Do céu ao inferno. Bruno Lage já viveu as duas realidades no Dragão

Técnico, do Benfica, soma uma vitória e uma derrota no reduto do FC Porto. Foi ali que embalou para o título de campeão, como também foi o início da sua queda no Benfica. No domingo, há um novo capítulo, que poderá ser decisivo nas contas do título de campeão e para o futuro do líder dos encarnados.

Abr 4, 2025 - 09:06
 0
Do céu ao inferno. Bruno Lage já viveu as duas realidades no Dragão

O Benfica tem, este domingo, uma importante etapa rumo ao principal objetivo da temporada: o título de campeão. Frente ao FC Porto, Bruno Lage irá regressar ao Estádio do Dragão, um palco de boas e más memórias para o técnico das águias, que continua a não convencer totalmente o universo benfiquista neste retorno ao clube da Luz, para suceder Roger Schmidt.

 

Na época 2018/19, Bruno Lage comandou o Benfica a uma das maiores reviravoltas na classificação nos últimos anos. 

Os encarnados entraram em 2019 a sete pontos do FC Porto, que desperdiçou, posteriormente, essa vantagem pontual. No dia 2 de março, para a 24.ª jornada, os azuis e brancos receberam o eterno rival da capital, sabendo que a vitória, praticamente, encomendaria as faixas de campeão. 

Os dragões, então orientados por Sérgio Conceição, até partiram na frente, mas permitiram a reviravolta do Benfica (2-1), que saiu do Dragão como o novo líder do campeonato, com dois pontos de avanço. De então até ao final da I Liga, foram nove vitórias e um empate, resultando no 37.º título de campeão das águias.

Na época seguinte, tudo foi diferente. Bruno Lage continuou a viver o estado de graça, fruto de uma 1.ª volta incrível, com apenas um desaire, frente ao FC Porto (0-2), no Estádio da Luz.

Seguiu-se nova visita ao Estádio do Dragão, na 20.ª ronda, mas desta feita eram os encarnados na frente da classificação, com sete pontos de vantagem e com oportunidade de ganhar embalo para o bicampeonato. Num jogo de tudo ou nada, o FC Porto - terminou como campeão no final da época - fez imperar o fator casa e venceu (3-2) o encontro, reduzindo a diferença pontual. A derrota teve um forte impacto psicológico para o coletivo benfiquista, irreconhecível na parte final da I Liga, marcada por jogos à porta fechada devido ao Covid-19.

A derrota (0-2) frente ao Marítimo precipitou o despedimento de Bruno Lage, que saiu pela porta pequena do clube da Luz, não conseguindo resistir à pressão e às notícias da chegada de Jorge Jesus para o seu lugar.

Cinco anos volvidos, o Benfica entrará no Estádio do Dragão, pelas 20h30, à frente do FC Porto, que desta feita não está, diretamente, envolvido na luta pelo campeonato, com nove pontos de atraso em relação ao rival.

O coletivo portista terá como fator motivacional a questão da honra e as esperanças de ainda alcançar o 2.º lugar, que garante o acesso às pré-qualificações para a Liga dos Campeões. Por sua vez, os encarnados tentam assumir, ainda que à condição, a liderança da I Liga, colocando pressão no Sporting, que irá receber o Sporting de Braga, na segunda-feira.

Leia Também: "Não vejo que o Benfica seja uma equipa a assustar o FC Porto"