EUA confirmam tarifas devastadoras de 104% contra China

A guerra comercial entre as duas grandes potências do mundo se intensificou nesta terça-feira. A Casa Branca, por meio de uma de suas porta-vozes, confirmou que os Estados Unidos aplicarão uma tarifa devastadora de 104% sobre produtos chineses. Com isso, as relações comerciais entre os dois países — que formam a maior corrente de comércio […] O post EUA confirmam tarifas devastadoras de 104% contra China apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 8, 2025 - 20:38
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EUA confirmam tarifas devastadoras de 104% contra China

A guerra comercial entre as duas grandes potências do mundo se intensificou nesta terça-feira. A Casa Branca, por meio de uma de suas porta-vozes, confirmou que os Estados Unidos aplicarão uma tarifa devastadora de 104% sobre produtos chineses. Com isso, as relações comerciais entre os dois países — que formam a maior corrente de comércio do planeta — correm o risco de serem quase inteiramente interrompidas, provocando um terremoto gigante no comércio internacional.

O anúncio foi feito pela secretária de imprensa Karoline Leavitt, em entrevista à Fox Business. A tarifa entra em vigor nesta quarta-feira (9) e representa uma nova escalada nas medidas econômicas contra a China, parte de uma estratégia dos EUA para conter práticas comerciais consideradas desleais.

Até então, produtos chineses já eram taxados em 34%. A nova tarifa eleva esse percentual para 104%, tornando os itens praticamente inviáveis no mercado americano. A Ásia como um todo foi fortemente atingida, mas a China segue como o principal alvo.

Em resposta, autoridades chinesas afirmaram que irão lutar até o fim contra o aumento das tarifas, acusando os EUA de violar as regras do comércio internacional e tentar sufocar o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Medidas de retaliação já estão sendo preparadas.

O aumento das tensões comerciais teve reflexos imediatos no mercado financeiro. Investidores reagiram com cautela, temendo o agravamento da disputa. Houve queda nas bolsas de valores e fuga de ativos de risco, como ações e moedas de mercados emergentes.

Embora o pregão desta terça-feira tenha começado com certo otimismo, a expectativa de avanço nas negociações foi derrubada com a confirmação da tarifa. A Casa Branca informou que cerca de 70 países procuraram os EUA para discutir os impactos da medida.

A iniciativa faz parte de uma política econômica mais ampla voltada para o protecionismo estratégico. O objetivo declarado é reduzir a dependência de insumos estrangeiros, fortalecer a indústria local e posicionar os EUA como potência industrial. Críticos alertam, porém, que a estratégia pode gerar inflação e prejudicar empresas e consumidores.

O risco de uma guerra comercial prolongada preocupa economistas, que apontam efeitos em cadeia sobre a economia global. Empresas podem ter que redesenhar suas cadeias produtivas, o que tende a elevar custos e reduzir lucros.

A reação da China nos próximos dias será crucial. Novas tarifas e possíveis restrições a empresas americanas podem agravar ainda mais o conflito. O clima de incerteza se espalha por outras regiões, e países como os da União Europeia acompanham com apreensão os desdobramentos.

Especialistas afirmam que a crise pode alterar de forma duradoura a estrutura do comércio global. A busca por fornecedores fora da China, por exemplo, pode beneficiar países como Índia e Vietnã, mas exigirá tempo e investimento.

Organismos internacionais, como o FMI e a OMC, devem se pronunciar sobre as consequências econômicas do tarifaço. Por ora, o comércio mundial entra em mais um momento crítico, com potencial para abalar profundamente o cenário econômico deste ano.

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