio das verbas, mas a medida efetivamente não chegou a ser implementada simplesmente porque o processo ficou parado dentro do gabinete dele. O tema foi alvo de forte controvérsia na sessão de ontem do TCU. Irritado com as críticas pela demora, Cedraz retirou o caso de pauta.