Como o envelhecimento impacta a saúde após os 60 anos

Pesquisadores da UFSCar identificaram mudanças significativas no envelhecimento a partir dos 60 anos, com impacto na aptidão cardiorrespiratória e modulação autonômica cardíaca. O estudo analisou 118 pessoas saudáveis, observando alterações no controle da frequência cardíaca em repouso, na capacidade de absorção de oxigênio durante atividades físicas e nas substâncias presentes no sangue, todas associadas ao […]

Mar 4, 2025 - 09:26
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Como o envelhecimento impacta a saúde após os 60 anos

Efeitos do envelhecimento no organismo se tornam mais evidentes após os 60 anos, mostra estudo

Pesquisadores da UFSCar identificaram mudanças significativas no envelhecimento a partir dos 60 anos, com impacto na aptidão cardiorrespiratória e modulação autonômica cardíaca. O estudo analisou 118 pessoas saudáveis, observando alterações no controle da frequência cardíaca em repouso, na capacidade de absorção de oxigênio durante atividades físicas e nas substâncias presentes no sangue, todas associadas ao envelhecimento.

Mudanças no corpo após os 60 anos

A pesquisa revelou que as alterações mais evidentes no metabolismo e na aptidão cardiorrespiratória ocorrem após os 60 anos. O envelhecimento afeta de maneira significativa a capacidade do corpo de captar, transportar e consumir oxigênio durante o exercício físico. Além disso, observou-se que algumas mudanças no perfil metabólico podem atenuar os efeitos negativos da senescência.

A coordenadora do estudo, Aparecida Maria Catai, destaca que, embora o envelhecimento seja um processo gradual, ele se torna mais evidente após os 60 anos, afetando de maneira integrada a frequência cardíaca, o metabolismo e a aptidão física. A pesquisa aponta para um possível ponto de virada, sugerindo que, ao chegar aos 60 anos, o organismo começa a mostrar sinais mais claros de comprometimento, ainda que em pessoas saudáveis.

Aumento do ácido hipúrico e a saúde metabólica

Outro achado relevante do estudo foi o aumento significativo do ácido hipúrico entre os 60 e 70 anos. Esse metabólito está associado à microbiota intestinal e à saúde metabólica, podendo ter efeitos protetores, como a melhoria na absorção de nutrientes no intestino. Embora o aumento desse composto possa estar relacionado a possíveis prejuízos na função renal, ele também pode indicar benefícios para o organismo no contexto do envelhecimento, protegendo células do pâncreas e ajudando na manutenção da saúde metabólica.

Os pesquisadores ainda destacam que, embora os efeitos benéficos de tais substâncias no envelhecimento ainda precisem de mais estudos, esses achados abrem novas possibilidades para tratamentos que ajudem a minimizar os efeitos negativos da senescência.