Como o avanço do garimpo ilegal devasta a Amazônia e agora ameaça santuário de 'árvores gigantes'

Mais de 70% das áreas de garimpo no país hoje são ilegais. Exploração movimenta bilhões deixando rastro de violência e destruição. Agora, atividade ilegal ameaça santuário com as maiores árvores da Amazônia. Área degradada pelo garimpo no Alto Catrimani, na Terra Indígena Yanomami Lucas Silva/Platô Filmes/ISA O Brasil vive uma corrida pelo ouro e viu crescer as áreas de garimpo ilegal no país, que agora ameaçam um santuário de árvores gigantes que existem há centenas de anos entre o Pará e o Amapá. A maior parte das áreas exploradas está no Norte do país, em meio à Amazônia, e é ilegal. A busca pela riqueza contamina águas, afeta comunidades e ameaça até a segunda árvore mais alta da floresta, que tem quase o dobro da altura do Cristo Redentor. A árvore é um angelim-vermelho, que tem 85,4 metros de altura. Para se ter uma ideia, isso é quase o tamanho da Estátua da Liberdade, de Nova York. Até 2020, a humanidade ainda não sabia que o raro angelim-vermelho de quase 90 metros existia, mas o garimpo já estava lá nas imediações. (Entenda mais abaixo) O garimpo avança no país há décadas e tem regulamentação. No entanto, o que se entende por atividade garimpeira — um trabalho manual, com pouco lucro — não é mais real. A exploração de terras por ouro vem devastando áreas, impondo violência e arrecadando milhões. A corrida pelo ouro ganhou força em 2019, com a flexibilização da atividade somada à alta dos preços do ouro com a pandemia.

Abr 4, 2025 - 09:07
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Como o avanço do garimpo ilegal devasta a Amazônia e agora ameaça santuário de 'árvores gigantes'

Mais de 70% das áreas de garimpo no país hoje são ilegais. Exploração movimenta bilhões deixando rastro de violência e destruição. Agora, atividade ilegal ameaça santuário com as maiores árvores da Amazônia. Área degradada pelo garimpo no Alto Catrimani, na Terra Indígena Yanomami Lucas Silva/Platô Filmes/ISA O Brasil vive uma corrida pelo ouro e viu crescer as áreas de garimpo ilegal no país, que agora ameaçam um santuário de árvores gigantes que existem há centenas de anos entre o Pará e o Amapá. A maior parte das áreas exploradas está no Norte do país, em meio à Amazônia, e é ilegal. A busca pela riqueza contamina águas, afeta comunidades e ameaça até a segunda árvore mais alta da floresta, que tem quase o dobro da altura do Cristo Redentor. A árvore é um angelim-vermelho, que tem 85,4 metros de altura. Para se ter uma ideia, isso é quase o tamanho da Estátua da Liberdade, de Nova York. Até 2020, a humanidade ainda não sabia que o raro angelim-vermelho de quase 90 metros existia, mas o garimpo já estava lá nas imediações. (Entenda mais abaixo) O garimpo avança no país há décadas e tem regulamentação. No entanto, o que se entende por atividade garimpeira — um trabalho manual, com pouco lucro — não é mais real. A exploração de terras por ouro vem devastando áreas, impondo violência e arrecadando milhões. A corrida pelo ouro ganhou força em 2019, com a flexibilização da atividade somada à alta dos preços do ouro com a pandemia.