Deputados do PSOL questionam PM e pedem apuração ao MP-RJ sobre contagem em ato de Bolsonaro
Segundo o blog apurou, ordem para PM quebrar tradição e divulgar a contagem de 400 mil manifestantes partiu do governo Claudio Castro (PL). Governador nega. Ex-presidente Jair Bolsonaro em ato em Copacabana na manhã deste domingo (16) Betinho Casas Novas / TV Globo Dois deputados do PSOL pediram esclarecimentos à Polícia Militar do Rio de Janeiro e ao Ministério Público do Rio de Janeiro após a PM divulgar o total de manifestantes em ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio, no domingo (16). Na oportunidade, a PMERJ quebrou uma tradição ao divulgar uma estimativa de 400 mil pessoas no comício em favor da anistia para Bolsonaro e outros. Os números, no entanto, são discrepantes do que fora calculado pela Universidade de São Paulo (USP), que estimou em 18 mil o público presente no ápice da manifestação. O deputado estadual Yuri Moura (PSOL-RJ) pediu esclarecimentos à PMERJ, enquanto a deputada Renata Souza (PSOL-RJ) pediu que o MP-RJ investigue o caso. LEIA MAIS: Com ato no Rio, Bolsonaro tenta se manter politicamente 'vivo' às vésperas de julgamento no STF que pode torná-lo réu Centrão: ato de Bolsonaro não amplia pressão por anistia Moura questiona a diferença entre as duas contas e cobra que a PM divulgue a metodologia usada para chegar na estimativa de 400 mil pessoas. A solicitação foi feita ao secretário da Polícia Militar do RJ, Coronel PM Marcelo de Menezes Nogueira Carioca. Segundo o deputado, a corporação deve "justificar o motivo da postagem contendo o quantitativo de pessoas relacionada ao evento específico em questão, tendo em vista a falta de costume da instituição em realizar tal exposição de dados". Trecho do documento enviado pelo deputado estadual ao secretário que comanda a PM Reprodução Deputada pede que MP investigue A também deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) ofereceu uma representação ao Ministério Público do Rio de Janeiro para que “se promova a devida apuração dos fatos e adote as providências que se fizerem necessárias”. Assim como Yuri Moura, a deputada também questiona a discrepância entre as estimativas de público durante o ato em Copacabana, citando os números divulgados pelo Monitor do Debate Político, da USP, pelo Datafolha e pela PMRJ. Ela também pede que a metodologia utilizada pela polícia militar para calcular o número de presentes seja divulgada. No pedido, Souza providências para suspensão do que classificou como “divulgação de informação falsa”. Ordem partiu do Guanabara O blog apurou que partiu do Palácio Guanabada a ordem para divulgar a estimativa de 400 mil no ato de Bolsonaro em Copacabana. O governador Claudio Castro (PL) nega ter mandado. "O governador Cláudio Castro nega qualquer tipo de interferência na divulgação da estimativa de público presente em Copacabana na manhã deste último domingo. O cálculo foi realizado pela Polícia Militar, que já fez esse tipo de divulgação em eventos anteriores", disse a assessoria de Castro, em nota. Ao contrário do que afirma a nota do governo estadual, a PM já usou as redes sociais para afirmar que "não faz estimativa de público" (veja abaixo). Publicação feita pela PMERJ Reprodução/X O blog apurou, no entanto, que o governador ligou para o comandante da PM, Coronel Menezes que estimou o público em 50 mil. Em seguida, Castro deu a ordem para divulgar 400 mil pessoas. Neste domingo, Menezes estava acompanhado de outros dois oficiais da cúpula, e ao receber a ordem para divulgar e colocar 400 mil, teria reagido. Eles chegaram a fotografar do alto, olharam a manifestação e tinham certeza de que ali não havia quase meio milhão de pessoas. Governo do RJ deu ordem para divulgar que ato de Bolsonaro reuniu 400 mil; Castro nega


Segundo o blog apurou, ordem para PM quebrar tradição e divulgar a contagem de 400 mil manifestantes partiu do governo Claudio Castro (PL). Governador nega. Ex-presidente Jair Bolsonaro em ato em Copacabana na manhã deste domingo (16) Betinho Casas Novas / TV Globo Dois deputados do PSOL pediram esclarecimentos à Polícia Militar do Rio de Janeiro e ao Ministério Público do Rio de Janeiro após a PM divulgar o total de manifestantes em ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio, no domingo (16). Na oportunidade, a PMERJ quebrou uma tradição ao divulgar uma estimativa de 400 mil pessoas no comício em favor da anistia para Bolsonaro e outros. Os números, no entanto, são discrepantes do que fora calculado pela Universidade de São Paulo (USP), que estimou em 18 mil o público presente no ápice da manifestação. O deputado estadual Yuri Moura (PSOL-RJ) pediu esclarecimentos à PMERJ, enquanto a deputada Renata Souza (PSOL-RJ) pediu que o MP-RJ investigue o caso. LEIA MAIS: Com ato no Rio, Bolsonaro tenta se manter politicamente 'vivo' às vésperas de julgamento no STF que pode torná-lo réu Centrão: ato de Bolsonaro não amplia pressão por anistia Moura questiona a diferença entre as duas contas e cobra que a PM divulgue a metodologia usada para chegar na estimativa de 400 mil pessoas. A solicitação foi feita ao secretário da Polícia Militar do RJ, Coronel PM Marcelo de Menezes Nogueira Carioca. Segundo o deputado, a corporação deve "justificar o motivo da postagem contendo o quantitativo de pessoas relacionada ao evento específico em questão, tendo em vista a falta de costume da instituição em realizar tal exposição de dados". Trecho do documento enviado pelo deputado estadual ao secretário que comanda a PM Reprodução Deputada pede que MP investigue A também deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) ofereceu uma representação ao Ministério Público do Rio de Janeiro para que “se promova a devida apuração dos fatos e adote as providências que se fizerem necessárias”. Assim como Yuri Moura, a deputada também questiona a discrepância entre as estimativas de público durante o ato em Copacabana, citando os números divulgados pelo Monitor do Debate Político, da USP, pelo Datafolha e pela PMRJ. Ela também pede que a metodologia utilizada pela polícia militar para calcular o número de presentes seja divulgada. No pedido, Souza providências para suspensão do que classificou como “divulgação de informação falsa”. Ordem partiu do Guanabara O blog apurou que partiu do Palácio Guanabada a ordem para divulgar a estimativa de 400 mil no ato de Bolsonaro em Copacabana. O governador Claudio Castro (PL) nega ter mandado. "O governador Cláudio Castro nega qualquer tipo de interferência na divulgação da estimativa de público presente em Copacabana na manhã deste último domingo. O cálculo foi realizado pela Polícia Militar, que já fez esse tipo de divulgação em eventos anteriores", disse a assessoria de Castro, em nota. Ao contrário do que afirma a nota do governo estadual, a PM já usou as redes sociais para afirmar que "não faz estimativa de público" (veja abaixo). Publicação feita pela PMERJ Reprodução/X O blog apurou, no entanto, que o governador ligou para o comandante da PM, Coronel Menezes que estimou o público em 50 mil. Em seguida, Castro deu a ordem para divulgar 400 mil pessoas. Neste domingo, Menezes estava acompanhado de outros dois oficiais da cúpula, e ao receber a ordem para divulgar e colocar 400 mil, teria reagido. Eles chegaram a fotografar do alto, olharam a manifestação e tinham certeza de que ali não havia quase meio milhão de pessoas. Governo do RJ deu ordem para divulgar que ato de Bolsonaro reuniu 400 mil; Castro nega