Demolidor: Renascido: 5 coisas que os fãs da Marvel precisam ver na 2ª temporada

A primeira temporada de Demolidor: Renascido chegou ao fim com um clima mais amargo do que heróico. Em vez de encerrar sua jornada com uma vitória, como nas antigas temporadas da Netflix, Matt Murdock agora se encontra acuado, isolado e lidando com um adversário que ganhou mais força do que nunca.

O saldo não foi positivo para o Homem Sem Medo e, com a segunda temporada já em produção, a expectativa é de que o próximo ano consiga corrigir os tropeços da estreia e dar ao herói o destaque merecido dentro do MCU.

O retorno de Matt e Karen

A relação entre Matt Murdock e Karen Page sempre foi uma das mais marcantes do universo de Demolidor. Mesmo com altos e baixos, a conexão entre eles sempre foi um dos pilares narrarivos que caracterizavam as histórias. Na nova série, porém, Karen quase não aparece, e sua importância na vida de Matt é deixada de lado.

Agora que Heather virou aliada de Wilson Fisk, seria um bom momento para reacender a chama entre Matt e Karen. Além de fortalecer o lado emocional do protagonista, a presença de Karen poderia equilibrar o tom sombrio da trama e trazer de volta uma das dúmplas mais queridas da antiga série.

Um novo tratamento para os personagens

Durante a primeira temporada, fomos apresentados a nomes que surgiram como grandes promessas no MCU, mas que, de forma frustrante, foram descartados sem o meor esforço.

O Tigre Branco, um dos mais novos vigilântes e grande promessa durante as divulgações da série, foi executado ao final do terceiro episódio. Andando normalmente pelas ruas, sem o menor instinto de herói, Hector Ayala foi assassinado com um tiro na cabeça.

Muito pior do que ele, no entanto, foi Muso, introduzido como um dos grandes vilões da temporada. Trazendo consigo o potencial de se tornar um dos personagens mais brutais e temidos das séries da Marvel, o personagem foi rapidamente descartado. Esse, provavelmente, se tornou um dos maiores erros do estúdio em adaptação.

Com pouquíssimo tempo de tela, Muso foi completamente descaracterizado. Nas HQs, o personagem possuí poderes que anulam a percepção de Matt sobre ele, tornando-o invísivel e letal para o Demolidor.

Além disso, sua versão original não tem background como na série. Nas revistinhas, Muso é apenas um sádico vilão que não tem ligações ou motivações claras, fazendo dele um personagem complexo e sombrio.

Mais do Justiceiro, menos do dilema moral

A dinâmica entre Frank Castle e Matt Murdock sempre rendeu boas discussões sobre moralidade e justiça. Mas esse embate já foi explorado à exaustão. Em vez de repetir o mesmo conflito, a próxima temporada pode trazer os dois personagens atuando juntos, mesmo com métodos diferentes.

O Justiceiro poderia ser testado em um cenário onde precisa evitar mortes, explorando novos limites para o personagem. Isso daria a Frank mais complexidade e o colocaria em novas situações dentro do MCU.

Foggy deve permanecer morto

A morte de Foggy Nelson foi um dos eventos mais impactantes da nova série. Apesar de rumores sobre o retorno do personagem, é essencial que o sacrifício não seja revertido. Manter sua ausência dá mais peso emocional à jornada de Matt e evita que a trama caia no clichê de ressurreições fáceis.

Se Foggy voltar, que seja apenas em flashbacks ou lembranças. Reverter sua morte não apenas enfraquece a narrativa, como também compromete o impacto que ela teve na primeira temporada.

Matt precisa sair do seu canto no MCU

Apesar das aparições pontuais em outras produções da Marvel, o Demolidor ainda parece limitado ao seu próprio universo. A série, que seria uma perfeita oportunidade de criar um núcleo sem relação direta com universo expandido da Marvel, acabou por se tornar um grande furo.

A ausência de notícias sobre o Homem-Aranha, Mulher-Hulk ou até mesmo do Cavaleiro da Lua – há muito esquecido –, não fez sentido com sua cidade natal e sua existência ameaçadas, ainda mais em grandes proporções políticas.

A série, até então, se mostrou isolada do resto dos acontecimentos da grande teia da Marvel e não mostou indícios de que isso vá mudar até os acontecimentos de Vingadores: Doomsday. No entanto, ainda que não tenham grandes crossovers, seria interessante que a série recebesse algumas participações especiais para ambientá-la no MCU.

No fim das contas, a segunda temporada de Demolidor: Renascido carrega a grande missão de não apenas dar continuidade ao que foi iniciado, mas também ajustar a rota e entregar o potencial que os fãs esperam.

O material base e o talento estão ali, como pudemos ver na série original da Netflix. Falta à Marvel confiar no que tem em mãos e construir algo à altura.

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