Conhece os Beyonders? Eles são os vilões mais perigosos da Marvel
Mercenário, Doutor Octopus, Doutor Destino, Thanos, Galactus… Todos são nomes facilmente associados aos icônicos vilões da Marvel Comics. Assim como os Celestiais e a Força Fênix, mesmo quando esses seres aumentam seu poder e atacam a os heróis da Terra, aos poucos eles tendem a deixar a humanidade em paz, afinal, nossos defensores são casca-grossa. Mas há uma casta de inimigos que não largam o osso e, vez ou outra, insistem em acabar com nosso planeta: os Beyonders. 11 momentos mais emocionantes nos quadrinhos da Marvel Você sabe o que é a Força Thor? Saiba como o herói ficou mais poderoso nas HQs Mas quem são eles? Bem, tudo começou, na verdade, quase como uma “brincadeira”. No começo dos anos 1980, a Marvel Comics via o declínio de sua linha de heróis e precisava de uma história para movimentar suas criações, especialmente porque ela queria capitalizar em cima disso para vender brinquedos. Assim nasceu o que seria o primeiro grande crossover de uma editora de quadrinhos, as famosas Guerras Secretas, em 1984. Imagem: Reprodução/Marvel Comics A premissa era simples: um ser misterioso e de poder ilimitado, conhecido como Beyonder — que, visualmente, parecia um galã/stalker de filmes de suspense do Supercine nos anos 1980 —, reuniria os maiores “heróis e vilões da Terra” em um mundo/arena de combate, conhecido como o Battleword. Nesse terreno, eles se enfrentariam, apenas para a diversão do vilão. Essa era a “desculpa” ideal para mudar os trajes e poderes dos personagens, ou fazer o que desse na telha dos criadores. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A ideia vingou até mais do que a própria Marvel esperava. A maxissérie em 12 edições não somente conseguiu popularizar os brinquedos como também influenciou todo o mercado e criou uma grande “confusão” na cronologia, pois alguns personagens saíram da batalha completamente alterados — um deles foi o Homem-Aranha, que ganhou o uniforme escuro, mais tarde associado ao simbionte de Venom. Imagem: Reprodução/Marvel Comics A partir daí, de tempos em tempos, a editora chegava a mencionar o Beyonder, inclusive com uma fracassada Guerras Secretas II. E aí continuava a dúvida: mas quem seria esse ser? E por que ele tinha a aparência humanoide de um cantor de música pop nos anos 1980? Qual a sua origem e suas verdadeiras intenções? Apenas um garoto mimado? A ideia inicial era de que o Beyonder, na verdade, fosse uma espécie de “deus garoto”, entediado, que tenta compreender os diversos mundos, criaturas e realidades “brincando” com os mesmos. Algumas teorias diziam que eles podiam ser a forma adulta dos Cubos Cósmicos ou que fossem entidades cósmicas que criam seus filhos em “realidades portáteis”, até que eles assumam a forma adulta. Outros conceitos chegaram a idealizar a criatura com um Inumano ultrapoderoso que perdeu o controle. No início dos anos 2000, a Marvel, que vinha reformulando sua linha de heróis depois de sofrer um processo de falência, decidiu apostar em diferentes linhas e retomar algumas das tramas e heróis clássicos. Além da criação do universo Ultimate, da ascensão dos heróis de rua e da revitalização dos Vingadores, ela apostou em uma frente cômica, que basicamente explorava propriedades esquecidas em uma pequena realidade alternativa. Imagem: Reprodução/Marvel Comics Batizado de Nextwave, as revistas relacionadas a esse projeto visavam uma abordagem cômica e sem amarras com o universo tradicional. Eis que o Beyonder apareceu novamente, desta vez como os Beyonders, que possuíam sua própria “fábrica de vilões”, chamada de Beyond Corporation. Posteriormente, a Marvel revelou que esse mundo era mesmo uma das realidades portáteis de Beyonders entediados, que a usavam como “playground”. Vale destacar que personagens como Monica Rambeau, Homem-Máquina e Elsa Bloodstone sofreram alterações nessa trama que acabaram se tornando permanentes. magem: Reprodução/Marvel Comics A Beyond Corporation até chegou a aparecer na Terra-616, a principal da Marvel Comics. Nessa época, o empresário Jason Quantrell, que era o líder da organização e se parecia como a entidade oitentista, mostrou-se apenas com uma corpo humano controlada pelos Beyonders. Em sua própria descrição, ele dizia: “Fora de tudo que você possa imaginar, nos espaços selvagens além da realidade, existem outros como nós... Alguns estudam vocês. Alguns querem preservá-los. Alguns de nós… Brincamos com vocês”. Beyonders continuam uma incógnita A verdade é que, embora a Marvel tenha delineados seres de poder sem limites, a exemplo de One Below All e One Above All ou entidades como o Tribunal Vivo, ela ainda não sabe direito o que fazer com os Beyonders. Estes apareceram novamente em 2015, nas Guerras Secretas mais recentes, e foram os responsáveis pela destruição da Terra Ultimate. Na trama, os membros do Illuminati e do Doutor Destino sugerem que os Beyonders talvez

Mercenário, Doutor Octopus, Doutor Destino, Thanos, Galactus… Todos são nomes facilmente associados aos icônicos vilões da Marvel Comics. Assim como os Celestiais e a Força Fênix, mesmo quando esses seres aumentam seu poder e atacam a os heróis da Terra, aos poucos eles tendem a deixar a humanidade em paz, afinal, nossos defensores são casca-grossa. Mas há uma casta de inimigos que não largam o osso e, vez ou outra, insistem em acabar com nosso planeta: os Beyonders.
