Europeus apoiam Zelensky após bate-boca com Trump

Líderes de países aliados se reúnem em Londres e prestam solidariedade a ucraniano, mas destacam relevância dos EUA para um acordo de paz

Mar 2, 2025 - 21:45
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Europeus apoiam Zelensky após bate-boca com Trump

Durante uma cúpula em Londres neste domingo (2.mar.2025) com 18 países e organizações aliadas da Ucrânia, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que a Europa passa por um “momento único” para consolidar sua segurança.

“Espero que saiba que estaremos todos com você e com o povo da Ucrânia durante o tempo que for necessário. Obter um bom resultado para a Ucrânia não é apenas uma questão de certo ou errado; é vital para a segurança de cada nação aqui e de muitas outras também”, declarou Starmer ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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Na 6ª feira (28.fev), Donald Trump (Republicano) bateu boca com Zelensky na Casa Branca durante uma conversa na frente de jornalistas. Trump acusou o ucraniano de “flertar” com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial ao resistir a um acordo para encerrar o conflito com a Rússia.

Durante a reunião, Trump  argumentou que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria disposto a negociar. Zelensky contestou a afirmação do norte-americano segundo a qual cidades ucranianas tinham sido “reduzidas a escombros” depois de 3 anos de guerra. O republicano então acusou o ucraniano de agir de forma “desrespeitosa” com os EUA.

Na cúpula deste domingo (2.mar), Starmer defendeu que a Europa deve realizar o trabalho pesado” para acabar com a guerra na Ucrânia, mas que precisa do apoio dos EUA.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também defendeu a paz na Ucrânia. “Estamos todos muito comprometidos com um objetivo que queremos alcançar, que é uma paz justa e duradoura na Ucrânia. Acho que é muito importante que evitemos o risco de o Ocidente se dividir”, disse.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que “a Europa precisa urgentemente ser rearmada” e que o bloco apresentará “um plano abrangente” para isso. 

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que seu país poderia usar seus laços amistosos com os EUA para persuadir Trump a apoiar mais a Ucrânia. “Tudo deve ser feito para garantir que a Europa e os Estados Unidos falem em uma só voz”, afirmou.