Estudo alerta que queijo envelhecido pode abrigar vírus perigoso
Os queijos feitos de leite cru podem abrigar o vírus H5N1, causador da gripe aviária, por meses, segundo um estudo recente da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. A pesquisa, financiada pela FDA (Food and Drug Administration), levanta preocupações sobre a segurança dos produtos lácteos não pasteurizados em meio ao surto da doença que já […]

Os queijos feitos de leite cru podem abrigar o vírus H5N1, causador da gripe aviária, por meses, segundo um estudo recente da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. A pesquisa, financiada pela FDA (Food and Drug Administration), levanta preocupações sobre a segurança dos produtos lácteos não pasteurizados em meio ao surto da doença que já atingiu quase mil rebanhos em 17 estados americanos.
Risco oculto em queijos de leite cru
Nos EUA, a venda de leite cru para consumo direto é proibida, mas ele pode ser comercializado na forma de produtos fermentados e maturados por, no mínimo, 60 dias. A justificativa para essa exceção é que o processo de maturação permite a ação de ácidos e enzimas que eliminam a maioria dos patógenos. No entanto, a nova pesquisa indica que esse mecanismo pode não ser suficiente para erradicar o vírus H5N1.
Os cientistas testaram queijos produzidos com leite contaminado pelo vírus, variando os níveis de acidez (pH 6,6, 5,8 e 5,0). Os resultados mostraram que os níveis do vírus permaneceram altos por pelo menos sete dias e depois diminuíram nos queijos com pH 6,6 e 5,8. No entanto, mesmo após o período de maturação de dois meses, o vírus ainda era infeccioso.
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Além da pesquisa experimental, os cientistas também analisaram queijos de uma fazenda que, sem saber, utilizou leite de vacas infectadas. Novamente, os testes indicaram a presença do vírus em níveis elevados por até dois meses. Isso reforça a hipótese de que o H5N1 pode sobreviver no queijo envelhecido, colocando consumidores em risco.

Embora autoridades de saúde dos EUA tenham afirmado que alimentos não representam um risco significativo de transmissão para humanos, pesquisadores alertam para a necessidade de cautela. Casos de infecção foram registrados em trabalhadores rurais, além de animais como gatos, que contraíram a doença após ingerirem leite cru contaminado.