- 11 momentos mais emocionantes nos quadrinhos da Marvel
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Mas quem são eles? Bem, tudo começou, na verdade, quase como uma “brincadeira”. No começo dos anos 1980, a Marvel Comics via o declínio de sua linha de heróis e precisava de uma história para movimentar suas criações, especialmente porque ela queria capitalizar em cima disso para vender brinquedos. Assim nasceu o que seria o primeiro grande crossover de uma editora de quadrinhos, as famosas Guerras Secretas, em 1984.
A premissa era simples: um ser misterioso e de poder ilimitado, conhecido como Beyonder — que, visualmente, parecia um galã/stalker de filmes de suspense do Supercine nos anos 1980 —, reuniria os maiores “heróis e vilões da Terra” em um mundo/arena de combate, conhecido como o Battleword. Nesse terreno, eles se enfrentariam, apenas para a diversão do vilão. Essa era a “desculpa” ideal para mudar os trajes e poderes dos personagens, ou fazer o que desse na telha dos criadores.
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A ideia vingou até mais do que a própria Marvel esperava. A maxissérie em 12 edições não somente conseguiu popularizar os brinquedos como também influenciou todo o mercado e criou uma grande “confusão” na cronologia, pois alguns personagens saíram da batalha completamente alterados — um deles foi o Homem-Aranha, que ganhou o uniforme escuro, mais tarde associado ao simbionte de Venom.
A partir daí, de tempos em tempos, a editora chegava a mencionar o Beyonder, inclusive com uma fracassada Guerras Secretas II. E aí continuava a dúvida: mas quem seria esse ser? E por que ele tinha a aparência humanoide de um cantor de música pop nos anos 1980? Qual a sua origem e suas verdadeiras intenções?
Apenas um garoto mimado?
A ideia inicial era de que o Beyonder, na verdade, fosse uma espécie de “deus garoto”, entediado, que tenta compreender os diversos mundos, criaturas e realidades “brincando” com os mesmos. Algumas teorias diziam que eles podiam ser a forma adulta dos Cubos Cósmicos ou que fossem entidades cósmicas que criam seus filhos em “realidades portáteis”, até que eles assumam a forma adulta. Outros conceitos chegaram a idealizar a criatura com um Inumano ultrapoderoso que perdeu o controle.
No início dos anos 2000, a Marvel, que vinha reformulando sua linha de heróis depois de sofrer um processo de falência, decidiu apostar em diferentes linhas e retomar algumas das tramas e heróis clássicos. Além da criação do universo Ultimate, da ascensão dos heróis de rua e da revitalização dos Vingadores, ela apostou em uma frente cômica, que basicamente explorava propriedades esquecidas em uma pequena realidade alternativa.
Batizado de Nextwave, as revistas relacionadas a esse projeto visavam uma abordagem cômica e sem amarras com o universo tradicional. Eis que o Beyonder apareceu novamente, desta vez como os Beyonders, que possuíam sua própria “fábrica de vilões”, chamada de Beyond Corporation. Posteriormente, a Marvel revelou que esse mundo era mesmo uma das realidades portáteis de Beyonders entediados, que a usavam como “playground”. Vale destacar que personagens como Monica Rambeau, Homem-Máquina e Elsa Bloodstone sofreram alterações nessa trama que acabaram se tornando permanentes.
A Beyond Corporation até chegou a aparecer na Terra-616, a principal da Marvel Comics. Nessa época, o empresário Jason Quantrell, que era o líder da organização e se parecia como a entidade oitentista, mostrou-se apenas com uma corpo humano controlada pelos Beyonders. Em sua própria descrição, ele dizia: “Fora de tudo que você possa imaginar, nos espaços selvagens além da realidade, existem outros como nós... Alguns estudam vocês. Alguns querem preservá-los. Alguns de nós… Brincamos com vocês”.
Beyonders continuam uma incógnita
A verdade é que, embora a Marvel tenha delineados seres de poder sem limites, a exemplo de One Below All e One Above All ou entidades como o Tribunal Vivo, ela ainda não sabe direito o que fazer com os Beyonders. Estes apareceram novamente em 2015, nas Guerras Secretas mais recentes, e foram os responsáveis pela destruição da Terra Ultimate. Na trama, os membros do Illuminati e do Doutor Destino sugerem que os Beyonders talvez sejam os criadores de todas as realidades do universo da Casa das Ideias — e, na trama, estavam apenas “descontinuando” um experimento que teria dado errado.
Em Old Man Quill #12, de 2020, que vê o futuro de Peter Quill em tratamento semelhante ao que já foi dado a Wolverine e o Gavião Arqueiro, a história menciona um conflito cósmico no futuro, chamado de Beyonder Wars. Nada ficou muito detalhado, mas ficou claro que a Terra sempre continuará na mira dos Beyonders.
A verdade é que talvez a Marvel nunca explique quem eles realmente são, apenas que são uma ameaça que os heróis podem suportar, mas não derrotar. Os Beyonders representam a desculpa perfeita, sem explicações, que um roteirista tem para gerar outras linhas de narrativa. E, no final das contas, eles não importam muito — as mudanças que eles trazem é que são relevantes para a Casa das Ideias, pelo menos até agora.
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