Donas do cacau: 5 mulheres por trás de marcas ‘bean to bar’ para conhecer

À frente das principais marcas de chocolate "do grão à barra" no Brasil, elas encontram no cacau uma forma de fazer um mundo melhor

Abr 19, 2025 - 13:21
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Donas do cacau: 5 mulheres por trás de marcas ‘bean to bar’ para conhecer

À frente das principais marcas de chocolate bean to bar no Brasil – feitos a partir do controle de todas as etapas da produção, do grão à barra –, essas mulheres encontram no cacau uma forma de fazer um mundo melhor.

Mission Chocolate

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Arcelia Gallardo, da Mission ChocolateCamila Mendonça/Divulgação

Nascida em Los Angeles e filha de imigrantes mexicanos, Arcelia Gallardo fundou a Mission Chocolate em 2014, em São Paulo, motivada por produzir chocolates com o mínimo de ingredientes.

 Sua equipe visita pessoalmente agricultores para garantir que o cacau seja cultivado usando práticas sustentáveis ​​dentro de um sistema agroflorestal.

“Nossa missão é criar sabores que não existem, honrando a cultura e os ingredientes do Brasil”, conta Arcelia, que frequentemente viaja pela América Latina para colaborar com produtores de cacau, fabricantes e chocolatiers, além de ensinar mulheres indígenas a fazer chocolate. Com produtos que não possuem aditivos, soja ou glúten
, além de um cacau 100% rastreável, a Mission Chocolate já conquistou 74 premiações pelo mundo.

Baianí

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Juliana Aquino comanda a marca Baianí ao lado do marido, TutaBaianí/Divulgação

A história da Baianí começou com a recuperação de uma fazenda de cacau, no Vale Potumuju, na Bahia, afetada pela crise da vassoura-de-bruxa. Em 2013, o casal Tuta e Juliana Aquino retomou a administração da propriedade e investiu em infraestrutura para produzir cacau especial para o modelo bean to bar – algo ainda pouco falado à época.

“O bean to bar é um negócio que não traz lucros faraônicos, como acontece na indústria. Então, sabemos que os valores que passamos para o nosso consumidor são muito mais de princípios do que financeiros, apesar do custo alto”, explica Juliana.

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A Baianí nasceu oficialmente em 2018 e, hoje, tem como principal missão transmitir a verdade em cada etapa da produção, desde a rastreabilidade do cacau até o tratamento dos colaboradores.

Gallette Chocolates

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Gislaine Gallette, da Gallette ChocolatesGallette Chocolates/Divulgação

O amor pelo chocolate levou Gislaine Gallette, em 2011, a deixar sua carreira de engenheira eletricista para fundar a Gallette Chocolates. A empresa paulistana, que nasceu da crença em um negócio sustentável, adotou o modelo bean to bar em 2016, utilizando cacau brasileiro e impulsionando um impacto positivo na cadeia produtiva.

Com 27 prêmios conquistados ao longo de sua existência, o portfólio da marca tem criações como a barra Bean to Bar 65% Cacau Catongo, resultado de uma mutação genética espontânea, que traz notas de amêndoas e nozes, provindo do cacau cultivado na Bahia e exclusivo dessa região.

“Nossa missão é fazer do chocolate uma experiência extremamente prazerosa para o paladar, correta para as pessoas e responsável com o planeta”, define a empresária.

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Mestiço Chocolates

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Claudia Gamba, da Mestiço ChocolatesMestiço Chocolates/Divulgação

Claudia Gamba nunca vai se esquecer da primeira vez em que viu uma plantação de cacau. “A beleza, delicadeza, as cores… era tudo simplesmente lindo”, recorda. Junto com o marido, Rogério Kamei, ela criou a Mestiço, em 2015, pela vontade de fazer mais pela cultura desse fruto e pelo povo de Itacaré, na Bahia.

“Tendo uma família baiana, pude acompanhar o sofrimento que a região passou com a vassoura-de-bruxa. Isso me aproximou ainda mais dessa paixão”, diz a empresária sobre a doença que dá em cacaueiros. A Mestiço cuida de cada etapa: da seleção das amêndoas, torra, até a moldagem.

Entre as opções está um chocolate feito em parceria com a Companhia dos Fermentados, que utiliza o cacau para saborizar o preparo de um hidromel – a barra é feita a partir das amêndoas de cacau do processo.

Luisa Abram

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Luisa Abram é criadora da marca que leve seu nomeLuisa Abram/Divulgação
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Conhecida por suas embalagens estampadas, a marca Luisa Abram fabrica chocolates bean to bar feitos a partir do cacau extraído de árvores centenárias da floresta Amazônica.

“Preservamos o sabor do cacau selvagem ao adicionarmos poucos ingredientes que, de outra forma, poderiam camuflar seu verdadeiro gosto”, explica a empresária sobre sua produção tree to bar (da árvore à barra), que evidencia o perfil de sabores do local e da safra.

Nas barras estão adições de ingredientes nacionais, como o açaí, e há também opções com menos intervenção, como o sabor ao leite 42% cacau, com notas de caramelo. A marca, nascida em São Paulo, trabalha em parceria com comunidades locais para a coleta do fruto.

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