Disney (DISB34): perda de usuários de streaming não é motivo para desapegar das ações do Mickey; veja análise
A Disney (DISB34) apresentou seus resultados trimestrais com números acima das expectativas do mercado. O post Disney (DISB34): perda de usuários de streaming não é motivo para desapegar das ações do Mickey; veja análise apareceu primeiro em Empiricus.
Antes do pregão regular na última quarta-feira (5), a gigante do entretenimento Disney (DISB34) apresentou seus resultados do primeiro trimestre do ano fiscal de 2025 (encerrado em dezembro), com números acima das expectativas do mercado.
Streaming, TV e estúdios são principais responsáveis por bom faturamento da Disney
No período, a receita da Disney foi de US$ 24,690 bilhões, crescimento de 4,8% na comparação anual.
Analisando por linha de negócio, o principal responsável pelo aumento no faturamento foi a parte de Entretenimento (que engloba as Redes de TV, serviços de streaming e Estúdios), com vendas de US$ 10,872 bilhões (+8,9% vs. 1T24), impulsionado pelos sucessos de bilheteria do trimestre (US$ 2,183 bilhões, +33,4%) e pelo aumento na receita média por usuários dos streamings (US$ 6,072 bilhões, +9,4%).
A parte de Experiências, com receita dos parques, hotéis e cruzeiros da Disney, assim como dos produtos licenciados, teve vendas de US$ 9,415 bilhões, valor 3,1% maior do que no mesmo período do ano passado.
O destaque ficou por conta das operações internacionais, com receita de US$ 1,646 bilhão (+11,1% vs. 1T24), bem acima do observado nos Estados Unidos (US$ 6,432 bilhões, +2,1%); já a parte de produtos da Disney teve leve recuo nas vendas (US$ 1,337 bilhão, -1,6%).
A linha de Esportes, por outro lado, ficou estável na comparação anual, totalizando US$ 4,850 bilhões. Importante salientar, contudo, que a operação da ESPN reportou aumento no faturamento, tanto nos EUA (US$ 4,422 bilhões, +8,6% vs. 1T24) e internacional (US$ 389 milhões, +7,2%), com a queda da receita da Star India sendo a principal responsável pela estabilidade (US$ 39 milhões, -90,2%), devido a descontinuidade da operação informada anteriormente.
Lucro operacional de DISB34 cresce 30%
O lucro operacional da Disney teve forte aumento de 30,5%, somando US$5,060 bilhões.
O destaque da melhora do resultado da companhia do Mickey Mouse também foi a parte de Entretenimento (US$ 1,703 bilhão, +94,9% vs. 1T24), graças a continuidade da maior lucratividade da parte dos streamings (US$ 293 milhões, ante prejuízo de US$ 138 milhões um ano antes) e a virada na parte de venda de conteúdo/licenciamento (US$ 312 milhões, comparado com perdas de US$ 224 milhões).
A parte de Redes de TV segue enfrentando dificuldades, com lucro operacional 11,2% menor na comparação anual (US$ 1,098 bilhão).
Na linha final de resultado, o lucro líquido ajustado da Disney totalizou US$ 3,304 bilhões, o equivalente a US$ 1,76 por ação, valor 44,3% maior do que o apresentado um ano atrás.
Perda de usuários dita mau humor para ações do Mickey
Os bons números divulgados, aparentemente, acabaram ficando em segundo plano, com os investidores focando suas atenções na perda de usuários dos Disney+, que encerrou o trimestre com 124,6 milhões de assinantes, comparado com 125,3 milhões no 4T24. Com isso, as ações se desvalorizaram pouco mais de 2%.
Entretanto, é bom ter em mente que, quando somado com o Hulu, o total de usuários aumentou quase 1 milhão, encerrando o trimestre com mais de 178,2 milhões, ante 177,3 milhões no trimestre imediatamente anterior.
Além disso, a empresa tem conseguido melhorar também a sua receita de publicidade com esses serviços. Excluindo o Disney+ Hotstar, a companhia reportou um aumento de 16% nas vendas de ads na comparação anual (-2%, quando considerado o streaming indiano).
Como será o próximo semestre da DISB34?
Para o 2T25, a direção ainda espera uma queda modesta no número de usuários do Disney+ em relação ao 1T25, além de maiores custos operacionais na parte de Esportes (US$ 150 milhões) e Experiências (US$ 40 milhões).
Isso, porém, não é o suficiente para tirar a atratividade nas ações DISB34. Mesmo com a possível queda nos assinantes do seu principal serviço de streaming, essa parte do negócio ainda deve ser a responsável pela melhoria na lucratividade da companhia como um todo.
Com um valor de mercado de US$ 200 bilhões (comparado com mais de US$ 433 bilhões da Netflix (NFLX34)), e negociando por 20 vezes seus lucros projeados, ainda enxergo espaço para valorização da companhia do Mickey e sua turma.
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