Em depoimento, Cid diz que áudio em que relatava suposta 'pressão' da PF para delatar foi 'desabafo em um momento ruim'
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, chega na sua casa no setor militar urbano de Brasília, nesta quinta-feira (21), após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que um áudio, divulgado pela revista "Veja" em março de 2024, no qual relatou suposta "pressão" da Polícia Federal para delatar integrantes do plano golpista foi "desabafo em um momento ruim". A afirmação do militar está em um dos depoimentos que Cid prestou a autoridades no contexto de sua colaboração premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal. Quando o conteúdo da gravação foi divulgado pelo veículo de imprensa, Mauro Cid teve de dar esclarecimentos ao STF e chegou a ser preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução de justiça. Nesta quarta-feira (19), Alexandre de Moraes retirou os sigilo dos depoimentos de Mauro Cid, inclusive este em que o delator fala sobre o áudio divulgado por "Veja". Segundo o documento, o tenente-coronel do Exército "não lembra para quem falou essas frases de desabafo, num momento ruim". Ainda conforme o documento, Mauro Cid disse que o "desabafo" se deu em um momento em que ele estava com "problemas financeiros e familiares" e no aguardo de uma possível promoção na carreira militar – por isso estava "mais sensível". Ele diz também que havia "perdido tudo o que tinha". O militar também alegou que não sabe quem passou a gravação – que acredita ter sido o registro de uma ligação telefônica – para a imprensa pois acredita que ninguém do núcleo próximo tenha contato com jornalistas. Ele afirmou que considera integrantes do seu "círculo" amigos, militares e colegas de equitação. E disse que estava sofrendo "exposição midiática muito grande, que prejudica as relações". E que não sabe se os áudios revelados foram apresentados na ordem cronológica correta. "Foi apenas um desabafo, uma forma de expressar", concluiu o militar.


O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, chega na sua casa no setor militar urbano de Brasília, nesta quinta-feira (21), após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que um áudio, divulgado pela revista "Veja" em março de 2024, no qual relatou suposta "pressão" da Polícia Federal para delatar integrantes do plano golpista foi "desabafo em um momento ruim". A afirmação do militar está em um dos depoimentos que Cid prestou a autoridades no contexto de sua colaboração premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal. Quando o conteúdo da gravação foi divulgado pelo veículo de imprensa, Mauro Cid teve de dar esclarecimentos ao STF e chegou a ser preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução de justiça. Nesta quarta-feira (19), Alexandre de Moraes retirou os sigilo dos depoimentos de Mauro Cid, inclusive este em que o delator fala sobre o áudio divulgado por "Veja". Segundo o documento, o tenente-coronel do Exército "não lembra para quem falou essas frases de desabafo, num momento ruim". Ainda conforme o documento, Mauro Cid disse que o "desabafo" se deu em um momento em que ele estava com "problemas financeiros e familiares" e no aguardo de uma possível promoção na carreira militar – por isso estava "mais sensível". Ele diz também que havia "perdido tudo o que tinha". O militar também alegou que não sabe quem passou a gravação – que acredita ter sido o registro de uma ligação telefônica – para a imprensa pois acredita que ninguém do núcleo próximo tenha contato com jornalistas. Ele afirmou que considera integrantes do seu "círculo" amigos, militares e colegas de equitação. E disse que estava sofrendo "exposição midiática muito grande, que prejudica as relações". E que não sabe se os áudios revelados foram apresentados na ordem cronológica correta. "Foi apenas um desabafo, uma forma de expressar", concluiu o militar.