Entenda a relação entre as lentes dos dentes e o mau hálito

As lentes dos dentes, também chamadas de facetas, se tornaram um dos procedimentos estéticos mais procurados por quem deseja transformar o sorriso sem grandes intervenções. No entanto, o que deveria ser sinônimo de autoestima elevada tem, em alguns casos, sido acompanhado de um problema incômodo e constrangedor: o mau hálito. O “bafo das lentes de […]

Mai 11, 2025 - 19:59
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Entenda a relação entre as lentes dos dentes e o mau hálito

Mau hálito pode ter várias causas, que vão desde problemas bucais até condições médicas e até mesmo hábitos alimentares – iStock/Olga Shefer

As lentes dos dentes, também chamadas de facetas, se tornaram um dos procedimentos estéticos mais procurados por quem deseja transformar o sorriso sem grandes intervenções. No entanto, o que deveria ser sinônimo de autoestima elevada tem, em alguns casos, sido acompanhado de um problema incômodo e constrangedor: o mau hálito.

O “bafo das lentes de contato”, como é conhecido por muitos pacientes, tem gerado dúvidas e preocupações nos consultórios. No entanto, para o cirurgião-dentista Gênesis David M. Gobbo essa situação não deveria ocorrer. “Não era pra ter, mas acontece em muitos casos”, afirma ele. De acordo com o especialista, a halitose relacionada às lentes dos dentes geralmente está ligada a três causas principais, todas evitáveis.

A primeira delas é o cuidado diário com a higiene bucal. Dr. Gênesis destaca que a falta de atenção, especialmente no uso do fio dental, contribui para o acúmulo de biofilme entre os dentes e a gengiva. “Os procedimentos de reabilitação, principalmente os conhecidos como ‘zero desgaste’, aumentam o volume cervical dos dentes, deixando-os ligeiramente mais ‘gordinhos’ e alterando o chamado perfil de emergência dentário”, explica o dentista. Esse ajuste cria espaços favoráveis para o acúmulo de bactérias, resultando em mau hálito, gengivite e outras complicações.

Falta de atenção, especialmente no uso do fio dental, contribui para o acúmulo de biofilme entre os dentes e a gengiva – Canva/Reprodução 

O segundo fator envolve a qualidade do procedimento estético. “O padrão de confecção dessas lentes, qualidade dos materiais e técnicas utilizadas” fazem toda a diferença. Segundo Dr. Gênesis, falhas na execução, como lentes mal adaptadas ou cimentações defeituosas, contribuem para o acúmulo de placa bacteriana. “Daí a necessidade de sempre buscar profissionais de fato capacitados e habilitados a realizar esse tipo de trabalho.”

Por fim, o dentista destaca a importância das visitas regulares ao consultório após o procedimento. “Durante as manutenções, podem ser identificadas possíveis trincas, falhas de cimentação ou pontos que possam favorecer o acúmulo de placa bacteriana, levando ao conhecido bafo e outras complicações”, afirma.