Como mudanças no estilo de vida ajudam a evitar o Alzheimer

Evitar certos hábitos pode reduzir significativamente o risco de Alzheimer. A conclusão vem de um estudo conduzido nos Estados Unidos, que analisou como intervenções personalizadas no estilo de vida podem melhorar a saúde cognitiva de idosos. Intitulado Genetic Risk, Midlife Life’s Simple 7 and Incident Dementia in the Atherosclerosis Risk in Communities Study, o estudo […]

Mai 1, 2025 - 20:31
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Como mudanças no estilo de vida ajudam a evitar o Alzheimer

Representação da ação da microglia no cérebro, mostrando seu papel na resposta imune e na progressão da doença.

Evitar certos hábitos pode reduzir significativamente o risco de Alzheimer. A conclusão vem de um estudo conduzido nos Estados Unidos, que analisou como intervenções personalizadas no estilo de vida podem melhorar a saúde cognitiva de idosos. Intitulado Genetic Risk, Midlife Life’s Simple 7 and Incident Dementia in the Atherosclerosis Risk in Communities Study, o estudo destaca que mesmo quem tem predisposição genética à demência pode se beneficiar de ajustes no dia a dia.

Atualmente, o Alzheimer é uma das doenças que mais impactam a população idosa em todo o mundo. Estima-se que dezenas de milhões de pessoas convivam com algum tipo de demência, e os tratamentos disponíveis ainda são limitados. Por isso, a prevenção se torna um caminho promissor.

Intervenções personalizadas trazem resultados

Para analisar os efeitos de mudanças específicas no estilo de vida, os pesquisadores acompanharam 82 voluntários entre 70 e 89 anos, todos com ao menos dois dos seguintes fatores de risco:

  • Problemas de sono
  • Depressão
  • Isolamento social
  • Tabagismo
  • Uso de medicamentos associados ao declínio cognitivo
  • Hipertensão
  • Inatividade física
  • Limitações físicas

    Esses participantes receberam um plano personalizado, com metas específicas em áreas como nutrição, exercício físico, saúde mental, interação social, sono e aprendizado. As atividades variavam entre meditação, uso de rastreadores de saúde, conversas por vídeo, programas de voluntariado e controle de medicamentos.

Enquanto isso, o grupo de controle, com 90 participantes, recebeu apenas materiais informativos a cada três meses. Após dois anos, os resultados foram claros: os que seguiram o programa personalizado tiveram um desempenho 74% superior nos testes cognitivos e físicos em comparação com o grupo de controle.

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Otimismo com o futuro do tratamento

Além dos resultados positivos, a maioria dos voluntários do grupo experimental relatou estar satisfeita com as intervenções. Os pesquisadores afirmam que os dados reforçam a ideia de que a prevenção pode seguir o modelo do tratamento de doenças cardiovasculares, combinando medicamentos e mudanças de hábito.

Apesar dos desafios logísticos para implementar esse tipo de abordagem em larga escala, os autores do estudo estão otimistas: há potencial real em programas personalizados para retardar ou até prevenir o Alzheimer.

 

 

 

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