Delação de Cid: defesa de Bolsonaro vai ter que repensar estratégia de pedir anulação

Análise detalhada das 200 páginas da denúncia da PGR revelam que, mesmo sem o depoimento do ex-ajudante de ordens, ainda há uma abundância de provas e indícios de crimes. Defesa de Bolsonaro vai ter que repensar estratégia de pedir anulação da delação de Cid A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que quer pedir a anulação da delação de Mauro Cid. Mas, uma análise detalhada de todo o material da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e mais 33 pessoas pela tentativa de golpe de Estado é suficiente para que os advogados de Bolsonaro repensem essa estratégia. Na entrevista ao Estúdio i, o advogado Celso Vilardi afirmou que na peça de acusação há muitos fatos, mas argumentou que o Ministério Público precisou disfarçar para construir uma denúncia em cima da delação de Mauro Cid. No entanto, as 200 páginas da denúncia revelam que mesmo sem a delação do ex-ajudante de ordens há uma abundância de provas e indícios de crimes que continuarão a ser julgados. Vilardi terá que repensar essa estratégia de pedir a anulação da delação porque a denúncia não está centrada apenas no que Cid falou. Ainda restarão muitas provas e evidências. Críticas à delação Advogado de Bolsonaro diz que vai pedir anulação da delação de Mauro Cid Vilardi criticou a condução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em depoimentos dados por Cid. O advogado afirma que "juízes podem cometer equívocos", ao comentar a atuação do ministro no caso. "Evidentemente que, quando você está tratando de uma advertência à uma testemunha, realmente o juiz tem que advertir. No caso do delator, não. Estamos em uma fase pré-processual", disse. "No caso do delator, uma eventual tomada de novo depoimento teria que caber à Polícia Federal e ao Ministério Público. O poder judiciário, segundo a lei, só deve atuar para homologar", disse. LEIA MAIS Bolsonaro pede 83 dias para apresentar defesa na denúncia do golpe; prazo é de 15 Moraes torna públicos vídeos e áudios da delação de Mauro Cid; VEJA TRECHOS VIDEO: Bolsonaro queria que relatório da Defesa sobre urnas 'escrevesse que tivesse fraude', diz Cid VÍDEO: veja momento em que Cid chora ao falar sobre áudio da filha que foi divulgado pela imprensa

Fev 20, 2025 - 21:48
 0
Delação de Cid: defesa de Bolsonaro vai ter que repensar estratégia de pedir anulação
Análise detalhada das 200 páginas da denúncia da PGR revelam que, mesmo sem o depoimento do ex-ajudante de ordens, ainda há uma abundância de provas e indícios de crimes. Defesa de Bolsonaro vai ter que repensar estratégia de pedir anulação da delação de Cid A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que quer pedir a anulação da delação de Mauro Cid. Mas, uma análise detalhada de todo o material da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e mais 33 pessoas pela tentativa de golpe de Estado é suficiente para que os advogados de Bolsonaro repensem essa estratégia. Na entrevista ao Estúdio i, o advogado Celso Vilardi afirmou que na peça de acusação há muitos fatos, mas argumentou que o Ministério Público precisou disfarçar para construir uma denúncia em cima da delação de Mauro Cid. No entanto, as 200 páginas da denúncia revelam que mesmo sem a delação do ex-ajudante de ordens há uma abundância de provas e indícios de crimes que continuarão a ser julgados. Vilardi terá que repensar essa estratégia de pedir a anulação da delação porque a denúncia não está centrada apenas no que Cid falou. Ainda restarão muitas provas e evidências. Críticas à delação Advogado de Bolsonaro diz que vai pedir anulação da delação de Mauro Cid Vilardi criticou a condução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em depoimentos dados por Cid. O advogado afirma que "juízes podem cometer equívocos", ao comentar a atuação do ministro no caso. "Evidentemente que, quando você está tratando de uma advertência à uma testemunha, realmente o juiz tem que advertir. No caso do delator, não. Estamos em uma fase pré-processual", disse. "No caso do delator, uma eventual tomada de novo depoimento teria que caber à Polícia Federal e ao Ministério Público. O poder judiciário, segundo a lei, só deve atuar para homologar", disse. LEIA MAIS Bolsonaro pede 83 dias para apresentar defesa na denúncia do golpe; prazo é de 15 Moraes torna públicos vídeos e áudios da delação de Mauro Cid; VEJA TRECHOS VIDEO: Bolsonaro queria que relatório da Defesa sobre urnas 'escrevesse que tivesse fraude', diz Cid VÍDEO: veja momento em que Cid chora ao falar sobre áudio da filha que foi divulgado pela imprensa