Digi soma 68 mil clientes móveis e dez mil fixos no primeiro trimestre

A Digi Portugal chegou ao fim de março com 389 mil clientes móveis e 137 mil clientes fixos. Face a 31 de dezembro de 2024, em termos líquidos, a empresa registou 68 mil adições móveis e dez mil adições fixas, o que representam crescimentos de 21,18% e 7,87%, respetivamente. Esta informação foi extraída do relatório […]

Mai 15, 2025 - 12:26
 0
Digi soma 68 mil clientes móveis e dez mil fixos no primeiro trimestre

A Digi Portugal chegou ao fim de março com 389 mil clientes móveis e 137 mil clientes fixos. Face a 31 de dezembro de 2024, em termos líquidos, a empresa registou 68 mil adições móveis e dez mil adições fixas, o que representam crescimentos de 21,18% e 7,87%, respetivamente.

Esta informação foi extraída do relatório trimestral publicado esta quinta-feira pelo grupo Digi Communications. Para a empresa de origem romena, o período de janeiro a março foi também o primeiro trimestre completo de atividade no mercado português, depois de se ter estreado no país no início de novembro de 2024.

Os dados mostram que a Digi está a registar uma dinâmica mais forte no serviço móvel do que no fixo, apesar da cobertura de rede mais limitada do que a das empresas incumbentes.

Essa tendência fica ainda mais nítida ao comparar o número de clientes mais recente com a base de clientes que a Digi ‘herdou’ com a compra da Nowo. Se se excluírem os 270 mil clientes móveis que a Nowo tinha quando foi adquirida em agosto de 2024, a Digi já conseguiu aumentar essa base móvel em 119 mil clientes em termos líquidos.

Só que o ritmo é significativamente mais lento no serviço fixo. Os 137 mil clientes fixos que a empresa agora reporta referentes ao fim de março representam apenas mais 7.000 adições líquidas face aos 130 mil que tinha a Nowo no momento da transação. Isto porque a Nowo terá perdido clientes entre agosto e o momento do lançamento da Digi em Portugal.

A Digi está a crescer a dois dígitos no móvel, mas o número de clientes fixos subiu em apenas 7.000 face à base de clientes que ‘herdou’ com a compra da operadora Nowo.

Estes cálculos foram feitos com base nos números reportados pelo grupo Digi nos dois últimos trimestres, especificamente os RGU, que correspondem a unidades geradoras de receita. O ECO cruzou depois esses números com a informação que a empresa partilhou no ano passado, quando anunciou a compra da Nowo por 150 milhões de euros.

Aos clientes com serviço de internet fixa, a Digi disponibiliza ainda um serviço de subscrição por TV e de telefone fixo, que podem ou não ser contratados individualmente pelos consumidores. Na televisão, a base de clientes da Digi cresceu 3,31% entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro de 2025, passando de 121 mil para 125 mil.

Já no telefone fixo — uma tecnologia que tem caído em desuso, mas que está incluída na esmagadora maioria dos pacotes das outras operadoras — a base de clientes da Digi encolheu 2,8%, tendo passado de 107 mil para 104 mil entre os dois últimos trimestres.

Do ponto de vista financeiro, o negócio da Digi ainda é deficitário. A empresa em Portugal registou receitas de 17,7 milhões de euros no seu primeiro trimestre completo de atividade, enquanto os custos operacionais foram de 26,4 milhões.

Estes indicadores estão entre os primeiros dados a serem conhecidos sobre a atividade da Digi em Portugal. Será necessário esperar mais algum tempo para aferir verdadeiramente as tendências da empresa e o impacto da sua chegada no mercado de telecomunicações nacional.