EUA e Ucrânia assinam acordo para a exploração de terras raras ucranianas
Tratado era visto como essencial para que os Estados Unidos mantivessem o apoio ao governo ucraniano na guerra contra a Rússia. Anúncio foi feito nesta quarta-feira (30). Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontra-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, no funeral do Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano. SERVIÇO DE IMPRENSA PRESIDENCIAL DA UCRANIA / AFP Estados Unidos e Ucrânia assinaram nesta quarta-feira (30) um acordo econômico para a exploração das chamadas terras raras ucranianas — regiões ricas em minérios e recursos naturais. O presidente americano, Donald Trump, pressionava a Ucrânia a assinar o acordo desde fevereiro. O tratado é visto como fundamental para que os Estados Unidos mantenham o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Trump afirma que o pacto é uma forma de fazer com que a Ucrânia reembolse os EUA pelos bilhões de dólares enviados em ajuda militar e financeira durante o conflito, que começou em 2022. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o acordo permitirá investimentos para alavancar a economia ucraniana. "Essa parceria permite que os Estados Unidos invistam ao lado da Ucrânia, desbloqueiem os ativos de crescimento do país, mobilizem talento, capital e padrões de governança americanos que irão melhorar o ambiente de investimentos na Ucrânia e acelerar a recuperação econômica do país”, disse. A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, confirmou à Associated Press que o acordo foi assinado em Washington. “Junto com os Estados Unidos, estamos criando um fundo que atrairá investimentos globais para o nosso país”, escreveu em uma rede social. O acordo deveria ter sido assinado no fim de fevereiro, quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontrou com Trump na Casa Branca. No entanto, um bate-boca entre os dois no Salão Oval fez com que o texto do tratado voltasse à fase de negociações. Os Estados Unidos buscam acesso a mais de 20 matérias-primas consideradas estrategicamente essenciais, incluindo itens que não são minerais, como petróleo e gás natural. Entre os minerais, estão os depósitos de titânio da Ucrânia — usados na fabricação de asas de aviões e peças da indústria aeroespacial — e urânio, aplicado em usinas nucleares, equipamentos médicos e armas. A Ucrânia também possui lítio, grafite e manganês, usados na produção de baterias para veículos elétricos. Detalhes do acordo Mais cedo, o governo ucraniano informou que o texto passou por ajustes, após considerar que a proposta original favorecia demais os interesses dos EUA. Segundo o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, o novo texto estabelece uma parceria igualitária entre os dois países e terá validade de 10 anos. EUA e Ucrânia também criarão um fundo de investimentos, que será formado com aportes financeiros diretos. A ajuda militar concedida após a assinatura do tratado contará como parte da contribuição dos Estados Unidos. Já a assistência enviada antes do acordo não será incluída. Além disso, o texto foi adaptado para não entrar em conflito com o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia — ponto considerado essencial por Kiev.


Tratado era visto como essencial para que os Estados Unidos mantivessem o apoio ao governo ucraniano na guerra contra a Rússia. Anúncio foi feito nesta quarta-feira (30). Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontra-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, no funeral do Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano. SERVIÇO DE IMPRENSA PRESIDENCIAL DA UCRANIA / AFP Estados Unidos e Ucrânia assinaram nesta quarta-feira (30) um acordo econômico para a exploração das chamadas terras raras ucranianas — regiões ricas em minérios e recursos naturais. O presidente americano, Donald Trump, pressionava a Ucrânia a assinar o acordo desde fevereiro. O tratado é visto como fundamental para que os Estados Unidos mantenham o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Trump afirma que o pacto é uma forma de fazer com que a Ucrânia reembolse os EUA pelos bilhões de dólares enviados em ajuda militar e financeira durante o conflito, que começou em 2022. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o acordo permitirá investimentos para alavancar a economia ucraniana. "Essa parceria permite que os Estados Unidos invistam ao lado da Ucrânia, desbloqueiem os ativos de crescimento do país, mobilizem talento, capital e padrões de governança americanos que irão melhorar o ambiente de investimentos na Ucrânia e acelerar a recuperação econômica do país”, disse. A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, confirmou à Associated Press que o acordo foi assinado em Washington. “Junto com os Estados Unidos, estamos criando um fundo que atrairá investimentos globais para o nosso país”, escreveu em uma rede social. O acordo deveria ter sido assinado no fim de fevereiro, quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontrou com Trump na Casa Branca. No entanto, um bate-boca entre os dois no Salão Oval fez com que o texto do tratado voltasse à fase de negociações. Os Estados Unidos buscam acesso a mais de 20 matérias-primas consideradas estrategicamente essenciais, incluindo itens que não são minerais, como petróleo e gás natural. Entre os minerais, estão os depósitos de titânio da Ucrânia — usados na fabricação de asas de aviões e peças da indústria aeroespacial — e urânio, aplicado em usinas nucleares, equipamentos médicos e armas. A Ucrânia também possui lítio, grafite e manganês, usados na produção de baterias para veículos elétricos. Detalhes do acordo Mais cedo, o governo ucraniano informou que o texto passou por ajustes, após considerar que a proposta original favorecia demais os interesses dos EUA. Segundo o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, o novo texto estabelece uma parceria igualitária entre os dois países e terá validade de 10 anos. EUA e Ucrânia também criarão um fundo de investimentos, que será formado com aportes financeiros diretos. A ajuda militar concedida após a assinatura do tratado contará como parte da contribuição dos Estados Unidos. Já a assistência enviada antes do acordo não será incluída. Além disso, o texto foi adaptado para não entrar em conflito com o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia — ponto considerado essencial por Kiev.